Joy era uma sereia que tinha curiosidade sobre o mundo humano, podendo passar noites explorando constelações. Ao ser convocada para realizar um ritual de extrema importância para o seu povo, ela se sente extremamente honrada, porém, o que a jovem se...
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– Sejam bem vindas – Junmyeon falou abrindo a porta da casa e deixando as sereias passarem na frente.
O local era iluminado e bem reconfortante, o sol entrava por praticamente todas as janelas que tinham vista para os arranha céus de Seul fazendo Joy, Wendy e Seulgi correrem para a janela animadas.
– Não sabia que morava num lugar assim – Irene comentou em um tom baixo para Junmyeon notando que se tratava de um lugar tão sofisticado que começou a se questionar se ele era da nobreza.
– Não passo tanto tempo em casa quanto gostaria, mas fico feliz em estar na Coreia justamente quando você veio para a superfície.
A sereia mais velha arregalou os olhos e sentiu as bochechas quentes, fazia tanto tempo que tinha visto o rapaz que sentia-se tola com essas emoções.
A prioridade era Joy, a felicidade de sua amiga vinha primeiro que a sua.
– Posso dividir o quarto com Joy, já que eu tenho uma leve suposição sobre quem é o Zimzalabim dela, acho que posso ajudar um pouco nesse quesito – comentou Yeri gerando a atenção para si – Seulgi e Wendy podem ficar no quarto de hóspedes, e você mamãe pode ficar com papai.
– O que? – Irene perguntou em um tom de voz tão alto que saiu de forma aguda, as outras três sereias contiveram algumas risadinhas.
– Não é necessário Yeri, eu posso ficar na sala, não será problema nenhum – comentou Junmyeon – Mas agora, vou comprar algo para comermos porque imagino que devam estar com fome. Já volto.
Irene olhou o homem sair sem dizer nada, mas bastou que a porta fechasse para suas amigas e sua filha explodirem em uma gargalhada.
– Posso saber o motivo da graça?
– Sua cara – Wendy comentou com dificuldade e se apoiando na parede – Está mais vermelha que os corais.
– E-eu não estou vermelha.
– Quem diria que veríamos um dia Irene tímida – brincou Seulgi.
– Não estou tímida – retrucou.
– E eu não estou apaixonada – Joy comentou revirando os olhos e voltando sua atenção para Yeri que estava no sofá – Você disse que conhece meu Zimzalabim? Como é possível?
– Tenho uma leve ideia de quem seja, mas antes vocês vão tomar um banho, precisam tirar esse sal do mar do corpo de vocês.
– Banho? – perguntou Irene – E o que seria isso?
– Uma coisa muito relaxante, vamos, vou mostrar o banheiro e o quarto de vocês.
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Depois das cinco terem tomado um bom banho relaxante, com direito a sabonetes cheirando rosas e outras fragrâncias suaves, Junmyeon chegou carregado de comidas com a desculpa de que não sabia o que elas comiam, e tudo sumiu das embalagens depois de alguns minutos.
As cinco estavam realmente com fome.
As sereias estavam na sala contando a história para Junmyeon do porquê virem para a superfície, falando inclusive sobre o ritual para terem pernas, o pequeno roubo da Pedra da Lua e o Zimzalabim de Joy. Embora Wendy e Seulgi ficarem meio receosas por contar ao humano tudo sobre o seu mundo, Irene encarou aquilo como uma retribuição para a ajuda que estava recebendo dele, ocultando apenas o detalhe que existia a Grande Mãe.
– Você vai encontrá-lo Joy – o Kim disse olhando para a sereia após ouvir toda a história – Posso ajudar caso for necessário, tenho alguns contatos.
– Não sei nem o nome dele – confessou a sereia cabisbaixa – E só pela janela dessa cidade, percebi que é enorme. A única coisa que eu penso é que vou encontrar ele, que verei novamente mas nem eu me convenço disso.
– Ei! Nada de desistir agora, o mais difícil já temos que são essas belezinhas aqui – Seulgi falou movimentando os pés – Com o resto a gente se vira.
– Hm, acho que está certa – concordou com um bico nos lábios – Junmyeon, o que você faz?
– No momento sou professor de biologia em uma faculdade em Busan, com especialização em biologia marinha.
– Um professor? Que chique – falou Wendy – Nossos oceanos precisam mesmo serem preservados.
– Sim, o que nós seres humanos fazemos é horrível, tento passar isso para os meus alunos o máximo que posso. Faço alguns trabalhos voluntários de limpeza de praia nos outros países também, mal paro na Coreia pra ser mais exato.
O assunto sobre os oceanos foi longe, Yeri começou a mexer no celular dispersa da conversa das sereias com Junmyeon, uma rápida ideia que tinha lhe invadido e começou a buscar uma foto mais nítida virando a tela para Joy.
– É ele?
Os olhos da sereia se arregalaram, ela tomou o objeto da mão de Yeri e observava o sorriso que lhe conquistou, a foto não fazia jus a beleza do rapaz mas ainda sim ele continuava lindo.
– Sim! É ele! Céus é ele! – exclamava de modo eufórico – Pelos mares Yeri, quem é ele?
– Jung Hoseok, ou mundialmente conhecido como J-Hope.
– Como posso vê-lo? Eu preciso me encontrar com ele novamente, conversar e sabe mais lá o que.
– Creio que será um pouco difícil Joy – comentou Junmyeon olhando a foto no celular – Ele é uma celebridade, um idol.
– Idol? – perguntou Wendy – E o que é isso?
– Uma pessoa famosa, mais precisamente um cantor – comentou Yeri – Ele é alguém reconhecido mundialmente, tanto que foi um verdadeiro inferno de repórteres e fotógrafos quando eles sofreram o acidente de barco.
– Você conhece eles Yeri? – perguntou Irene.
– Digamos que eu trabalhe com eles – deu de ombros – Posso tentar fazer vocês dois se encontrarem de alguma forma, nem que seja por instantes, os rapazes mal param para respirar, quem dirá ter férias.
– Sério? Ah! Muito obrigada Yeri – Joy comentou abraçando Yeri tão forte que foi o suficiente para derrubá-la no chão.
– Não garanto nada – respondeu saindo de baixo da sereia – Mas os meninos terão um fansign em breve, eu vou estar ajudando no dia com os presentes e outras coisas, vou colocar seu nome na lista.
– Isso não é errado? – perguntou Wendy – Ou melhor, não é arriscado? É seu emprego.
– Mais ou menos – comentou Yeri coçando a nuca – Vai precisar fazer o dever de casa Joy, saber muita coisa do BTS a ponto de parecer uma Army.
– Army? – Seulgi perguntou.
– Nome das fãs deles, vão estar lá no dia também.
– Não vai ser só eu e ele?
– Não, vão ter mais algumas fãs lá, por volta de cem, vocês terão menos de dois minutos.
– Assim não quero – reclamou cruzando os braços – Como vou ter mais algum momento com ele? Explicar meu amor? O que eu sou?
– Pensaremos nisso depois e com calma – comentou Irene olhando para a janela – Acho melhor dormirmos, já passou da hora pela lua.
Todos arrumaram rapidamente as coisas e foram para os quartos que Yeri havia dito, Junmyeon foi para o sofá como combinado e apagou as luzes deixando a casa completamente silenciosa.
