GOD OF LOVERS | taekook

I. deus na terra

n/a: voltei ( é sério )

detalhes basiquitos para serem lidos rapidamente

+ já passou um mês para o jk = um ano para o taehyung
*tenham sempre em mente isso para não haver confusão ok*
+ jimin é um anjo na fic e na terra

boa leitura amores :')

deus na terra

Os primeiros raios solares invadiram o quarto timidamente, iluminando-o.

Jeongguk abriu os olhos com certa dificuldade, como se fosse difícil acordar para uma nova realidade. Sentou-se na cama ainda sonolento, e instintivamente, colocou a mão no coração, como se tentasse apertá-lo, certamente angustiado.

Ele sentia aquela sensação de perda toda manhã quando acordava.

Ainda não conseguia realmente entender ou aceitar aquele destino que lhe foi jogado.

Em algum momento, enquanto esperava em frente a fogueira, ele estava extremamente frustrado por ser uma oferenda e por não poder viver mais do que seus vinte anos em cada uma de suas vidas, e em outro, depois de conhecer Taehyung, só desejava poder viver uma única vida ao lado do deus.

E justamente o que mais queria lhe foi negado. Que irônico.

Inspirou profundamente, assustando-se quando ouviu batidas na porta.

— Querido, está acordado?

Sim, ele estava. Mas não queria estar. Porque ao menos quando sonhava, ele era feliz.

— Estou.

— O café está na mesa. Não demore para descer.

Houve silêncio depois disso, e Jeongguk imaginou que sua mãe tivesse se afastado.

Ele preferia assim. Desde a oferenda, seus pais pareciam mais presentes e cuidadosos, amorosos e gentis consigo, como se tentassem recompensar todo o tempo perdido. Eles eram bons pais antes, e agora estavam sendo pais maravilhosos.

Mas Jeongguk não gostava.

Não por receber aquele amor exacerbado, mas porque certo assunto que tocava era ignorado.

Ele se lembrava bem de quando haviam voltado para casa, seus progenitores não desgrudando dele por segundo sequer, como se temessem que não passasse de uma ilusão, e que um Jeongguk bebê ainda os esperava entre as cinzas de uma fogueira apagada.

Eles perguntaram o que aconteceu e contou a eles. Tudo que eles queriam ouvir. E talvez não fosse surpresa para eles qual era o feito do deus para consigo.

O problema não era esse. Seus pais, grotescamente falavam de Taehyung, como se os conhecessem. Eles realmente pareciam esquecer de que ele era um deus, e que suas palavras jogadas ao ar poderiam irritá-lo profundamente.

Por algum motivo Jeongguk adorou que eles falassem, como se esperasse que em algum momento Taehyung voltasse para subjugar a terra, para ficar consigo.

Por outro, ele odiou o modo como seus pais diziam besteiras sobre o deus. Ele havia gostado de Taehyung, e ele foi bom consigo. Não conseguia simplesmente ouvir calado todos aqueles insultos que iam contra a verdade que o deus lhe mostrou.

— Estão errados. Ele não abusou de mim! — havia gritado, extremamente irritado depois de ouvir tanto. Aquilo fez seus pais se calarem. Não se lembrava de levantar a voz, muito menos de reclamar de algo. Ele era um bom filho, que escutava e obedecia. E talvez tivesse sido por todo o resto de sua vida se não fosse aqueles insultos.