(18) my girl

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FAITH’S P.O.V

Quando acordo, abro os olhos lentamente para me habituar à luz que entra pelo quarto a dentro. Quando consigo abrir os olhos totalmente, estou num quarto completamente diferente ao meu. Também não é o do Harry. Sento-me na cama.

- Harry? – Chamo. Não me lembro de quase nada da noite passada. Lembro-me de dançar com o Harry e depois não me lembro de mais nada. – Harry? – Chamo novamente, mas não há sinal dele.

 Levanto-me da cama e logo uma dor de cabeça me atinge. Olho à minha volta e reparo na grande janela que está mesmo ao lado da cama que tem vista para o monte verde e ao fundo, a cidade. De repente, alguém bate à porta e eu salto com o susto. Ando até à mesma e abro-a devagar, vendo um rapaz com o cabelo parecido com o do Harry e com um sorriso metálico. Os seus olhos eram castanhos e a sua altura é idêntica à do Harry.

- Hey. O meu nome é Sean. Sou primo do Harry e trabalho aqui. Deves ser a Faith. – Ele diz-me. Abro a porta mais um bocado, revelando todo o meu corpo.

- Sim. Sou eu. Onde está o Harry? – Perguntei como se fosse uma criança de 5 anos a perguntar pela mãe.

- O Harry foi à cidade. Ele disse que foi buscar roupas e o pequeno-almoço.

- Ok. Obrigado.

- De nada. – Ele disse e virou costas para ir embora, mas eu precisava de saber se ele tinha comprimidos para a dor de cabeça.

- Hey Sean! – Chamei e ele virou-se. – Tens comprimidos para a dor de cabeça?

- Não. – Ele sorri. – Mas o Harry foi tratar disso. – Ele diz-me e entra para dentro do elevador, desaparecendo. Fecho a porta do quarto e vou até à cama, sentando-me a apreciar a vista.

HARRY’S P.O.V

Quando chego ao parque de estacionamento do motel, tiro as coisas do porta-bagagens do carro e fecho-o. Entro no motel e chamo o elevador, que, por sorte está a descer. Quando as portas se abrem, revelam Sean do outro lado.

- Diz-me que não foste ver a minha miúda. – Digo-lhe num tom aborrecido.

- Meu! Tem calma! Foi só ver se ela está bem! Ela precisa dos comprimidos para a dor de cabeça.

- Sean, sempre que eu trago uma miúda cá, tu fazes isso.

- Calma primo! Vai lá ter com a tua miúda. – Sean goza e volta para trás do balcão.

Entro para dentro do elevador e quando chego ao quarto, abro a porta devagar e vejo-a em pé ao pé da janela. Os poucos raios de sol iluminam o seu cabelo e quando ela se volta, sinto as borboletas a quererem levantar voo, mas controlo-me.

- Bom dia. – Digo e pouso os sacos no chão, andando até ela. A vontade de a beijar leva a melhor de mim e quando chego ao pé dela, curvo-me um pouco, mas ela desvia a cara para o lado. Adoro quando ela me rejeita. – Que se passa? – Perguntei contra a sua bochecha e sinto-a a rir, enquanto os seus braços rodeiam a minha cintura.

- Alito matinal. – Ela responde.

- Já te disse que não ligo a isso. Quero beijar-te. – Digo-lhe. A sua teimosia leva a melhor e os seus braços já não estão mais à volta da minha cintura. – Ok. Eu, como sou um rapaz que gosta de tratar bem a sua princesa, fui às compras. Comprei roupa, o pequeno-almoço, pasta de dentes, escova de dentes e outras coisas…

Truth // h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora