V. um único lugar

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Boa leitura ❤

um único lugar

Jeongguk abriu os olhos com preguiça naquela manhã. Suas mãos vagamente deslizaram pela cama, tentando encontrar Taehyung nela. Como imaginou, ele não estava. Suspirou, remexendo-se confortavelmente. O dia anterior poderia ter sido o segundo melhor de sua vida, o primeiro sendo quando conheceu Taehyung.

Era como se não fosse realmente real. Como o deus teria deixado metade de sua divindade apenas para vê-lo, um mero mortal na terra? Digno de um sonho ideal que acaba quando seus olhos se abrem. Mas era verdade, estava realmente acontecendo. Mal tinha palavras para descrever a sensação agradável que tomava seu coração, enchendo-o de um bom sentimento.

Levantou da cama minutos depois, fazendo sua higiene matinal. Assim que terminou, colocou a mochila nas costas e saiu do quarto.

Ele viu sua mãe colocando algumas coisas na mesa enquanto seu pai a ajudava. Eles conversavam baixo, como se não quisessem que o assunto saísse dali. Não chegou a compreender ou tentar focar-se em escutar, pois segundos depois os olhos dos progenitores caíram em si.

Puxou uma cadeira e se sentou, vendo seus pais terminarem de ajeitar a mesa e sentarem lado a lado. O silêncio era incômodo, observou-os colocando o próprio café da manhã sem nem mesmo lhe dizer algo. Suspirou pesadamente.

- Estão ignorando o próprio filho? É realmente um ato bem... diferente do que se espera de pessoas adultas. - disse simples, colocando o próprio café. - Ou dos próprios pais.

- O que espera, Jeongguk? Que lhe tratemos como se tudo estivesse bem?! - sua mãe falou com a voz baixa e indignada.

- E por que não estaria?

- O que Taehyung fez com você? - seu pai tomou a palavra.

- Nada. O que vocês estão pensando-

- Você disse que ele havia esquecido a oferenda e que você poderia continuar sua vida, assim como nós! Mas ele está aqui de volta, atrás de você. E você o defende depois de tudo!!

- Não estou defendendo ele, pai. Ele não me fez mal algum e também é um deus. Precisar que eu o defenda é realmente bem desnecessário. - falou, já sentindo que não iria sair de casa calmo como havia acordado. - Mas vocês insistem!

- Ele matou pessoas, Jeongguk.

- Nada disso teria acontecido se tivessem apenas me entregado - murmurou irritado, olhando para o próprio café.

O silêncio se instaurou no local de novo, e Jeongguk levantou o olhar para os pais novamente. Podia ver as lágrimas acumuladas nos olhos da sua mãe, e se sentiu mal por fazê-la chorar.

- Mãe...

- O que queria que fizéssemos, Jeongguk? Você é nosso único filho e um deus que nem somos devotos exigiu que você fosse a oferenda. Íamos dar sua vida só porque ele queria? Por ser um deus?! - sua mãe disse magoada enquanto o olhava nos olhos. Jeongguk não soube o que falar. - Você ainda não tem filhos, Jeongguk. Se tivesse, talvez soubesse a sensação de saber que seu filho lhe será tirado - ela levantou da mesa em seguida, saindo dali.

- Esse deus só quer você de novo por desejo. Porque ele acha que tem direito sobre todos! Mas não é assim. Com toda certeza Gaia irá intervir, e eu irei continuar rezando para que isso aconteça. Você só não percebe agora porque ele já fez sua mente. Mas a nossa, não.

Viu o mais velho levantar também, e logo estava sozinho na mesa, ouvindo apenas o som do ponteiro no relógio na parede.

Estava até mesmo sem fome agora. Levantou também, saindo de casa. Agora só desejava ir à qualquer lugar que o fizesse esquecer do que tinha ouvido em casa.

GOD OF LOVERS | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora