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Boa leitura!
×××××××××Dois anos atrás.
Os grandes olhos jabuticabas acompanhavam as pétalas que voavam delicadas pela rua com a ajuda da leve brisa que tomava conta daquela belíssima tarde de primavera. O rapaz ficava demasiadamente encantado em ver como aquela estação conseguia colorir as ruas coreanas e trazer consigo não só um delicioso perfume adocicado, como também, sorrisos confortantes e um quentinho gostoso no peito.
Andava com Taehyung e seu pequeno rebento por Seul, mais especificamente, caminhavam até a cafeteria que ficava a algumas quadras de distância do apartamento de ambos. Desejavam aproveitar aquela tarde de domingo, visto que o alfa estava de folga e não tinha aula aos domingos. Era perfeito para passar uma tarde com sua família.
— Uau! Olha, papai, uma boboleta! — o alfinha comentou empoleirado nas costas do castanho, que logo teve em seu campo de visão uma linda borboleta azul. Sorriu e Jeongguk viu os olhinhos negros do filho brilharem quando o inseto voou até seus cabelos, fazendo o rebento se sobressaltar com o susto de ter o bichinho tão próximo.
— Ela gostou de você, Hyuk. — Taehyung falou, levantando a cabeça para ver o pequeno completamente abobado com a borboleta em sua franjinha negra. O inseto mexia as anteninhas como se saudasse a criança e Junhyuk abriu a boca surpreso, olhando para os pais hesitante.
— O-Oi, boboleta. — sussurrou com medo da mesma voar para longe. Seu jeitinho demasiadamente adorável de falar aquecia o coração dos dois pais, que olhavam aquela cena completamente apaixonados. Junhyuk era tão puro, parecia um anjo, ainda mais com o bichinho azul contrastando com seus fios negros. — Você é bonita.
O inseto bateu as asas e então saiu dos fios rebeldes do pequeno, que se despediu da borboleta e observou a mesma voar para longe. Jeongguk achava tão lindo como sua criança via o mundo de outra forma; com pureza e bondade. Com todas as cores vibrando e a inocência deixando tudo mais delicado e bonito. Junhyuk fazia os gestos mais simples se tornarem os mais lindos e únicos.
— Chegamos. — Taehyung avisou, entrando na pequena cafeteria que tinha as paredes repletas de tijolinhos e quadros coloridos. Sentaram e Junhyuk ficou admirado com as luzes que estavam penduradas sobre sua cabeça; eram pisca-piscas dourados e tornava o lugar simples mais bonito e aconchegante. Pediram café e diversos tipos de sabores de bolo. Taehyung estava sentado ao lado da janela e Jeongguk não conseguira deixar de reparar em como a luz do sol e o cenário das diversas flores faziam o Kim ficar ainda mais lindo; a luz natural beijava a epiderme amorenada e os cabelos castanhos brilhavam, como se um holofote estivesse virado para o alfa e toda a atenção do Jeon virasse para somente o homem que estava de frente para si. Comprimiu os lábios, pensando em como era injusto ver aquele homem tão lindo de perto e não poder tocá-lo; gostaria de dedilhar a tez macia e tocar a pintinha que adornava a ponta do nariz de outrem, como um lindo sinalzinho que tornava o rosto do Kim mais singular e belo. Fora os longos cílios que delineavam os olhos amendoados. Estes que brilhavam naturalmente.
Jeongguk não entendia o porquê de estar enxergando tanto os detalhes do amigo; na verdade, Jeon não entendia a necessidade que crescia alarmantemente dentro de si, querendo tocar o mais velho a todo momento. Sabia apenas que deveria ignorar aquelas vontades absurdas e tentar esquecer os sinais que o seu corpo dava sempre que estava ou pensava na presença do mesmo. Aquilo era assustador e não deveria crescer mais ainda, por mais desconhecido que fosse o sentimento.
— Ei! — sentiu o creme gelado ser passado na ponta de seu nariz e arregalou os olhos quando viu que Taehyung acabara de passar o chantilly de sua torta no rosto de outrem, fazendo o rebento gargalhar com a atitude do pai.
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Don't leave me | taekook
Fanfic[CONCLUÍDA] Quando Jeongguk descobriu que estava esperando um bebê do alfa, viu seu mundo desabar diante de seus olhos. E teve a confirmação de que tudo estava perdido assim que seu namorado jurou sumir para sempre de sua vida, afirmando não ser pai...