Capítulo 12

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Ludmilla PDV

O meu fervo dessa vez deveria ser um pouco mais íntimo, porem o Marcos acabou enviando para um grupo errado e o resultado é que a minha casa está cheia de gente bebendo e dançando até o chão. Me importo com isso? Nem um pouco. Eu estava conseguindo distrair um pouco a minha mente e no momento é o que está me interessando.

Eu estava bebendo com o Renatinho até que uma morena linda passou na minha frente. Ela parecia ter um corpo perfeitamente desenhado e parecia fazer um pouco o meu estilo. Quando ela começou a dançar na minha frente com duas amigas, acabou chamando a minha atenção e suspirei ao ver que ela não sabia dançar perfeitamente como a Bru. As vezes que já consegui ver a Bru dançar era como se eu conseguisse ouvir a música através de cada movimento que o seu corpo estava fazendo.

A morena veio até mim sem nem um pouco de cerimonia e perguntou se eu estava afim de ir para algum lugar mais reservado com ela. Coloquei a mão na sua cintura, me aproximei do ouvido dela por causa da música alta e respondi que não estava podendo já que estou meio que enrolada com alguém. Nem consegui acabar de falar quando a Luane apareceu na minha frente como um fantasma

Ludmilla: você me assustou, Luane – falei seria
Luane: se ela chorar – ela falou seria – daí você vai se assustar comigo, Ludmilla

Ela mandou eu olhar na direção da entrada lateral e lá estava a Brunna parada me olhando. O medo tomou conta do meu corpo naquele exato momento e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa ela me olhou, sorriu de uma maneira que nunca tinha visto e depois saiu andando em direção a saída.

Peguei as chaves do carro da Luane e sai correndo na direção por onde a Bru tinha saído. Eu precisava explicar que não devia ser nada daquilo que ela estava pensando. Quando cheguei na frente da minha casa a Brunna estava tentando abrir a porta do carro da Luane. Respirei fundo me aproximando dela

Ludmilla: Bru

A chamei pelo apelido que apenas eu a chamava e aquilo fez com que ela ficasse imóvel onde estava. Fui me aproximando com calma dela que ainda estava imóvel do mesmo jeito e no momento em que toquei no seu braço. Brunna se virou na minha direção e eu me senti a pior pessoa que existia na terra.

A Brunna estava com os olhinhos vermelhos, a pontinha do seu nariz também estava vermelha e eu a conhecia suficiente para saber que ela tinha chorado. Eu havia feito ela chorar sendo uma completa idiota e só agora que eu estava percebendo a merda que tinha feito. Eu me deixei guiar por causa do ciúmes e agora estava a fazendo sofre.

Ludmilla: Bru - falei tocando o seu rosto
Brunna: não toca em mim - ela falou tirando a minha mão do rosto dela
Ludmilla: Bru, não faz assim - pedi
Brunna: Bru, não faz assim - ela falou me imitando - eu vou fazer da porra que eu quiser, Ludmilla - ela falou com raiva - desde ontem que eu estava louca por causa do seu submisso - falou me olhando - eu estava preocupada com você, achei que podia ter acontecido algo - disparou - mais você simplesmente começou a me ignorar do nada - reclamou - daí eu chego na sua casa e encontro aquela cena patética
Ludmilla: eu senti ciúmes de você - falei a olhando - ontem eu acabei vendo em um Instagram de fofoca uma foto onde você tá com teu ex em um restaurante
Brunna: eu te liguei quando cheguei pra te contar - falou me olhando - nem sabia que tinha paparazzo por lá
Ludmilla: eu fiquei completamente louca em pensar que você não podia está comigo - falei a olhando - mais foi jantar com ele
Brunna: eu e ele apenas precisávamos de uma última conversa - falou me olhando - pode olhar as mensagens que te mandei que vai estar tudo explicadinho lá
Ludmilla: eu confio em você - falei a olha
Brunna: você deveria ter pensado isso antes - os seus olhos estavam cheios de lágrimas - eu acabei de ver a pior cena da minha vida - foi sincera - eu acabei de ver a pessoa que amo com outra
Ludmilla: O que?

Eu não estava acreditando no que a Brunna tinha acabado de falar. Ela realmente estava dizendo aquilo? A pessoa que ela ama ? Espera um pouquinho. Brunna Gonçalves está apaixonada por mim? Fiquei a olhando sem fazer nada por uns segundos e logo voltei a realidade.

Ludmilla: me perdoa, Bru - falei a olhando - eu fui completamente infantil ao fazer essa festa e por não ter te escutado - toquei em seu rosto - você me torna uma pessoa melhor, mas quando apareceu a possibilidade que eu havia te perdido, fiquei completamente sem chão - comecei a ficar nervosa - eu suportaria qualquer coisa - suspirei - mais eu não suportaria perde a mulher que eu amo - segurei o seu rosto com a mão - em momento algum eu pensei em ficar com aquela mulher que você viu - falei a olhando nos olhos - eu estou completamente apaixonada por você
Brunna: Lud - tentou falar mais foi interrompida
Ludmilla: eu amo você, Brunna Gonçalves

Falei olhando nos olhos dela para que assim ela conseguisse ver o quanto eu estava falando sério em relação ao sentimento que eu estava sentindo. O meu medo para a resposta estava tão grande, minha respiração estava ofegante e meu coração tão disparado. Rocei o meu nariz com o dela, coloquei as mãos em volta da sua cintura, puxei o meu corpo para junto do meu e comecei um beijo diferente dos outros. Esse beijo era calmo, cheio de amor e no momento nada mais importava a não ser nós duas.

Nossas bocas pareciam ter sido feitas para terem o encaixe perfeito, nossas línguas estavam travando uma pequena briga pelo controle, porém eu consegui e comandei o ritmo lento do beijo. As mãos de Brunna arranharam o meu pescoço, apertei ainda mais o corpo dela contra o meu e aprofundei o beijo. Essa mulher conseguia me ter na palma das suas mãos sempre.

Quando o ar começou as nos faltar, mordi o lábio inferior dela e puxei a fazendo dar uma pequena risadinha que eu amava. Nós duas estávamos de olhos fechados, ofegantes e corações acelerados. Eu abri os meus olhos e encontrei o olhar dela que agora estava diferente. Ela parecia está feliz.

Brunna: eu te amo, Lud

InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora