Adrien ficou pensativo, enquanto também ia pra casa. Claro que Marinette nunca ia contar quem era o cara de quem estava gostando agora. Pelo menos não para o “Adrien”. Mas talvez Chat Noir tivesse algum êxito, não é?
Assim que chegou em casa, Plagg saiu do seu cabelo, já que ainda estava vestido como “Mister Bug”.— Me deixa adivinhar. Você vai na casa dela, não é? — cruzou os bracinhos.
— Eu preciso saber quem é esse cara, Plagg — disse ele, tirando a fantasia e colocando um pijama qualquer. — Te dou uma porção de queijo à mais, por uma semana.
Plagg revirou os olhos e assentiu.
Não demorou para Adrien se transformar e pular a janela.
O trajeto até a casa de Marinette não era tão demorado, então logo ele estava na sua janela. Só estranhou o fato dela estar aberta.— Mari? — chamou por ela, entrando devagar.
— Oi, Chat.
O herói achou que poderia enfartar naquele instante. Marinette ainda estava com o macacão de Lady Noire, mas o zíper estava mais aberto que antes. Puta merda, não dava pra não olhar! A máscara não estava mais no seu rosto, que exibia menos maquiagem do que antes.
— Oi, princesa — ele torcia pra falta de claridade esconder o rubor nas suas bochechas. — Achei que não estaria em casa.
— Voltei um pouco mais cedo que o previsto — ela sorriu tímida. — E estava indo tomar um banho...
— Ah, claro — Chat se virou para pular a janela, quando ela segurou sua calda.
— Chat... — a mestiça mordeu o lábio inferior — Pode me esperar? Eu não vou demorar muito. Preciso... falar com você...
Ele consentiu, se sentando no divã dela.
Marinette sorriu e se foi pro banheiro. Suas orelhas captaram o “click” que a porta fez ao ser trancada e ele tentou não ficar imaginando coisas com os sons que ouvia lá dentro. Parecia uma tortura... conseguiu ouvir o macacão ser tirado do corpo dela, depois das botas, e em seguida o chuveiro ser ligado.Olhou pro teto, buscando algo pra se distrair. Belo momento pra se lembrar da sua audição “mágica”. Ouvia a água cair sobre ela e escorrer por sua pele... puta merda, se fechasse os olhos, conseguiria visualizar sua princesa toda nua, e isso fazia miséria com a sua mente.
Péssimo dia pra ter visitado ela! Já estava balançado só de tê-la por perto na festa, não era nem um pouco justo. Era injusto ouvir ela lavando a pele com um sabonete líquido que tinha cheirinho de baunilha — até seu olfato estava mais apurado. Apertou os olhos, sentindo a pélvis fisgar. Nem precisava olhar pra saber que tinha uma barraca armada ali.Era errado em tantos níveis...
Achou que não poderia ficar pior. Afinal o chuveiro havia sido desligado, e só podia ouvir ela se secando e vestindo o pijama que levara pro banheiro. Ainda era agoniante. Sentia o suor se acumulando sutilmente nas suas sobrancelhas, e o rosto ardia de tão vermelho que estava.
Marinette o estava quebrando.
Pegou uma das almofadas dela e colocou no colo, assim que ouviu a porta do banheiro abrir.— Espero não ter demorado, às vezes eu me empolgo... — ela disse, mas logo reparou na vermelhidão do rosto dele. — Ué, Chat. Eu tiro a roupa e você que fica vermelho?
É, Marinette ainda estava sob efeito da bebida na festa. Se bem que o sorriso debochado sugeria que ela estava sóbria... Céus, onde estava a Marinette fofa?
Colocou o pé direito sobre o joelho esquerdo, mantendo a almofada no colo. Seria expulso na base da vassourada se ela visse como estava.— Não, eu só... estava pensando em umas coisas, é — Chat sorriu amarelo. Mari deu um sorriso e foi até a penteadeira, pegando sua escova de cabelo. — Então... melhor você... me contar o que... queria...
— Sim? — ela estava de costas, penteando os cabelos preto azulado. — Chat?
Ao se virar, viu que ele lhe olhava com uma adorável carinha de gatinho bobo. Quis bater na própria testa e morrer de vergonha. Claro que ele estava olhando suas pernas, pouco cobertas pelo short do pijama vermelho. Mas estava tão envergonhado que ficava desviando os olhos.
— Você disse que queria falar comigo — ele falou baixo, olhando pra parede. — A menos, é claro, que minha beleza te faça esquecer das coisas.
Marinette revirou os olhos. Estava demorando pra ele soltar uma das suas.
Terminou o cabelo e andou até o divã, se sentando ao lado dele, e o silêncio entre os dois ficou meio desconfortável. Até porque Chat ainda se sentia excitado, e a proximidade da sua princesa não ajudava nem um pouco.— Eu estou... é... eu não faço ideia de como aconteceu, nem a quanto tempo... mas eu...
