Joy era uma sereia que tinha curiosidade sobre o mundo humano, podendo passar noites explorando constelações. Ao ser convocada para realizar um ritual de extrema importância para o seu povo, ela se sente extremamente honrada, porém, o que a jovem se...
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- Tem algo que não sabemos Grande Mãe? - Joy questionou ao ver a líder despejando líquidos grossos com um objeto azul luminoso em uma pedra rasa junto com outros ingredientes.
- Aproximem-se.
As quatro se reuniram em volta da pedra olhando para a imagem borra que começava a se formar nela.
- Sei que o povo tem consciência sobre o ritual e da sua importância, mas poucos sabem como de fato tudo isso se iniciou e como funciona - falou a Grande Mãe - E agora, é hora de vocês quatro saberem
A divindade estragou os dedos, uma fumaça densa o suficiente envolveu as quatro e tudo que Joy viu por último antes de apagar eram os olhos da Grande Mãe brilhando num tom azul intenso.
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Era noite de lua cheia e o mar estava agitado por consequência de uma intensa tempestade que dominava o local, quando isso ocorria, algumas sereias dominadoras eram enviadas para acalmar as águas evitando estragos nos continentes.
Envolvidas em controlar as ondas, não viram quando um navio passava próximo a elas e, mesmo em situação de calamidade, os humanos avistaram a cauda brilhosa de uma das sereias. Com os olhos brilhando de ambição pelo desconhecido que parecia ser raro e extremamente valioso, a sereia foi capturada, levada para dentro do barco e sem chance de defesa, morta.
As outras, ao verem o que tinha acontecido com sua amiga e tomadas pela fúria da ingratidão dos humanos, manipularam a tempestade fazendo-a naufragar o navio e com os humanos na água, cada uma os envolveu numa rede de sedução sugou-lhes a alma até os matarem.
Os que sobreviveram, chegaram ao continente delirando e espalhando histórias sobre um temido monstro do mar que devorava humanos.
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As quatro sereias voltaram a consciência se encontrando novamente na biblioteca, a fumaça havia se sumido. Elas se entreolharam pensando igualmente sobre o que haviam acabado de ver, diferente das histórias que eram contadas pelo povo, os seres do mar sabiam que os rituais eram apenas para manterem o oceano limpo e cheio de vida na medida do possível com alguns cantos e um pouco de magia.
- Grande Mãe, isso o que vimos é o que temos que fazer? - questionou Wendy - Temos que...sugar toda a alma dos humanos? Matá-los?
- Sim, com elas iremos criar Mavitae - disse a divindade - O oceano fica a cada dia mais fraco, por isso esse ritual será importante, a quantidade de humanos que estarão na embarcação será o suficiente.
- E...onde criaremos essa Mavitae? - perguntou Seulgi.
- Apenas tragam os humanos, o restante envolvendo a criação da Mavitae é comigo - a Grande Mãe respondeu sorrindo - Não devem saber mais do que isso, confio na voz de vocês e nos talentos, principalmente o seu Joy.
- O meu? - a sereia perguntou surpresa.
- Sim, sei que é uma manipuladora de água bastante habilidosa mesmo com a pouca idade, é extremamente necessária.
Irene observou a mais nova tencionar no lugar com o cargo que lhe fora dado, e conhecendo bem a amiga, sabia o que estava passando em sua cabeça: eu seria capaz?
- Não iremos decepcioná-la Grande Mãe - Irene se manifestou curvando-se e sendo seguida pelas outras.
- Sei que não, podem ir. Preparem-se bem e viagem pelas correntes assim que o sol nascer, entenderam?
- Sim, Grande Mãe - as quatro se curvaram perante a deusa e deixaram o local caladas.
- O que faremos agora? - questionou Joy - Melhor nos prepararmos de alguma maneira não acham?
- Eu vou preparar meu visual, se precisamos estar estilo "matadoras" - Wendy comentou fazendo aspas no ar - Preciso ao menos dar uma hidratada nas minhas escamas, olha como elas estão opacas. Essas barbatanas vão trabalhar bastante, preciso cuidar direitinho delas.
- Acho que vou pintar meu cabelo, um pouco de tinta de polvo deve ajudar a deixar eles negros como a noite - Seulgi passou a mão nos cabelos - Quero eles bem escuros.
- Irei ver algumas coisas para a viagem, é mais fácil eu deixar tudo pronto o mais rápido possível - falou Irene - Vejo vocês no meio da noite, e sem atrasos.
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Joy olhava seu pequeno globo e corria os dedos por ele, em todos os seus 210 anos pensava em pisar na terra ou se aproximar de algum humano pelo menos uma vez na vida para conversar e trocar experiências.
E agora, iria tirar a vida deles.
Desde que tinha pouca idade, Joy sempre foi brincalhona e curiosa com tudo a ponto de ir até pontos isolados no oceano somente para explorar embarcações naufragadas e ver o que o mundo humano possuía de interessante.
No seu íntimo, até se imaginava andando por um dia numa praia.
- Será que estou pronta para matar um deles? - perguntou consigo mesma passando o dedo onde estava escrito a palavra Havaí.
- Joy! Vamos? - a voz de Irene a chamou fora de sua caverna.
A sereia respirou fundo antes de pegar sua pequena bolsa que havia preparado para a viagem, antes de deixar seu pequeno lar rumo ao desconhecido, deu um suspiro pesado.
Notas finais:Oi gente, estão gostando? O Havaí promete bastante coisa... A Yeri ainda não apareceu mas em breve nossa menina irá dar as caras, digamos que ela tem um papel bastante especial nessa fanfic...
Me desculpem por qualquer erro ou qualquer parte confusa, qualquer coisa estou aqui para tirar as dúvidas.
