Confesso que nem acredito que ela, aceitou vir falar comigo. Tom realmente fez um milagre, por que eu nem sabia o que fazer. Meu apê estará uma bagunça 'pra variar, então decido começar à arrumar.
Começo pela sala; retiro todas as cobertas que estavam pelo sofá, as dobro e levo para o meu quarto. Pego todas as peças de roupas sujas, que achei no chão. Lavo toda a louça suja que havia na pia da cozinha.
Tomo um banho rápido,visto uma roupa nova e limpa. Estava terminando, de arrumar meu cabelo quando ouço, batidas vinda da porta. Me apresso em achar as chaves, e vou até lá abrir.
— Oi Rafael — ela diz e eu sorrio mas sem mostrar os dentes
— Bia..entra aí — falo dando espaço para a mesma passar
Ela entra e a vejo, começar a observar. Provavelmente notou, que não há mais cobertas jogadas pelo sofá ou roupas sujas pelo chão — confesso que até me surpreendi.
— Cê quer um café? eu posso pegar 'pra você — falo após fechar a porta atrás de mim
B E A T R I Z
Não! — seguro na mão do mesmo — Eu tô bem
Não sei mas, eu nem imaginava que depois do que aconteceu entre mim ele, que eu estaria neste apartamento novamente. O loiro então se senta ao meu lado, no sofá um tanto tenso.
— Rafael eu só quero entender, o que aconteceu aquele dia..— falo suspirando
— Ana era só uma amiga, que eu conheci quando cheguei aqui em São Paulo, a gente se conheceu e começamos a ficar, mas ela nunca quis nada sério comigo — o loiro diz um pouco cabisbaixo
— Tudo bem mas, o que ela veio fazer aqui naquele dia — pergunto
— Ela tinha acabado de chegar de uma viagem, queria me ver e...como eu ainda era apaixonado por ela..acabei deixando — o loiro bufa pesadamente
— Nossa...— solto um riso sem humor e mordo o lábio inferior
— Eu fui um filho da puta, em te chamar pra vir aqui sabendo que ela também viria — Rafael diz e passa uma das mãos pelos cabelos
— E você ainda..gosta dela? — pergunto
— Pra falar a verdade, eu 'to meio confuso — o mesmo me olha
— Tudo bem..eu só quero saber o que nós dois temos — falo colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha
— Eu não sei — ele diz parecendo ainda tenso e querendo me dizer algo
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— Nossa eu 'to me sentindo uma otária agora — falo e o mesmo me abraça de lado
— A culpa não foi sua — o loiro diz deixando um beijo na minha bochecha — Eu fui um otário
Rimos.
— Será que a gente não pode voltar a ser como antes — Rafael pergunta e eu sorrio
— Claro eu'tava com saudade de você — falo sorrindo e o abraço de lado
