Kingdom • Jikook

C.12

Com o dia do aniversário de seu menino mais próximo, Jimin ficava mais ansioso, doido para matar a saudade do Jeon ao envolvê-lo num abraço caloroso. Os últimos dias no Norte se resumiram à achar um presente decente para o mais novo, mas nada parecia ser o suficiente para o agraciar em um dia tão importante.

Quando se aproximou de um comerciante humilde e de idade, não pode deixar de analisar as pedras decoradas que eram expostas, era belas e chamavam muita atenção. Com os olhos curiosos percorreu toda a mesa velha e coberta por um tecido cintilante, num tom lilás.

ㅡ Precisa de ajuda? ㅡ o senhor ofereceu um sorriso meigo, fazendo com que as rugas ficassem mais aparentes. ㅡ É para sua noiva? Amiga ou filha? ㅡ o Park não julgaria o senhor por supor que era para uma mulher, os mais velhos sempre pensavam assim. Embora fosse problemático.

ㅡ É para alguém muito importante, um jovem que vai completar maioridade ㅡ esclareceu, sem deixar de olhar as pedras. Mas ao perceber a indelicadeza, logo se curvou para o senhor que ficou nervoso com a atitude do governador do Sul.

ㅡ Tenho outras opções além das pedras, tenho tecidos, jóias, piercings e perfumes ㅡ conforme falava, um ajudante depositava diversas opções na mesa.

ㅡ Esta pedra é muito bonita ㅡ apontou para a pedra cor âmbar, no entanto, parecia mais escura que o habitual, com um brilho diferente ao que a luz do sol a alcançava.

ㅡ Sua cor é natural, diferente das outras que são decoradas. O senhor quer tocá-la? ㅡ oferece a enrolando num tecido fino, e entregando ao Park.

Com os olhos focados na pedra, percebeu ser possível ver o interior dela e que havia um pequeno globo escuro e cintilante ㅡ lembrava os olhos de Jungkook. Decidido a levar, pediu para o homem a manusear e transformá-la em uma pulseira. Depois de tê-la em mãos outra vez, passou seus olhos pelos produtos e um piercing chamou sua atenção. Não era tão grande, tinha o formato de uma pena, muito agradável aos seus olhos, então o comprou. Não satisfeito, pediu um perfume suave e recebeu um de maçã, muito agradável um pouco doce, mas nada enjoativo.

ㅡ Não vai comprar nada para o senhor? ㅡ ofereceu, e se o Park continuasse a receber aquele sorriso adorável do velhinho, levaria tudo que ele possuía.

ㅡ Se o senhor tiver um tecido escuro com detalhes dourados, talvez eu compre ㅡ tentou, e mais rápido do que poderia dizer seu nome o tecido estava na sua frente. De corte fino e boa qualidade, gostou muito e pensou que faria um ótimo hanbok para usar no aniversário de Jungkook. ㅡ Vou levá-lo, poderia me passar a soma?

O senhor recebeu o dinheiro com animação, os outros comerciantes estavam ultrajados. Como o velhinho moribundo que não vendia nada, pudera conquistar a atenção do homem influente? Havia outros melhores ali!

Sem notar que sua influência traria mais clientes para o senhor, deixou o comércio e foi para a casa de Sungwoon. Hoje seria a pós-festa ㅡ que geralmente duravam três dias, e terminavam sempre em uma ressaca horrível. O Park era o que menos bebia entre eles, não queria adoecer ou colocar sua vida em risco, precisava cumprir com seus deveres.

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Homens e mulheres comemoravam com devassidão, derrubavam garrafas das mesas e dançavam sobre elas. Sungwoon olhava os corpos se esfregando com horror, não se imaginava naquela situação, negava o sexo como o diabo a Cristo.

Taemin dançava despreocupadamente entre o povo, que aceitaram a presença dele sem pestanejar. Gostavam de Sungwoon agora e seu irmão era divertido. O Park ajudara o retorno da paz naquele lugar, embora tivesse esquecido totalmente que devia procurar alguém.