Velocidade

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-Eu sou mais rápido que todos vocês! -Beidu fala olhando e rindo dos outros- Eu não vou perder mais para ninguém! Kyaaaakakaka!

-Você, hahaha! -um garoto fala, rindo e tirando sarro de dele- Você é o mais lento entre nós, Hahaha.

-Então vamos apostar, -outro menino chega por trás de Beidu pegando em seu ombro- se perder, você vai comer esse mato todo aqui! -ele aponta para o capim do lado deles.

-Tá vamos ver! -Beidu confirmar batendo no peito- mas se eu vencer serão vocês!

Eles caminham até um risco no chão, Beidu se alonga para começar e outro garoto também. Eles param em cima do risco e abaixam se preparando para correr:

-Prontos! -outra criança que está na frente grita levantando a mão- Já!?

Eles saem correndo, Beidu começa na frente, fica rindo e olhando para trás apontando para o menino, quando vira para frente, um besouro entra no seu olho ele tropeça e cai. O outro garoto, que estava atrás, passa por ele sorrindo, chegando na marca da linha de chegada:

-Haaaahahahaha! Ganhei então agora come! -ele pega o mato e coloca na frente da boca de Beidu- Vamos, abri a boca! Aposta é aposta, e você perdeu.

-Espera isso não vale, -Beidu tenta explicar, mas eles não querem saber- entrou um bicho no meu olho!

-Não importa, derrota é derrota! -o mesmo garoto abri a boca de Beidu e coloca o mato dentro e Beidu começa a mastigar depois engoli fazendo cara feia- É ruim né Beidu o sabor da derrota?

-Pronto, engoli! -Beidu se levanta indo em direção a marca- Agora vamos de novo!

-Beidu! -uma mulher grita em uma cabana de baixo de uma árvore- A comida está pronta, venha comer!?

-Já vou mãe! -Beidu responde olhando para os garotos que estavam se preparando para correr- Vocês foram salvos dessa vez, mas depois eu vou acabar com vocês!

-Hahaha! -os garotos falam rindo de Beidu- Vamos ver.

Beidu olha para eles com um leve sorriso no rosto, sai correndo para sua casa, tropeça caindo de novo. Ele levanta, coloca a mão no braço onde machucou, olha para trás vendo os meninos rindo dele, fecha o rosto e volta a correr. Quando chega na cabana, empurra a palha que fica na porta derrubando-a, abaixa-se para pegá-la e coloca no lugar:

-Mãe cheguei! -ele fala meio estressado- Fez o quê para comer?

-O que você tem meu filho? -ela pergunta andando em direção a ele e colocando à mão na cabeça dele- Porque você está triste?

-Nada não mãe, -ele responde olhando para o chão- só uma coisa que aconteceu agora a pouco.

-Tá vai se lavar pra gente comer! -Ela fala olhando para a boca dele fechando o rosto- Beidu abre a boca!

-Pra quê mãe? -ele fala abaixando a cabeça- Eu to com fome.

-Abre a boca! -ela fala mais alto.

Beidu olha para sua mãe e ver que ela está preste a comê-lo vivo, se assusta e abre a boca bem devagar limpando os dentes o mais rápido possível, ela bem irritada, diz:

-O que é isso Beidu? -ela pergunta olhando para os dentes dele- O quê você estava fazendo?

-Nada! -ele responde com a voz meio baixa- Eu só caí!

-Caiu? Caiu? -ela com um tom mais alto pergunta- Então você caiu de boca aberta e comeu mato?

-Não! -ele com a voz um pouco mais alta responde- Oh mãe queta!

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