POV Tyler.
Era cerca de 01h00 da manhã quando ouvi o sininho da porta soar, avisando que um cliente acabara de entrar na loja.
Levantei os olhos, depositando-os sobre uma jovem que estava escolhendo alguma mercadoria entre as prateleiras.
Voltei minha atenção para o balcão, peguei um pano úmido e passei sobre a esteira, que estava uma imundice. Ajeitei os papeis, arrumei algumas coisas que estavam fora do lugar, quando ouvi alguem pigarrear na minha frente.
-Boa noite -A menina disse, entregando-me um pacote de Doritos e uma garrafinha de água.
-Só isso? -Perguntei enquanto passava o salgadinho pelo códigos de barra.
Antes de me responder, a menina foi interrompida por dois rapazes bêbados que haviam entrado no banheiro correndo, abriram a porta bruscamente e começaram a falar alto.
-Emma, eu quero bebêrrrrr, pega alguma coisa forte pra eu bebêrrrrr!
-Cala a boca Brad, sua cota de bebida já deu por hoje -Disse Emma, fazendo com que o rapaz se acalmasse. -É só isso mesmo moço, obrigada.
Peguei o dinheiro da sua mão e entreguei a sacolinha com o pacote de Doritos e a água.
E assim a menina e os dois rapazes se retiraram da conveniência e a calmaria voltou a reinar ali.
Depois de algum tempo sozinho, peguei meu celular e o chequei. Havia uma chamada perdida do Victor, e eu retornei.
-Fala garotão
-O que foi dessa vez Victor?
-Fiz novas merdas, novos inimigos, preciso de novas mortes.
-Já falei que não sou teu empregado não meu irmão, se vira.
-Tem alta grana rolando agora parceiro.
-Eu já to de boa com a grana que você me deu, não sou ganancioso como você meu amigo.
-Estou falando de milhões Tyler, milhões! -Pude ouvir a ansiedade na voz do Victor, ele não estava mentindo sobre isso.
-Milhões quanto?
-Ao todo? 500 milhões.
- O QUE?? -O valor me deixou tão abismado que a ideia de trabalhar pra Victor de novo não me parecia distante.
-É nossa chance de sair dessa merda de vida, garotão.
-Eu quero 100 milhões. -Disse, jogando limpo com ele -Nada menos que isso, ou eu não entro e você se vira sozinho e tenta não ser preso.
-100 MILHÕES PRA VOCÊ? EITA MOLEQUE, SE PONHA NO SEU LUGAR.
-Então estou fora.
-E você me disse que não era ganancioso ein! Ta bem, termina seu turno ai nesse seu trabalhinho meia boca e vem pra cá pra eu poder te passar os planos.
-Beleza.
Desliguei o telefone e esperei meu turno terminar, o que parecia não acontecer muito rápido, o tempo estava contra mim. Quando atendi meu último cliente já era de manhã, o sol já estava surgindo e essa era minha deixa.
O rapaz do turno da manhã chegou e eu fui direto pro carro em direção á casa do Victor.
É isso aí, de rico eu estava virando milionário. Victor era uma bosta de pessoa mas eu precisava admitir que foi ele que me tirou da merda.
Conheci ele a muito tempo. Ele era das ruas, mexia com drogas desde pequeno e sempre se pois em confusão, e depois que recebeu a herança dos pais passou a viver uma vida de luxo, que não vivia desde que fugiu de casa.
Depois disso começou a sair com gente influente, conhecer gente magnata, mas Victor nunca deixou seu lado bagunceiro de lado e continua mexendo com as drogas e se metendo em confusão. A diferença é que agora ele paga pra fazerem o serviço que antes ele fazia: matar. Pois prefere pagar caro para as pessoas fazerem esse trabalho por ele do que colocar toda sua fortuna em risco sendo preso por assassinato.
Eu sou o escolhido por ele. Eu tive a sorte de ser a pessoa que ganha toda essa grana fácil, e eu não posso reclamar disso.
Cheguei na casa do Victor e como os seguranças ja conheciam meu carro, me deixaram entrar direto.
-Fala garotão. -Disse, batendo as mãos em minha costa.
-Eaí.
-Chega aqui no meu escritório, vou te passar tudo o que tu deve fazer, quanto mais rápido isso acontecer, mais rápido a grana ta na nossa mão.
Entrando na mansão me deparei com duas mulheres, quase semi nuas na sala, nos encarando.
-Que porra é essa? pelo que eu sabia você amava sua esposa. -Disse, intrigado.
-Amar eu amo, mas sabe como é, dar todo o amor que eu sinto pra uma pessoa só é egoísmo demais, precisamos dividir, sempre! -Ele riu, se sentindo a pessoa mais engraçada do mundo.
-Sei, te entendo, puro egoísmo. -Concordei.
Atravessamos a sala e fomos para o corredor que dava acesso ao seu escritório.
Havia um papel enorme sobre a mesa, o que me parecia um mapa, uma planta, talvez de um banco.
-O que vai ser dessa vez? -Perguntei curioso.
-Olhe, essa aqui é a casa dos Roberts. Meu parça de confiança disse que tem um cofre lá com toda essa grana. A gente não pode simplesmente matar eles porque precisamos da senha. O cofre é todo equipado, o mais sofisticado da atualidade, sem a senha nada nesse mundo abre ele. Por isso vamos fazer diferente dessa vez.
-Acho que não te entendi, diferente como? -perguntei confuso.
-Sequestro, meu caro.
-Sequestro? Eu nunca mexi com isso meu irmão. Não sei não, minha parada é chegar pra matar.
-E você vai! mas na hora certa. Primeiro precisamos da senha.
-E você acha que pegando o homem ele vai falar?
-Quem disse em pegar o Sr.Roberts? -Victor disse, com um sorriso irônico no rosto.
-A mulher dele?
-É..não! A filha, garotão. A filha é fraca e com certeza sabe da senha, o desespero vai fazer ela falar sem muito esforço.
Sorri para Victor. A vitória já estava garantida. Esse vai ser a missão mais fácil e mais lucrativa que eu já fiz.
Estiquei minha mão para meu patrão e disse:
-Eu topo!
-Lau
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Eat you alive
Teen FictionÉ matar ou ser morto. A grana já está em jogo. No mundo do crime ninguém está a salvo. A inocência da lugar a perversão, a delicadeza da espaço sexualidade. Nem o inferno pode os deter. O dinheiro os deu asas mas tirou deles o céu.