Capítulo 25

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Ludmilla PDV

Pode anotar ai que eu nunca mais vou beber na minha vida. Pense em uma ressaca das grandes que eu estou sentindo nesse momento e que milagre foi esse que o Marcos, Luane ou minha mãe não invadiram o meu quarto ainda para me acordar? Resmunguei abrindo os meus olhos com calma e me assustando ao perceber que aquele quarto não era meu.

Fiquei piscando por alguns segundo até a minha visão está boa e prestei atenção no local onde estava. Eu poderia ficar anos sem vim ao quarto da Bru, mas sempre iria receber aquele cantinho dela por causa do seu cheiro único. Me sentei na cama com um pouco de dificuldade, passei a mão no meu rosto e respirei fundo. Como eu vim parar no apartamento da Bru? Cadê as roupas que eu estava ontem? E o principal era saber onde a Brunna estava.

Me levantei da cama indo em direção ao banheiro onde lavei o meu rosto, notei que a minha escova de dentes ainda estava no lugar dela e a peguei para escovar os meus dentes. Eu devia estar com um bafo horrível. Dez minutos depois eu já estava saindo do quarto da Brunna e arrumando o meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado mesmo.

A casa da Brunna estava do mesmo jeito que a última vez que estive por aqui, porem faltava apenas um porta retrato que tinha na sala com uma foto minha e dela. Parece que a Brunna está querendo me tirar da vida dela mesmo. Quando me aproximei da cozinha ouvi a voz da Brunna conversando com alguém e ao entrar no cômodo ouvi o nome "Renan" e ela estava muito animada na conversa. Respirei fundo para não fazer bobagem e me sentei em uma das cadeiras que estavam ali.

Brunna: para de ser bobo, Renan

Ao escutar aquilo apenas revirei os meus olhos, me levantei da cadeira e fui para o quarto dela ver se encontrava a chave do meu carro. A minha vontade nesse momento era voltar para aquela cozinha, falar pra ela que eu não gosto dela com esse cara e fazer amor com ela até a Brunna não conseguir andar por uns minutos. Mais era a hora de mostrar a Brunna que eu poderia ser uma mulher controlada em relação ao ciúmes.

Brunna: como você está? – ela perguntou ao aparecer no quarto
Ludmilla: apenas uma ressaca – dei um sorriso sem jeito – mais já estou me acostumando
Brunna: você deveria parar de beber tanto – falou me olhando – sua mãe me contou que isso está te prejudicando um pouco
Ludmilla: ela é apenas uma mãe preocupada – dei de ombros – exagera as vezes
Brunna: Ludmilla – falou me repreendendo
Ludmilla: Brunna – imitei o tom dela
Brunna: estou fazendo o almoço – suspirei – quer esperar o almoço ou prefere tomar algo como café da manhã?
Ludmilla: eu prefiro não te incomodar – falei sincera – me desculpa por ter vindo encher o seu saco bêbada
Brunna: você nunca enche o meu saco – respondeu
Ludmilla: preciso ir – falei a olhando – onde estão as minhas coisas?
Brunna: a roupa está levando e o restante das coisas ali – apontou pra um criado mudo – vai embora?
Ludmilla: você quer que eu fique? – perguntei surpresa
Brunna: não quero almoçar sozinha

Aquela simples frase foi capaz de fazer o meu coração se encher de amor por completo e uma pequena ilusão se formar nele ao pensar que aquele poderia ser um sinal que o perdão dela poderia acontecer um dia. Acabamos voltando para a cozinha onde a Brunna estava fazendo um bife para acompanhar com o macarrão que ela tinha colocado a pouco tempo no fogo. O cheiro estava maravilhoso demais.

Enquanto a Brunna estava mexendo as panelas, acabei me oferecendo para começar a arrumar a mesa para o almoço e ela rapidamente aceitou me dizendo onde estava tudo que eu iria precisar. Uns quinze minutos depois nos duas já estávamos sentada na mesa, uma de frente par a outra e a Brunna já estava com o seu prato de pedreira.

Ludmilla: eu acho isso muito injusto – falei tomando um gole de refrigerante – eu não como quase nada mais engordo até com o vento – dei uma risada – você come igual uma pedreira e ta ai em ótima forma
Brunna: eu sou demais – deu uma risada e piscou – como você mesma diz ne – sorriu – se não gosta, senta e chora

O almoço foi em um clima ótimo até que o meu celular começou a tocar e era o Pedro me avisando que eu tinha pouco tempo para chegar em uma reunião importante. Eu não estava nem um pouco afim de acabar com aquele momento ótimo, porem o trabalho estava me chamando.

Ludmilla: tenho pouco tempo para ir a uma reunião – falei fazendo uma careta
Brunna: tem roupa sua ai que esqueceu – falou me olhando – fica a vontade no meu closet
Ludmilla: obrigada, Bru

Me aproximei dela dando um beijo estalado em seu rosto, levei o meu prato para a cozinha e depois fui rumo ao quarto de Brunna para poder trocar de roupa. Acabei achando uma calça de moletom, top e moletom na cor cinza que eram meus e eu tinha deixado em uma das noites que acabei vindo dormir com ela aqui. Aquela noite tinha sido maravilhosa e no outro dia ainda tínhamos pegado uma praia. Me arrumei, passei um perfume dela e peguei minhas coisas que a Brunna já tinha deixado em cima da cama

Ludmilla: obrigada – falei a abraçando
Brunna: só tenha juízo

Me despedi da Brunna para ir até o prédio da gravadora onde estava marcado a reunião para mostrar tudo que iria ter em cima do palco e se toda a estrutura já estava pronta para começar a ser montada. Pedro estava prestando atenção em tudo que os engenheiros e produtores estavam falando, porem a minha mente estava na Brunna e em como eu queria estar com ela no apartamento.

A reunião acabou já passava das sete horas da noite já que quando a fome bateu, acabamos indo continuar a reunião em um luxuoso restaurante que tinha perto da gravadora. Eu sei que deveria ir embora pra minha casa, mas eu precisava ver a Brunna de novo. A reunião tinha me deixado completamente tensa e a Bru conseguia me acalmar apenas com um olhar. Cheguei ao prédio da Brunna, cumprimentei o seu Raimundo e depois peguei o elevador até o andar dela. Durante o caminho até o apartamento dela, ainda parei em uma floricultura, comprei um buque de rosas vermelhas e agora eu so espero que a Bru goste dela.

Arrumei a minha roupa, passei a mão no meu cabelo para o arrumar e depois toquei a campainha para poder segurar o buque de rosas na frente do meu corpo. A porta foi aberta por aquele dançarino idiota que estava sem camisa na casa da Bru, eu notei a sua boca borrada de batom e entendi o que estava acontecendo. A Brunna finalmente tinha levado a sua vida adiante.

Continuo? 
O que acharam?

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