O Menino Do Guarda-Chuva Azul

25 2 2
                                    


Ao longe só se via um guarda chuva, pequeninas pernas com botas de chuva azul levavam o guarda chuva de igualíssima tonalidade, de macacão tecido jens e camiseta de rafia nas mais distintas cores ele andava pela estrada de seixos amarelo ouro, nada havia em seus olhos Âmbar a não ser o céu azul refletido, nenhuma preocupação, nenhuma responsabilidade, você poderia inveja-ló, mas saiba que aqui, a inveja não é bem vista! por isso trate de se policiar.
Agora voltando aonde eu estava? sim! seu cabelo tinha pelo menos 3 cores distintas, azul combalto, azul turquesa e azul anil, cada mexa devidamente espetada em gomos, como o clacê de uma torta muito saborosa que se vê naquelas confeitarias que quase nunca entramos, o Sol rosa não estava tão forte naquele dia, nem o sol verde, e nem o violeta, sua pele cor amarronzada brilhava douradamente, enquanto ele ouvia a musica do infinitezimal vento que batia nas arvores de cristais coloridos, ou nos eucalipitos de 3 metros de altura, a sonata da alegria de acordar bem disposto e sentir a paz que sentimos, por simplismente nada. O menino seguia aos rodopios, e saltos, e giros, numa coreografia, descoreografada, graciosa e muito bem sincronizada, com ele mesmo...
Passando por uma placa feita de marshmallow, onde um Velho,Senhor,Jovem estava com uma bisnaga na mão desenhando na placa com letra grandes e caranchentas o nome, vale da imaginação, em vermelho

- Olá Asclepíades! como vai?

- Liam! Que faz a essas alturas do dia?

- Eu tava curtindo o dia! você já viu que hoje o céu tá azul? e que o sol rosa, o verde e o violeta estão fraquinhos? é um otimo dia para ir ver os Aeronautas não acha?

Achando muita graça, o outro diz...

- Ora, ora Liam! Você e essas suas imagitudes! Não tenho tempo a perder, após terminar de refazer a placa de entrada, tenho muitos e muitos afazeres, até que o céu fique abrilhantado

- Mas porque tem tantas tarefas Asclepíades?

- Porque sou um velho,senhor,Jovem! e velhos,senhores,jovens não podem se perder em bobagens, não ficaria bem sabe?

- Não, naão sei, Mas você faz essas coisas todos os dias! diga-me? porque refaz essa placa todo dia?

- Ora porque se não a refizer como todos saberam para onde ir? e de onde vem? e como devem retornar? seria imprudecilismo deixar os outros confusos, e também porque elas se desgastam principalmente quando estão comendo elas, Liam!

O menino de guarda chuva azul estava nesse momento arrancando a letra A de uma das palavras e comendo, rindo ele diz

- Não posso evitar, são uma delicia! Mas me diga Asclepíades, porque então você faz as letras de pasta de açucar, se sabe que as comerão? Não seria melhor fazer uma placa de material mais resistênte e mais duravel? de preferencia algo que não se possa comer?

- Você é um garoto muito imaginativo mesmo! Entenda, faço assim porque é assim que se faz, é assim que se fez sempre! não se deve mudar, imagine só? se começarmos a mudar as coisas? onde irremos parar? seria inovativo, mas não bem visto! e depois viria o pior; o que faria neste horario amanhã? e depois? seria um tempo deverás desperdiçado.

- Não seria! você poderia usar esse tempo para se divertir, sair, brincar, ou não fazer nada!

- Meu garoto, eu já fiz tudo isso, quando era do seu tamanhico, agora que sou um velho,senhor,jovem! não pega bem ficar sem fazer nada, tenho que preencher meu tempo a todo instante com o máximo de atividades possíveis, mesmo que repetitivas e inúteis.

- credo! então não quero ser um velho,senhor,jovem nunca!

Achando graça novamente Asclepíades responde

- Um dia você compreenderá! mas veja bem! em minha agenda de coisas sem sentido para preencher o dia, agora terei que voar até perto de porto dos Aeronautas, não era para lá que você estavá indo?

- Sim! me daria uma carona?

- Mas é claro deixe-me apenas pegar meus óculos de Aerovoos!

