O Poder Da Sedução

Capítulo 5

Meu sim, sincero e autônomo, atingiu-nos como fagulha. Sem mais reações, Otavio me aperta contra seu corpo, ao mesmo tempo em que volta ao beijo malicioso, cheio de intenções das quais eu compartilho. Sinto-me quente e voraz, sublime com relação a todas as emoções que vivo neste momento. Seria pecado ir para a cama com um desconhecido? Não que Otavio fosse de fato, desconhecido. Mas, ele estava longe de ser o homem da qual sonhei compartilhar tudo aquilo.

Meus pensamentos passam por minha mente rápidos, nem consigo acompanha-los. E, Otavio não me deixava pensar. Eu mesma, não queria pensar. Sinto-me envolvida demais para aquilo e a verdade é que não quero calcular as consequências dos meus atos, eu quero e preciso viver esse intenso momento de paixão.

A música ao fundo soa quase inaudível, abafada pelo som dos nossos beijos, de nossas respirações ultrapassadas. As mãos experientes de Otavio me apalpam com desejo e euforia, na busca de conhecer cada pedaço contra sua palma ampla, e por onde passa, deixa um ponto quente que incendeia ainda mais meu corpo todo, atingindo em cheio minha intimidade.

Sinto-me tão pronta, que quando Otavio me pressiona contra um móvel, erguendo meu vestido pela barra e pressionando sua virilidade contra minha barriga, eu gemo alto e sofrido, um som que parte do fundo de minha garganta e que parece acende-lo ainda mais.

— Tão linda — ele sussurra, fazendo um som entre os dentes com a dicção, enquanto interrompe o beijo, exigindo nosso contato visual — tão gostosa — e continua seus estímulos em palavras, enquanto se reveza entre lamber meus lábios, beijar meu rosto e minha orelha, numa tortura provocante —, que me deixa de pau duro. Ah, Lilian!

Meu corpo vibra com seu comportamento insano e eu só faço gemer e ofegar. Otavio é tão avassalador e experiente, que em momento algum eu me sinto em dúvida. Meu desejo com ele, só aumenta.

Ele volta aos beijos tórridos, tocando-me na pele da coxa, agora nua, livre do tecido do vestido, vez e outra sobe e eu penso que vai me tocar intimamente, mas ele recolhe, chegando no máximo em minhas nádegas, onde pressiona mais contra si, fazendo-me sentir o quanto realmente, estava pronto. Duro. Em certo momento, sobe as mãos para meu colo, massageando meus seios, fazendo-me empina-los para ele, para suas mãos. Jogo a cabeça para trás, dando-lhe o pescoço para beijar, deslizar sua língua dura em minha pele sensível e mordiscar meus lóbulos, arrepiando-me com seus toques. Não sei em que momento ele desabotoou o fecho de meu vestido, que auxiliado pelo decote nas costas, fica bloqueado em meus ombros.

— Vamos tirar isso? — Pede em tom rouco, afastando-se um milímetro para me estudar.

Ele sabe que minha resposta é sim. Sabe que estou a sua mercê, ansiosa por sentir seu toque e sua língua em minha pele nua. Minhas pupilas abertas dizem isso, minhas bochechas rubras, também. Cada ponto de meu corpo responde um sim a ele, cada gemido, cada movimento, cada arfar. Mas, ele quer me ouvir dizer "sim", porque certamente isto que o satisfaz.

— S-sim. — Consigo um sim sofrido e balanço a cabeça, atenta a cada sensação que sua palma me causa, enquanto desliza por minha pele do pescoço, descendo para os ombros, deslizando o vestido na frente para baixo, expondo parte de meus seios guardados pelo sutiã. Ler sua expressão faminta, seus olhos brilhantes e sentir a mesma ansiedade em seus gestos, me causa uma onda de euforia, algo que alvoroça meu estomago, um tilintar em minhas pernas.

— Você não devia ter aparecido, Lilian — seu tom é forte em suas palavras firmes, e enquanto desliza uma mão em meus cabelos e acaricia uma mecha da franja, continua em tom tenso — naquele dia, no escritório. —, seus dedos descem para minha boca e o polegar acaricia meu lábio inferior, até que ele fecha a mão em meu queixo, pressionando de leve — Mas, foi a melhor coisa que você fez.