POV Emma
*toc toc*
Ouvi uma barulho em meio a escuridão do meu quarto. Com muito sono. Fechei os olhos novamente.
*toc toc toc*
Cansada e com aquela tontura matinal, levantei da minha cama preguiçosamente e me arrastei em direção a porta. Ao abri-la deparei-me com Catherine, minha governanta que por toda minha vida cuidou de mim melhor do que meus próprios pais.
- O que foi Cat? - resmunguei esfregando os olhos.
- O almoço ja está pronto, você não quer comer? - ela perguntou delicadamente com sempre.
Por mais que eu quisesse jogar um sapato na cabeça dela por ter me acordado, eu apenas neguei com a cabeça.
- Não, Cat. Obrigada. Aliás, hoje eu vou dormir o dia inteiro pra poder sair de noite. - já estava fechando a porta quando ela colocou o pé na frente para me impedir.
- Emma, você precisa comer algo. Do jeito que você está vai acabar ficando doente. Eu me preocupo com você, docinho. - minha irritação acabou até passando pois eu sei o quanto ela se preocupa e não quero que ela se estresse comigo.
- Tudo bem Cat. Eu desço em dois minutos pra comer alguma coisa.
- Tudo bem, docinho. - ela deu uma piscadinha e foi em direção a cozinha.
Fechei a porta novamente e segui em direção ao banheiro, lá deixei-me relaxar em um banho.
Ao sair já me senti mil vezes melhor, coloquei uma roupa leve e desci para almoçar com a Cat.
Não era nenhuma novidade quando almoçávamos apenas nós duas. Meus pais nunca param em casa, eles trabalham demais e não tem tempo para gastar comigo, nem ao menos consigo me lembrar da última vez que sentamos á mesa juntos para uma refeição, ou para contar novidades, eventualmente eles até se esqueciam do meu aniversário. Para isso contrataram a Cat e desde que me conheço por gente é ela que me cria e eu a considero como uma mãe. Ela deve ter uns 60 anos e nunca se casou ou teve filhos, sempre dedicou sua vida ao trabalho e á mim.
Estava caminhando até a cozinha quando percebi que a mesa da sala de jantar estava posta para quatro pessoas. Senti uma pontada de felicidade e corri até Cat.
- CAT, EU NÃO ACREDITO, ELES VEM MESMO??? ELES VÊM AMOÇAR COM A GENTE?? EU ACHEI QUE ELES ESTAVAM NA CHINA ESSA SEMANA!! - posso até ter 17 anos, mas tem situações em que eu vou continuar agindo como uma criancinha.
- Calma Em. Eles vêm sim, agora você tem que se acalmar para esperar eles chegarem. Ok docinho?
- Ok, tudo bem. - suspirei me acalmando.
Enquanto Cat cuidava para que a comida não esfriasse antes da chegada deles eu deitei no sofá e assisti a algum programa qualquer que não prestei muita atenção, estava perdida em pensamentos.
Eu sempre fui muito rebelde perto deles e nunca fui a filhinha que eles sempre sonharam, mas mesmo fazendo tudo de errado essa é a minha personalidade. Eu gosto de viver ao máximo, não perco uma festa, e adoro a adrenalina de fazer coisas proíbidas. Mas perto de Cat eu me sentia uma criança, sempre sendo mimada.
Então minha vida era baseada em muito baseado e vodka, mas quando voltava para casa parecia mesmo uma criança precisando de carinho e isso nunca me faltou por parte de Catherine.
Não tenho amigos em que eu possa confiar de verdade, e isso me faz falta, mas tem aqueles com quem eu saio e faço besteiras, eles são legais, mas não são o tipo de pessoa em quem eu confiaria, até porque eles mais parecem gostar do dinheiro do meu pai do que de mim, mas não culpo eles até eu gostaria mais de todo esse dinheiro.

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Eat you alive
Teen FictionÉ matar ou ser morto. A grana já está em jogo. No mundo do crime ninguém está a salvo. A inocência da lugar a perversão, a delicadeza da espaço sexualidade. Nem o inferno pode os deter. O dinheiro os deu asas mas tirou deles o céu.