Asclepíades, então adentra a casa que ficava logo após a placa de marshmallow, formada por vários cômodos circulares, amarelos e compridos como uma cartola, emparelhados uns em cima dos outros, neles, haviam grandes janeloes redondos de pirulito branco, com faixas vermelhas, azuis, laranjadas e verde esmeralda, fazendo o contorno das beiras da porta quadrada e das janelas pirulito, tinha grandes pérolas de pasta de açúcar, as paredes tinham um cheiro gostoso de maracujá, o telhado era composto por gigantesco biscoitos de chocolate , com recheio de baunilha, Liam esperou no mesmo lugar, enquanto observava o riacho de águas cristalinas que corria poucos metrôs atrás da cheirosissima casa do velho,senhor,jovem.

Não demorou muito até que Asclepíades retornasse, com os óculos de aerovoos, que eram quadrados e atacavam atrás da cabeça, e tinha borboletas que pareciam de verdade em suas extremidades.

- Como Estou? os outros irão me ver com bons olhos? O que acha?

- Ora! Para que perde tempo com o que os outros vão pensar se podemos apenas ir logo?

- Liam ouça, quando crescemos o que as pessoas imaginam de você é deverás importante e se acharem que minhas vestimentas não estão adequadas?

- Pois penso que isso é a maior bobagissi sem tamanho! a única pessoa que tem que gostar da roupa que você veste é você mesmo oras caramelo! seja você um menino, ou um velho,senhor,jovem

- Bobagissi diz você! agora vamos! garoto revolutivissimo

Liam não conseguia compreender porque seu amigo tinha ficado tão igual a todos os velhos,senhores,jovens e até mesmo igual aos venhos, senhores, quanto Besteirou sem real sentido pensava ele!

Asclepíades trajava um sapato de bico quadrado, que tinham toda a sua superfície encoberta por diamantes, e cadarços de prata, além de uma calça folgada de tecido leve com grandes listras laranja cenoura e rosa pink,uma camisa branca onde de um lado uma manga era comprida, e do outro lado não se tinha manga, havia um letreiro em massa de modelar vermelho que dizia
"O Estranhissímo modo de ser normal, não se deve impedir a normalidade, mas sim! acabar com o estranho e adverso ,real ,normal da sociedade."

Por cima ainda tinha um colete fofo como uma nuvem, que ia até a altura de seus joelhos, sem mangas, aberto formaria um arco-iris, também tinha um cachecol, que como seus sapatos era completamente coberto de diamantes, e não nos esqueçamos da coroa de ouro, redonda no alto das mechas rosa e lilás de seus cabelos desgrenhados, levemente inclinada para a esquerda, nela se tinha, topázios azuis, esmeraldas e rubis, um visual muitissimo normal-diferentissimo, ainda sim! nem um pouco estranhissimo, era o que o menino de olhos âmbar pensava.
Eles se dirijiram para a parte de trás da casa, chegando lá, os globos oculares azuis, quase brancos de Asclepíades, que se destacavam perante sua pele de cor negra tão escura quanto o céu noturno, fitaram seu areoplanador, a engenhoca era composta por duas grandes asas, como as de uma aguia, de muitas cores, eram elas respectivamente de dentro para fora roxo, azul marinho, vermelho,amarelo,laranja e verde, do meio delas saiam duas astes, que se encontravam com uma espécie de volante e tinham cintos muitos grossos feitos de couro para prender as asas ao corpo, especificamente torax, e cintura.

Asclepíades prendeu-se ao aeroplanador, e usou o restante dos cintos para prender o garoto, a frente de sua bariga, ao levantar, os pés de Liam sairam do chão

- Preparado Garoto?

- Sim!

- Quando eu disser algo desgostoso voaremos, pavê de limão! montanha de cuscuz! refrigerante!

No Instante em que pronunciou a última comida, começou a bater as asas da engenhoca gigante, bastaram cinco batidas para eles já estarem sobrevoando o telhado de biscoitos, rumando em direção ao Porto dos Aeronautas, sentindo nada mais, que a brisa em seus rostos, e lá iam planando sobe o horizonte, o menino, o guarda chuvas azul e um velho,senhor,jovem.

Contos de EtsedronWhere stories live. Discover now