Capítulo 2

4 1 0
                                    

Com 7 anos de idade, Alex começou a mostrar os estragos que seu poder podia fazer. Hiperativo, o garoto era agitado e inquieto, e pra piorar; sem o controle de seus poderes. Cynthia tentava proibi-lo de usa-los em casa, mas era uma tarefa difícil. Já Guilherme apoiava o filho e até testava sua super-força.
‒ Está bom pai? ‒ Perguntou Alex segurando o para-choque da caminhonete de Guilherme e suspendendo-a alguns centímetros do chão.
‒ Levanta mais um pouco filho. ‒ Disse Guilherme debaixo do automóvel, arrumando o motor com uma chave de fenda.
O garoto ergueu os braços sem esforço, levantando a caminhonete ainda mais.
‒ Perfeito, consegue segurar, ou está pesado? ‒ Perguntou o pai.
‒ Ta de boa! É levinho ‒ Disse Alex rindo.
‒ Vou te contar um segredo; você é o melhor ajudante de oficina que eu já tive! ‒ Disse Guilherme e em seguida voltando a fuçar no motor do veículo.
‒ Ei, vocês dois, venham comer... AH! O QUE É ISSO? ‒ Gritou Cynthia ao ver a cena na garagem.
Com o susto, Alex soltou a caminhonete que esmagaria Guilherme se não fosse Cynthia para-la com a Telescinese. Após o esporro da mãe, os dois fingiram que entenderam, porem saíram escondidos após o almoço para irem ao parque, onde Guilherme o treinou, jogando bolas de queima para treinar os reflexos do filho.
‒ Pai, por que a mamãe não gosta que eu use meus poderes? ‒ Pergunto Alex após o treino.
‒ Sua mãe já foi uma super-heroína sabia?
‒ Sério? ‒ Os olhos do garoto brilharam.
‒ Sim, e bem forte por sinal. Junto de suas tias Cybelle e Cymone, formava o trio Psyque. Nossa, elas mandavam muito bem! Batiam em todos os vilões que apareciam na cidade, e principalmente sua mãe; a melhor telescinetica de New Dawn City.
‒ Mas o que aconteceu? Porque ela não usa mais os poderes, nem me deixa usar?
Guilherme ficou sério e tentou formular a melhor forma de responder à pergunta do filho.
‒ O seu poder é incrivelmente forte e sua mãe tem muito medo que você se machuque ou machuque os outros por conta deles. Por isso não gosta que você use, e não usa os dela para dar o exemplo. Já eu, acho que você deveria treinar seus poderes para aprender a controla-los, mas espero que nunca use para brigas, e se for para usar, que seja sempre para ajudar o próximo.
‒ Entendi pai. Eu prometo, vou ser o maior Herói que essa cidade já viu!
‒ Vai sim, um dia quem sabe. ‒ Respondeu Guilherme com um sorriso sincero no rosto.
E ali ficaram, pai e filho sentados em um banco do parque central, apreciando o sol se por entre os enormes prédios.

OPboy: AscensãoOnde histórias criam vida. Descubra agora