Projeto big family em prática:

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   Mais uma vez a rotina de nossos protagonistas precisou sofrer ajustes.Eles precisavam aprender a cuidar dos seu filhos e,principalmente,a conhecê-los.Filhos não vêm com manual de instrução e,cada um tem uma personalidade diferente.Neste primeiro momento,as coisas estavam mais ou menos equilibradas porque além da babá(Isa),Ally estava contando com a ajuda da Chrissie e do Sam.

   A vida deles estava um caos.Eles não dormiam direito e Sam precisava ajudar na amamentação. Ally não produzia todo o leite necessário para alimentar esta tropa,então,ela punha os bebês no peito e depois complementava sua alimentação com mamadeiras.Mas ela sabia que assim correria o risco deles ficaram com preguiça de sugar e largar o peito.Mamar na mamadeira é mais fácil.Era um risco que eles corriam,mas não tinha o que fazer.

   A sensação que Ally tinha era de que havia se transformado em um restaurante ambulante.Os bebês mamavam o tempo todo.Dava muito trabalho amamentá-los,trocá-los,pô-los pra arrotar,fazê-los dormir novamente...Parecia que quando ela finalmente conseguia se deitar,estava na hora de amamentar novamente.Ela não tinha a menor ideia de onde estava se metendo.Ninguém disse que seria assim.E pra piorar o caos,Enzo e Elis estavam com ciúme dos bebês e começaram a chorar e a pedir pra dormir com eles...Isso não acontecia antes. Ally tinha medo de que Elis regredisse e voltasse a usar fraldas.Esse tipo de coisa infelizmente pode acontecer...Ela e Sam estavam precisando ter muito jogo de cintura pra lidar com a situação.Eles não queriam que as crianças se habituassem a esta situação,então diziam que eles não podiam ficar,os levavam de volta  pro quarto deles e, eles choravam até,querendo atenção.Ás vezes os bebês os acordavam e ás vezes o inverso acontecia.Nesta fase infernal praticamente não se dormia naquela casa.

   Ally e Sam estavam precisando exercitar sua paciência o máximo possível. A casa deles parecia um hospício. Chrissie ajudava no que podia,mas Ally tinha consciência de que não podia pôr sua cruz nas costas da sogra.Na madrugada alta quem tinha que se virar com esta tropa eram ela e o Sam,sendo que sobrava pra ela mais ainda.

  Durante o dia eles cochilavam quando podiam,principalmente á tarde,quando Enzo e Elis estavam na escola e,eles tinham o reforço da ajuda da Isa e da Valéria pra tomar conta da casa e das crianças.Mas,ás vezes era complicado.Os amigos e familiares apareciam pra visitar e eles precisavam recebê-los no modo zumbi, se vendo obrigados a fazer sala.E no meio deste caos,Jenny e Ian vieram passar o fim de semana,mas pelo menos tiveram o bom senso de se instalar na casa do Cirdan.-Até mesmo porque Chrissie estava ocupando o quarto de hóspedes.

   Eles estavam chegando a conclusão de que precisariam mesmo construir outro quarto de hóspedes.Quem diria que aquela casa tão boa se mostraria apertada tão rapidamente.E se fossem executar a reforma,pensaram em construir outro cômodo que seria um novo escritório(já que o antigo foi revertido em quarto)de uma vez.Assim,quando chegasse o momento e os pimpolhos decidissem que não queriam mais dividir o quarto,seria possível cada um ter o seu.E enquanto isso não acontecia,eles teriam mais disponibilidade de receber a família do Sam,numa situação como a atual.

   Enfim,tudo era um caos,muito cansativo.Eles estavam esgotados e a jornada deles estava apenas começando.Mas eles sabiam que com o tempo,tudo melhoraria,tudo chegaria no lugar,todos se adaptariam. Ser pai e mãe é muito louco.Você se apaixona loucamente por um serzinho egocêntrico que só chora,grita,exige,dá trabalho,não te deixa dormir nem comer sem que suas necessidades sejam atendidas em primeiro lugar.Mas você o ama mais do que a você mesmo e quando você olha pra aquele rostinho,você baba,se derrete todo por um sorriso.É como se você fosse hipnotizado de uma forma que você só consegue pensar na felicidade daquele ser.Ele passa a ser mais importante pra você do que você mesmo.Daí o clichê que "ser mãe é padecer no paraíso..."

   E no meio de toda essa loucura,Sam se esqueceu da Rebeca.Ele simplesmente a bloqueou no celular e nas redes sociais e,como estava de licença do serviço e muito ocupado,a varreu pra debaixo do tapete.Mas,ela não se esqueceu dele.O que ele não sabia era que ela ficou frustrada por ter sido bloqueada e ignorada ao telefone. Ela o procurou na importadora e ficou furiosa quando ao perguntar por ele na portaria foi informada de que ele passaria o mês afastado do trabalho de licença paternidade.

--Não soube,não?-O porteiro falou.Eles tiveram quadrigêmeos.Ele precisa ajudar sua esposa no resguardo e imagino que não vá ser fácil eles darem conta de cuidar de quatro bebês recém-nascidos.Povo louco,adotaram duas criancinhas pequenas e depois arrumaram esse monte de bebês!!!

--Não,eu não sabia,mas muito obrigada pela informação-Rebeca agradeceu e foi embora mordida.Ela não gostou de saber todas estas novidades da vida do Sam. Isto atrapalhava seus planos.Ela precisaria mudar de tática.

   Um mês passou muito rápido e o resguardo da Ally logo acabaria e Sam voltaria pro escritório.Alguém naquela casa precisava trabalhar,certo?E com um mês de adaptação as coisas foram começando a tomar forma.Isa e Ally precisaram aprender a colaborar uma com a outra,dividindo as tarefas durante o dia.Á noite Sam o fazia com ela. Chrissie ficou até o resguardo acabar,ajudou no que pôde,mas ela precisava deixar com que a Ally e o Sam aprendessem a dirigir a casa deles.Ela não podia ficar pra sempre,ela também tinha uma vida.

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