Ilusões

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Hayato

Hayato já teve muitas noites horríveis em sua vida, mas aquela estava levando a medalha de ouro. Primeiro ele teve que fugir de praticamente sua própria casa, aquele departamento de Polícia era o lugar mais próximo que ele podia chamar de lar, depois, aparentemente, ele é traído por sua própria mãe, que é a sua única família, e a pessoa em quem ele mais confiava, e agora ele tem que fugir de um hotel que cria ilusões junto com um bando de adolescentes que aparentemente estão tão perdidos quanto ele, poderia ser pior.

Ele e os outros quatro jovens se preparam para sair dali o mais rápido possível e, esperançosamente, sem nenhum conflito. Hayato abre lentamente a porta do quarto número 18, estica a cabeça para fora e da uma olhada ao redor, nada fora do comum, o longo corredor estava vazio e silencioso como sempre, ele olha na direção de seus companheiros e os informa, quase sussurrando:

O corredor está limpo, mas não nenhuma certeza de que seja seguro.

Não podemos ficar aqui, então não temos muita escolha... Diz Max enquanto arrumava seus óculos.

Max tem razão, precisamos encarar essa, querendo ou não! Exclama Luna, determinada.

Todos concordam com suas cabeças, o grupo se prepara para enfrentar o longo corredor. Hayato vai na frente, não seria a primeira vez que ele estaria escoltando pessoas para fora de um território perigoso, a diferença é que dessa vez ele sabe que seu inimigo não é um simples humano com uma arma de fogo, a ameaça, ainda desconhecida, o preocupava muito, seus sentidos estavam mais aguçados do que nunca, seu novo acessório mágico provavelmente é o responsável por isso, desde que ele colocou o anel é como se ele fosse capaz de quase tudo, seu corpo nunca sentiu tanta energia antes. Logo atrás dele o resto do grupo seguia com cautela, o silêncio ali presente era esmagador, o único som a ser ouvido eram os de seus passos pesados pelo carpete vermelho que preenchia o corredor. Após longos segundos eles se aproximavam do elevador e das escadas para o térreo, a saída, porém, logo é possível ouvir algo a mais, algo metálico arranhando as paredes, sons de engrenagens rodando, sem dúvida nenhuma, o elevador estava subindo.

Talvez seja a dona da limpeza... cochicha Dylan,petrificado como uma estátua.

Por mais que os outros quisessem acreditar nas palavras dele, Todos sabiam que não seria a dona da limpeza, eles haviam despertado uma espécie de sétimo sentido, agora podiam sentir quando o perigo estava próximo, e quando se diz perigo, quer dizer demônios.

O elevador finalmente chega ao seu destino, um leve toque de sino é soado segundos antes de suas portas se abrirem, suor começava a escorrer pela testa de Hayato, dentro de seu estômago se criava um enorme vácuo, o elevador por fim se abriu, e dentro dele havia, um humano ? Sim, e não qualquer um, era o recepcionista que atendeu os amedrontados adolescentes minutos antes, usando seu terno e sua pequena boina azul em sua cabeça, sua aparição foi como um tapa na cara de todos, antes que qualquer um pudesse dizer algo ou soltar um palavrão sem querer o recepcionista liberta suas palavras que os atingiam como pequenas flechas.

Surpresos? Uma reação apropriada. — Suas palavras saiam calmas e até mesmo baixas, tendo que fazer um pequeno esforço para ouvi-las melhor, mas isso não diminuía nenhum pouco o impacto que elas causavam.

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