Cap 16

822 71 30
                                    


  Catarina

  Estava sentada no grande sofá vermelho que havia no meio da sala, com uma pequena chicara de chá na mão esquerda, e um livro na mão direita. Vez ou outra, Bebericava o chá, apreciando o gosto da canela, enquanto viajava no romance que estava lendo.

  Quando percebo que a chicara esta vazia, deposito suavemente o livro ao meu lado no sofá, marcando a página em que havia parado e me levanto com a chicara em mãos, caminhando em direção a cozinha para lava-la.

  Quando termino de enxaguar, caminho de volta para a sala. Antes de me sentar, uma sensação estranha me atinge e sinto alguém se aproximar da casa.

  Caminho até a porta da frente e giro a maçaneta rapidamente para ver do que se tratava. Afinal, nada nem ninguém passa por aqui!

  Saio para fora e observo em volta. Não havia absolutamente nada ali. Quando ia me virar para entrar novamente, uma movimentação estranha no meio das árvores e arbustos me chamou atenção, encarei fixamente aquele ponto da mata.

  Derrepente, dali, surge uma garota não muito alta, com grandes cabelos louros que me pareciam sem vida, com um pequeno rosto pálido e vestida com um enorme moletom cinza, que estava banhado de sangue. Estava olhando para trás, como se stivesse procurando algo ou alguém.

  Ao ver aquela garota algo se acendeu em meu coração. Eu ainda não sabia oque era, más um enorme desespero tomou conta de mim, ao ve-la naquele estado.

 Quando gritei perguntando oque havia acontecido, ela virou-se para mim e percebi que iria desmaiar. Corri em sua direção e consegui ampara-la a tempo.

 A ajeitei em meu colo, e a levei para dentro, levando-a para um dos quartos vazios que haviam na casa. A coloquei suavemente sobre a cama e a observei melhor.

 Seu rosto era pequeno e bem desenhado, porém estava pálido, sua boca pequena e sem vida. Olhei para suas vestes, e precisava saber de onde havia surgido todo aquele sangue. Me abaixo, e pego uma caixa de primeiros socorros que havia debaixo da cama, e pego uma tesoura.

 Quando termino de cortar suas vestes, paraliso com oque vejo.

   Haviam vários cortes e hematomas espalhados por todo o seu corpo.

 Quem poderia ter feito isso com essa garota?

  Pego novamente a caixa, e retiro de la o material necessário para limpar  e enfaixar suas feridas.

 Quando vou limpar um de seus cortes, minha pele entra em contato com a ferida e acontece algo que ha muito não acontecia.

 Imagens de um homem adentrando seu quarto no meio da noite e arrancando suas roupas, enquanto ela gritava pedindo para ele não fazer aquilo, equanto ele brutalmente, arrancava sua pureza. Logo após, vi o mesmo homem, só que desta vez, possuia um chicote de couro, com lâminas que brilhavam nas pontas. Ele a golpeava como se aquilo fosse a coisa mais divertida do mundo.

Várias e várias cenas de estupro e tortura passaram pela minha frente, acompanhadas de seus gritos de dor e desespero.

  Me afastei lentamente da cama com a mão sobre a boca e lágrimas escorriam pelo meu rosto. Senti toda a sua dor, todo o seu desespero, o ódio, o nojo de si mesma. Algo de muito ruim crescia dentro dela, e aquilo não era bom.

 Me aproximei novamente da cama, voltando a limpar suas feridas. Quando termino, volto a olhar para seu rosto, e sinto uma enorme necessidade de toca-lo.

  Deposito minha mão sob seu rosto afagando levemente. E derrepente, estou em um vasto campo Verde, com várias árvores e crianças correndo em volta, concerteza, se tratava de um parque. Uma risada alta e Alegre me chamou atenção e me virei na direção de onde vinha.

Eyeless Jack-- Amar ainda é possivel?Onde histórias criam vida. Descubra agora