Capítulo 13 - Tão diferente

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Assim que me afastei Vincent me puxou de volta. “Ei., foi a única coisa que ele disse antes de voltar a me beijar. Seu corpo, encostado à parede, estava bem relaxado de modo que todo o meu corpo encostava ao dele, parecia que estávamos nos completando e tudo isso estava me esquentando inexplicavelmente. Sua mão deslizava pelas minhas costas e inacreditavelmente não avançara nenhum sinal. Eu queria ou não queria que ele continuasse assim?

Puxei meu rosto e encostei minha cabeça no ombro dele tentando fugir de seus olhares que poderiam perceber o quanto eu estava enlouquecida. Ainda estávamos em uma das ruas mais badaladas do Rio de Janeiro e estava tão fora de controle que não tinha conseguido nem resolver isso.

Seus braços rodearam meu corpo como um abraço e, em seguida, seus dedos deslizaram delicadamente pelo meu rosto afastando os fios de cabelo que me mantinham escondida.

Continuei com o rosto enfiado ali e revelei meu motivo: “Estamos no meio da rua. Nos beijando.”

Ele riu. Não como se estivesse debochando, mas sim como se estivesse achando divertida a minha vergonha. Levantei um pouco o rosto e o encarei.

— Tão engraçado. – ele olhou-me e aquele brilho de quando sorria estava lá. Tinha medo de o que sentisse por ele não fosse apenas atração. Ninguém quer beijar alguém por causa do brilho dos seus olhos, não é? E então Vincent afastou a minha dúvida ao fazer uma pergunta daquela maneira que só ELE sabia fazer. Com tanta doçura e masculinidade juntas.

— Durma comigo.

Era nesse momento que eu tinha que parecer a santa ofendida, que eu tinha que me importar com esse tipo de convite, mas estava difícil responder quando sua voz ecoava nos meus ouvidos e acelerava meus batimentos. Quando seus dedos ainda estavam em meu rosto e acariciavam a minha pele delicadamente. Quando seus olhos brilhantes me fitavam externando todo o nosso desejo que estava suspenso no ar.

— Vincent... – a velha tática de falar primeiro o nome para ganhar tempo – Como assim? Como quer que eu não o veja como um cafa... – ele colocou o dedo na minha boca pedindo que parasse de falar. Pare de me tocar, eu pensei. Eu não aguentaria tanto tempo...

— Pedi que dormisse comigo. – ele endireitou o corpo ficando ereto. — Não pedi para que faça sexo comigo. Eu quero te conhecer Sophie. Quero dar um passo de cada vez. Quero ser tão diferente para você quanto é para mim. E eu não seria nada diferente se transássemos hoje. – ele deu um sorriso sedutor e malicioso. — Entenda. – Vincent passou a mão no cabelo e respirou fundo. — Eu quero muito você, mas não quero estragar as coisas.

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