Calmaria antes da tempestade

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Luna

Luna estava inquieta com o que acabara de acontecer,quer dizer,ela obviamente ficou contente que eles tenham conseguido um lugar para passar a noite,porém,aquela "ajuda de amigo" do homem da recepção estava a deixando inquieta,a ponto de seu pé ficar batendo sem parar,o elevador lentamente subindo,realmente lento,à primeira impressão ela pensou que era coisa de sua cabeça,mas o elevador parecia estar com algum problema que o fazia subir mais devagar,mas Luna não se deu ao luxo de reclamar. Conforme o grupo ascendia,a música calma de elevador tocava,Max a cutuca delicadamente:

—Você está inquieta,é sobre o cara da recepção não é?

Luna ficou surpresa que ele tenha notado,mas logo disfarçou o perguntando:

—O quê você acha que ele quis dizer com aquilo?Nós não conhecemos ninguém daqui até onde eu saiba!

—Concordo,e nós também não conhecemos ele,talvez ele seja algum inimigo?não temos certeza ainda como um demônio pode se manifestar,devemos ficar atentos.

Dylan faz um comentário sobre a situação com uma voz cansada:

—Olha,eu estou tão confuso quanto vocês,mas não vai ajudar nada ficar se preocupando agora,não temos para onde ir,encontramos esse lugar, foi uma coisa boa!Antes aqui dentro do que fora na chuva,escuro,frio e cheio de demônios!

Max o responde com um tom de incerteza:

—Talvez você esteja certo...

Quando todos pensaram que a discussão havia acabado,Hayato fala com sua voz calma e meio rouca:

—Se tem uma coisa que eu aprendi nesses poucos anos trabalhando com a polícia é que o inimigo sempre aparece quando nós menos esperamos,por isso temos que estar sempre um passo a frente, recomendo um plano de fuga.

—O garoto está certo não podemos baixar a guarda,principalmente agora em um território e pessoas desconhecidas.

O elevador chega ao sétimo e último andar. Todos se dirigem para o quarto número 18,em um vasto e comprido corredor,o quarto se encontrava no final dele,enquanto caminham Stella retoma a conversa do elevador:

Então precisamos de um plano de fuga,o problema é que não sabemos por onde o inimigo irá atacar...

Dylan convencido pelo discurso de Hayato dá seu palpite:

—Bom,até onde nós sabemos são apenas duas opções,A porta da frente e as janelas que dão acesso ao lado de fora,a não ser que tenha algum tipo de passagem escondia dentro do quarto.

Luna continua a mesma linha de pensamento:

—Dylan está certo, é melhor nós procurarmos quando chegarmos ao quarto.

A conversa mais uma vez teve que ser pausada,pois eles chegaram à porta que dava acesso ao quarto que reservaram,Luna se aproxima da fechadura com a chave,destrancando e entrando. O quarto era bem comum,uma cama de casal,duas de solteiro e um sofá,uma televisão de tubo com uma antena quebrada em cima de um velho e empoeirado armário de madeira,e um carpete vermelho cobrindo o chão,além de uma porta que ela assumia que seria o banheiro,contudo,o quarto passava um clima agradável e aconchegante mesmo sendo simples. Todos limpam seus sapatos no tapete de entrada que dizia "Bem vindos" ou era suposto dizer,o tapete estava bem acabado e algumas letras estavam faltando, apenas formando a frase "Be vios".Dylan se joga no sofá como se tivesse acabado de chegar de um longo dia de trabalho,porém fala tão animado como uma criança:

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