Capítulo 09

5.7K 231 29
                                    

Brunna PDV

Olhar a Lud dirigindo sem dúvidas é uma das imagens mais fodas que já consegui ter. Ela ficava toda concentrada enquanto dirigia pelas ruas cariocas com apenas uma mão no volante, a outra estava segurando a minha e por cima ela ainda estava cantando uma pagodinho que estava tocando na playlist que ela havia colocado.

Meu Deus! Eu estou tão encantada por uma mulher de uma maneira que nunca imaginei. O caminho até o restaurante não foi tão longo, mas durou o tempo suficiente para a gente ficar conversando sobre algumas cosias da carreira dela e da minha que chegavam a ser um pouco parecidas. Nós duas sempre estavamos viajando por culpa do trabalho, ficávamos pouco tempo com a família e sempre queríamos curtir os momentos que apareciam na nossa frente.

Finalmente chegamos ao restaurante onde acabei sendo a primeira a sair do carro com a ajuda do manobrista que abriu a porta, mas logo Lud já estava ao meu lado e entregando as chaves do carro ao manobrista depois que pedir a ele pra ter muito cuidado. Seguimos para dentro do restaurante um pouco afastadas para evitar fofocas, mas sinceramente acho que não iam falar nada.

Eu nunca tinha visto uma nota ou qualquer coisa sobre a Lud ser Bi e nunca tive vontade de ficar com mulheres antes por isso ninguém sabia. Quem visse nós duas juntas iriam pensar que era apenas duas amigas saindo juntas para jantar depois de apresentar um programa. Precisamos apenas ter forças para não fazermos um carinho mais ousado ou trocarmos um beijo.

Brunna: fala sério né

Eu falei no momento em que o garçom trouxe os pratos que a Lud tinha feito questão de escolher para nós duas. Quando chegamos no restaurante a Lud fez questão de escolher o que iríamos comer, apontou no cardápio pro garçom e só agora eu consegui descobri o que era. Ela tinha pedido pra nós duas o prato que levava o seu nome e não me espantaria que a sobremesa fosse o prato que levava o meu nome.

Ludmilla: você vai ver que eu sou uma delícia - falou em um tom de malícia
Brunna: palhaça - respondi sorrindo
Ludmilla: vamos comer que eu to morrendo de fome

Durante todo o jantar acabamos conversando como era as nossas famílias, me surpreendi como a vida da Lud não tinha sido fácil e fiquei mais surpresa ao saber sobre o pai dela. Dona Silvana tinha sido uma guerreira por tudo que fez pra criar a filha e não deixar nada faltar para ela. Minha vida não tinha sido difícil eu admito, nunca passei dificuldades. Dona Mirian e seu Jorge nunca me deixaram falta nada em casa e sempre me mimavam da forma que conseguiam.

************************************************************************

Ludmilla PDV

A Brunna era uma ótima companhia já que nunca nos faltava um assunto para conversarmos e eu amava demais isso viu. Na maioria das vezes que eu tinha um encontro sempre a outra pessoa queria saber como era a minha vida de cantora e nunca queria saber como era a minha vida de Ludmilla Oliveira.

Havia feito questão de pedir o meu prato do Paris 6 para nós duas e não é porque leva o meu nome, mas tinha tudo que eu mais gostava e eu não me canso de comer ele quando apareço aqui. Acabamos de jantar, escolhemos a sobrenome que era a da Brunna. Esquisito né? Se você for pensar a Brunna tinha me comido e eu ia comer a Brunna. Não levem para o mal sentido que tem.

A Brunna estava me contando que só viajaria próximo mês e eu gostei dessa notícia já que os meus shows esse mês eram mais entre São Paulo e Rio. O que me deixava com uma agenda onde eu poderia ir a visitar ou simplesmente poderia convencer ela a ir me encontrar na cidade onde eu estaria. Paguei a conta do restaurante apesar dela querer dividir e ficamos na frente do restaurante esperando o manobrista com o carro

Ludmilla: para onde quer ir agora? - perguntei a olhando
Brunna: para onde poderíamos ir em uma segunda a noite? - falou sorrindo
Ludmilla: para a minha casa - falei a olhando - lá podemos ver um filme
Brunna: ou podemos ir para o meu apartamento - falou me olhando - o que acha?
Ludmilla: eu vou fazer o que você quiser

O manobrista chegou com o carro, me entregou as chaves e agradeci a ele por ter entregado o carro do mesmo jeito. Eu devo admitir que estou um pouco nervosa de ir para o apartamento da Brunna, já que eu não sabia o que esperar. Com todas as outras pessoas que eu acabava saindo já ia no pensamento de levar pra cama, mas com ela eu estava querendo ir mais devagar. Ela me despertava um lado meu que sempre foi desconhecido por mim.

Brunna: para ali, por favor

Ela falou apontando para uma vaga em frente a um prédio muito bonito e parecia ser de quem tinha uma boa condição financeira. Brunna saiu do carro indo até a portaria do prédio, falou com o senhor que estava lá e voltou para o carro apenas mandando que eu fosse até o portão maior que era da garagem. Parei em frente ao portão que foi aberto pelo porteiro e a Brunna foi me guiando até uma vaga que deveria ser do seu apartamento. Estacionei meu carro onde ela mandou e descemos do carro.

Brunna: o meu apartamento é pequeno e não repara na bagunça viu

Ela falou enquanto entravamos no elevador, me encostei em uma das paredes, ela apertou o botão do andar e se encostou do meu lado. Eu sorri olhando o nosso reflexo pelos espelhos do elevador e fazíamos um casal muito lindo modéstia a parte é claro. O elevador parou no andar da Brunna que saiu primeiro e eu em seguida sendo guiada por ela até o apartamento. Ela sorriu abrindo a porta

Brunna: bem vinda ao meu mundinho particular

O apartamento é sem dúvidas o jeitinho da Brunna em cada detalhe dele. Sem dúvidas aquele lugar tinha sido completamente planejado para ser dela, as paredes eram brancas com um salmão clarinho. Havia uma enorme foto dela na parede da sala, alguns pequenos quadros com fotos de pessoas que deveriam ser a família dela e aquele lugar era maravilhoso.

************************************************************************

Sabe quando você ainda é virgem e está prestes a perde a virgindade? Sim, esse é o jeito que estou me sentindo enquanto espero a Brunna aparecer com a pipoca que foi fazer. Estou aqui deitada na cama dela que me mandou ficar a vontade, então imagine aí que já tirei o tênis que estava usando, meu casaco e o boné que deixei em cima de uma cadeira qualquer. Estou usando apenas uma calça preta colada ao meu corpo, um top preto e meias na cor preta também.

Brunna: voltei

Ela falou mostrando a bacia cheia de pipoca em uma bandeja que tinha também uma garrafa de refrigerante e dois copos. A Brunna estava toda fofinha agora usando apenas o vestido que tínha usado para gravar o programa e as sandálias ela já tinha abandona em algum lugar.

Brunna: o que vamos assistir? - perguntou se sentando ao meu lado
Ludmilla: você escolhe

Último fofinho!
Continuo?

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora