Alguns dias depois, Amy, ainda muito abatida e fraca, recebeu alta do hospital e todos concordaram que seria melhor se ela ficasse na casa de Sam. Algumas outras sequelas, que podiam ser revertidas, eram uma menor força nos braços e nas mãos, Amy tremia um pouco quando segurava algo, e uma pequena dificuldade para andar, já que suas pernas ainda estavam fracas. E ela ainda se recusava a ver, ou melhor, receber visitas de outras pessoas.
Sam largou o trabalho na empresa e colocou alguém no lugar, para poder ficar com Amy.
Sam: Você quer fazer alguma coisa?
Amy: Eu até diria assistir tevê, mas acho que seria horrível. Então eu só quero descansar.
Sam: Tudo bem. Eu tava pensando... Poderíamos contratar um professor de braile para você. Assim, poderia voltar a estudar e ler.
Amy: Eu não sei. Não estou com paciência para isso agora.
Sam: Eu entendo... Tem muita gente que quer te ver.
Amy: Eu não quero receber meus avós, Eugenie, Beatrice, meus padrinhos, muito menos a tia Kate.
Sam: Você que sabe.
Até o final de junho, Amy já havia entrado em profunda depressão. Não se recusava a comer, mas não saía do quarto, até mesmo as visitas de William e Harry ela recusava. Sam e o cachorro Obama eram os únicos que ainda tinham contato com ela.
Amy: Daqui a alguns dias eu estaria indo para o acampamento, e, hoje, primeiro de julho, é o aniversário da minha avó.
Sam: Amy, eu sei que é praticamente impossível ficar feliz com essa situação. Mas não podemos chamar isso de viver. Você mal levanta dessa cama há dias.
Amy: E você espera que eu faça o quê?
Sam: Eu não sei.
Sam suspirou.
Sam: Tome o seu remédio.
Sam entregou um dos muitos comprimidos que Amy tomava todo dia.
Amy não admitia, mas Sam a escutava chorando e soluçando toda noite. Poderia até não estar mais no hospital, mas ainda estava com aparência doente e fraca.
Sam: Você está com febre.
Amy: Só um pouco.
Sam: Amy...
Sam a entregou um remédio para a febre e ligou o ar condicionado.
Sam: Chame um empregado se precisar de alguma coisa.
Amy: Você não vai ficar e cuidar de mim?
Sam: Você está morrendo?
Amy: Não.
Sam: Então, não.
[...]
Sam: Ela não está bem. Está depressiva e com um humor sombrio. Já tá até me assustando. Temos que fazer alguma coisa.
William: Como o quê? Nenhum de nós sabe como é, passar pelo que ela está passando.
Harry: E ela não aceita ajuda.
Sam: Eu não sei vocês, mas eu não quero mandar ela pra uma clínica de reabilitação.
Meghan: Acho que isso não está entre as opções.
Sam: Ela está pior lá em casa. Quando eu falo que ela tem que tomar banho e lavar o cabelo, ela diz que, como uma parte do cabelo dela foi raspado na cirurgia, não tem necessidade de tomar banho! Ela chora toda noite até não ter mais fôlego. Agora mesmo eu deixei ela com febre em casa. Tenho medo de deixar ela sozinha e voltar e encontrar ela morta naquele quarto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Simplesmente Princesa
Ficción GeneralAmélia é a filha do Príncipe Harry da Inglaterra e de sua ex-esposa, Ava. Apesar de não ter nascido com o título de princesa, sempre foi a queridinha da rainha e do restante da família. Depois do divórcio dos pais, descobre que seu pai está namor...