— Você...? — ele a incentivou.
— Eu estou gostando de outra pessoa — ela murmurou, brincando com os dedos. Ouviu Chat suspirar e olhou pra ele, flagrando uma expressão tristonha e as orelhinhas caídas.
— Quem é o felizardo, ou felizarda, que disputa a atenção da minha princesa comigo? — ele deu um sorriso amigável que teria enganado qualquer um, mas não ela.
Porque Marinette havia aprendido a ler Chat Noir de todas as formas, devido sua aproximação com ele — tanto na sua forma heroica, como na civil. E o desconforto dele poderia significar ciúmes? Talvez uma vez na vida fosse correspondida no amor?
Ela sorriu minimamente e se levantou, parando na frente dele, pegando o gatuno de surpresa.— Sabe, é um garoto. E vou te dar umas dicas sobre ele, e vê se você descobre — ela sorriu, tirando a almofada do seu colo, olhando diretamente nos seus olhos, enquanto endireitava suas pernas.
Chat engoliu em seco e assentiu.
Mas Marinette ousou mais, se sentando nas coxas dele.— M-Mari...
— Primeira dica — disse ela, sorrindo travessa. — Ele tem lindos olhos verde esmeralda.
— Olhos verdes? — ele quase gaguejou pela proximidade. — O que mais? Existem muitos garotos com olhos verdes.
— Huuum, ele também tem lábios cor de pêssego — Marinette passou o polegar sobre a boca dele.
— Decorou a cor da boca dele? — Chat perguntou, quase sorrindo.
— Eu penso na boca dele todos os dias — a mestiça voltou a olhar nos seus olhos. — Desejando que ele tome uma atitude e a use para mais do que fazer trocadilhos ruins. — Ele ia tentar dizer algo, mas Marinette o silenciou com os dedos. — Terceira dica: quando eu mais precisei, ele esteve ao meu lado, me dando apoio e carinho incondicional.
— Marinette...
— Quarta dica: — ela sorria e seus olhos brilhavam. — ele usa um traje preto de couro, que de brinde vem com orelhinhas fofas. Ele fica muito, muito sexy vestido assim. Mas não conta que eu disse isso. — Os dois riram e Marinette segurou seu rosto. — Quinta e última dica: ele tem cabelos loiros muito macios, que eu amo acariciar, enquanto ele ronrona baixinho.
— Acho que descobri de quem se trata — Chat acariciou seu rosto tomando todo cuidado do mundo para não machucá-la com as garras. — Sabe, princesa... tenho quase certeza de que ele também está apaixonado por você.
Marinette radiante, deixando uma lágrima brilhante escorrer, e se precipitou para beijar a boca dele. Não era seu primeiro beijo, mas, caramba, a boca dela se encaixava perfeitamente na sua, parecia sob medida. Abraçou a cintura dela e a puxou pra frente, encostando seus corpos, compartilhando calor. Ela era pequena e quente. Tudo o que precisava na sua vida. Ela trazia luz, carinho e alegria pros seus dias.
O beijo continuava suave, romântico e delicado. Pelo menos até ele passar a língua devagar pelo seu lábio inferior e pedir passagem. Na tentativa de ficar mais perto e sentir mais dele, a mestiça acabou se sentando sobre sua ereção pulsante e um tanto dolorida. Os dois gemeram, e Chat aproveitou para introduzir a língua na sua boquinha delicada, segurando seus quadris com as duas mãos. Enquanto o beijo ficava mais rápido e sedento, as línguas disputando espaço dentro das bocas, e as mãos se apalpando, ele a sentia rebolando devagarinho sobre seu pau, e aquilo era tão bom...
Ele sabia como as coisas iam terminar, e, por Deus, queria tanto quanto. Afinal agora ela oficialmente era a SUA princesa. Só sua.

VOCÊ ESTÁ LENDO
.•♫•♬•[ ꃅєαᖇtϐᖇєαԞєᖇ ].•♫•♬•
Fanfiction"ᴏɴᴅᴇ ᴍᴀʀɪɴᴇᴛᴛᴇ ᴍᴏsᴛʀᴀ ϙᴜᴇ ᴛᴀᴍʙᴇᴍ sᴀʙᴇ ᴘʀᴏᴠᴏᴄᴀʀ" [Aᴅʀɪɴᴇᴛᴛᴇ] [Aᴅʀɪᴇɴ¡Aɢʀᴇsᴛᴇ] [Mᴀʀɪɴᴇᴛᴛᴇ¡Dᴜᴘᴀɪɴ-Cʜᴇɴɢ] [Sᴇʀɪᴇ¡Sʜɪᴘᴘs]