BULLETPROOF

Chapter 4

Chegamos em casa e Ji-wook se trancou no quarto.

-Ai droga, essa garota é maluca, eu hein que tóxica — pensei comigo mesma.

Olhei em volta, basicamente não havia nada para fazer, já havia lanchado na faculdade e a hora já estava um pouco avançada. Era melhor eu dormir.

Apaguei todas as luzes e me tranquei no meu quarto.

Me sentei em frente a minha cômoda e passei um produto para limpar minha pele, eu não me considerava vaidosa, porém as pessoas coreanas preservam demais uma pele bonita.

Quando terminei coloquei minha roupa de dormir e fui ao banheiro para escovar os dentes para finalmente dormir.

Quando deitei na cama senti meu corpo se afundar no colchão, senti uma leveza. Meus pés ainda doiam, por que que eu inventei de vir andando para casa?

Até parece mesmo que iria acontecer alguma coisa boa na minha vida, ainda mais em plena segunda feira. 

A unica coisa que me aconteceu foi aquela coisa bizarra, daquele cara ter aparcido, ai que raiva, só consigo pensar em quão mal educado ele foi.

Ele no minimo poderia ter me dito o nome dele para eu caçar ele em alguma rede social, que garoto toxico.

Desde que chegara na coreia eu nunca tinha me envolvido com cara nenhum, até porque o menino pelo qual eu era apaixonada não me via como nada mais além de que uma amiga.

Incrivel, talvez Jimin não soubesse que eu era completamente apaixonada por ele desde que começamos a cursar na mesma universidade. Ou talvez ele se fizesse de cego para não ter que me rejeitar, É UMA GRANDE POSSIBILIDADE.

Nunca nem cheguei a tocar no assunto, porque também tinha medo de ser rejeitada, mas nunca quis muita coisa também, mas se ele quisesse eu ia querer.

Eu sinceramente me considero a pessoa mais guerreira do mundo, porque a realidade é que não dava para ficar perto do Jimin sem sentir vontade de beijar ele.

Porém era tímida demais para fazer isso, e tive medo que isso afastasse a gente e o nosso grupo.

Compartilhamos o mesmo grupo de amigos, porém Taehyung era o meu amigo mais proximo acho que pelo fato de estarmos na mesma sala e pelo fato de ele ser bem mais entrosado do que Hoseok e Jimin.

Acordei no dia seguinte enrolada no lençol da cama, não endenti como aquilo foi ocorrer, olhei para o relogio e dei um pulo.

-Eu tô muito atrasada.
Sai tropeçando por todo canto do meu quarto, corri para meu armario e escolhi uma roupa confortavel as pressas, sai do quarto e fui direto para o banhiero.

Tomei o banho mais rápido do mundo e me troquei sem nem me secar direito, e essa foi a pior burrice do mundo, pois a calça era muito justa para entrar com meu corpo umido.

Sentei no vaso e fiz todo esforço possivel e finlmente ela entrou, coloquei a blusa e enrrolei a toalha no cabelo, e parei em frente o lavatório para escovar os dentes.

Sai do banheiro e me dei conta que Ji-wook não estava na cozinha, será que ainda não tinha acordado? Bati na porta dela, e ninguém respondeu.

então alertei:

-Estou entrando espero que não esteja pelada.

quando entrei para minha surpresa ela não estava lá.

-Vaca, saiu e nem me chamou, mas que diabos deu nela pra ela sair tão cedo?

Sem mais demora fui ao meu quarto arrumei o cabelo, detestava a ideia de ter que sair com ele molhado, ainda mais nesse frio. Dei um tapa na cara com uma maquiagem leve e  um batom vermelho apenas para dar cor na boca, peguei meu sobretudo e sai.

Corri o mais rapido que pude para o ponto de ônibus quando dei conta ele já estava la, porém como eu sou muito sortuda, ele saiu antes mesmo que eu pudesse chegar perto.

-DROGA!!!

Falei alto em um som de frustração com todo aquele estresse, e ainda tentando retomar ar para os meus  pulmões acabei derrubei minha bolsa e voou coisas para tudo que era lado.

-AAAAAAAA — gritei enquanto abaixava para recolhê-las.

-Você é muito desastrada — disse alguém se abaixando se para me ajudar.

Olhei em sua direção, lá estava ele, sorrindo com suas covinhas a mostra. Não consegui dizer uma palavra se quer.

-Parece que seu dia já começou bom, vem eu te dou uma carona.

-Nem o conheço, como posso aceitar? — finalmente conseguir falar.

-É uma chance de me conhecer, mas se não quer tudo bem, pode esperar até o proximo onibus que vai passar daqui 50 minutos — disse ele olhando para o relogio.

Ele me deu as costas.

-Espera, tudo bem eu aceito. Porém se eu sumir, minha melhor amiga vai saber, então não tente nada se não quiser a policia da coreia no seu pé.

-Nossa, você e tão importante assim? Vem de uma linhagem real ou o que?

Acirrei os olhos enquanto olhava para ele com uma expressão dura, e entrei na porta traseira. Antes que pudesse fecha la ele se pronunciou.

-Não sou seu motorista particular.

Bati a porta e fui para o banco do passageiro ao lado dele.

Pode parecer loucura, mas eu realmente aceitei carona de um estranho eu estava tão surpresa comigo mesmo que se eu pensasse por mais alguns segundos naquilo eu sairia do carro.