BULLETPROOF

Chapter 2

Depois de um dia cheio no trabalho, finalmente tinha dado minha hora. Organizei minha mesa antes de tudo e sai.
Hoje eu estava disposta a ir para casa andando, uma disposição louca que não era do meu feitio, já que eu detestava andar.
Mas segui os meus extintos, e coloquei na cabeça que era apenas disposição de uma garota normal de 23 anos.
No caminho para casa decidi passar em uma cafeteria, fazia muito tempo que não entrava ali.
Era o meu lugar favorito desde que vim para Seul, Jang que me apresentou, costumávamos frequentar aqui todos os dias, porém algumas coisas mudaram desde que comecei a trabalhar.
Inclusive aumentou minha indisposição, e eu ia para casa todos os dias de condução.
Entrei e fui direto ao balcão fazer o meu pedido, logo depois sentei em uma mesa discreta e escondida para esperar o meu pedido.
Decidi ligar para Jang, aproveitando que nossos trabalhos coincidem os horarios.

-Alô — atendeu ela com uma voz de cansaço.
-Nossa, está tudo bem? — quis saber.
-Me lembre de pedir demissão desse trabalho depois de hoje. — ela parecia furiosa. — Eu já não aguento mais aquela maldi...
-Calma, respira primeiro conta o que houve.
-Espera, você ja esta em casa? — ok ela fez o que eu detestava, mudou de assunto.
-Não, passei na cafeteria.
-MILAGRE, ué, mas você estava vindo para casa andando?
-Sim, grande dia hoje, minha intuição diz que hoje vai acontecer alguma coisa boa. — ­fui interrompida pela garçonete que trazia meu pedido.
-UAAU! Mal espero para ver o que vai me contar quando chegar em casa. — ela riu do outro lado da linha com um ar de deboche.
-AH É? Esta duvidando? Tudo bem, quando chegar em casa a gente conversa. — desliguei antes que ela pudesse dizer tchau.
Encostei minha boca no canudo enquanto olhava para o nada, quando meus olhos fixaram em um cara sentado do outro lado da cafeteria.
Ele estava bem concentrado em um livro, tinha boa postura e estava sentado de pernas cruzadas, tinha o cabelo na altura da orelha e a franja estava caida sob a testa.
Usava camiseta banca, e estava de oculos, aquilo deixa ele extremamente sexy e intelectual. Não pude deixar de reparar tambem o quanto suas pernas eram longas.
Ajeitei o cabelo atras da orelha e pensei comigo mesma:
-Hoje é meu dia de sorte e a sorte esta sentada do outro lado.
Logo verei o resto, pois ele agora estava olhando fixadamente pra mim, fazendo eu sentir uma vergonha muito grande.
Será que ele percebeu que eu estava olhando para ele analisando cada detalhe?
Olhei discretamente na direção dele, e ele ainda me olhava. O QUE EU FAÇO? Não consigo nem agir normalmente com ele me olhando.
Nem se quer consigo beber meu chá sem parecer uma idiota.
Senti meu coração palpitar enquanto me perdia em meus pensamentos quando de repente alguém bate na minha mesa.
-Toc-toc.
Fui levantando a cabeça devagar, e puts, era ele. Ele estava parado em frente a minha mesa com um puta sorriso lindo deixando amostra sua covinha do lado esquerdo.
Eu queria me recompor mas não sabia como, só repetia na minha cabeça varias vezes "aja naturalmente, aja naturalmente."
-Ah, oi. — sorri simpatica, porém parecia mais um sorriso de desespero do que de simpatia. Que droga.
-Não pude deixar de reparar —ok é agora que ele fala que sou bonita e me chama para sair, pensei sozinha — que você não tirava os olhos de mim.
Engasguei com o chá, batia no peito enquanto ele ria de mim.
-M-mas o que? — sorri sem graça tentando arrumar um jeito de sair dessa sem parecer patética.
-Aposto que você pensou que eu estava aqui pra dizer que você é bonita e logo em seguida te chamaria pra sair, né? — disse ele sentando do meu lado.
-Puff — fiz um barulho estranho com a boca enquanto revirava os olhos. — Claro que não, eu nem havia reparado em você até ter batido em minha mesa, se não fosse por isso nem saberia que estava aqui.
-Hm, não era o que parecia olhando de lá pra cá.
-Então você que estava reparando em mim, rá. — comemorei.
-Pode se dizer que sim, reparei que não era daqui. Mas o real motivo de ter vindo qui foi para avisar que sua carteira esta no chão.
Ele apenas me alertou e levantou sem dizer aboslutamente nada, nem seu nome. Credo, nem queria saber mesmo.
Peguei minha carteira no chão e fui ate o caixa pagar e sai.