Yes, Daddy

Chapter 16

— Rick... — Arthur protesta.

— Saiam — ele fala, então escuto o som da porta fechando.

— Baby...

— Não me chame assim. Como você tem a cara de pau de me chamar assim ainda?

— Melissa eu...

— Não diga que você sente muito. Você não sente. Não diga que você sentiu saudades. Você não sentiu. E não me diga que ainda tem a porra dos sentimentos por mim porque você não tem! — quase grito. Me viro para ele — O que é isso? — pergunto

— É da Megan. Ela gosta de pintar.

— Você transformou o meu quarto em uma tela para a sua noivinha pintar? É inacreditável!

— O que eu poderia fazer? Ela estava aqui. Você não.

— Mas se bem me lembro. Foi você que ficou insistindo para eu fazer a faculdade de Medicina, não foi?

— E se bem me lembro. Foi você que não me perdoou por eu ter feito uma besteira enquanto estava bêbado!

— Você saiu de casa quando eu beijei outro cara, bêbada! E na segunda vez você me bateu e me expulsou de casa! E eu ainda te dei a chance de se despedir de mim! Aí você pede a Megan em casamento?

— Você fala como se eu tivesse culpa! Eu não levei minha namorada para a sua casa.

  Eu me aproximo dele e soco seu peito.

— Você é um babaca! Um filho da puta! Você e ela se merecem!

  Ele agarra meus pulsos quando eu ia o empurrar mais uma vez.

— Você ainda usa o colar que eu te dei. — ele sussurra.

  Eu solto meus pulsos e tiro o colar de mim e o entrego.

— Entregue-o para a Megan. — me viro de costas para ele — Sinto que isso já aconteceu. Ah. Na nossa formatura. Quando você deixou ela lá plantada enquanto estava transando comigo e dizendo que me ama.

— Também me lembro do seu aniversário. Quando eu disse que não suportaria te ver com outra pessoa e você me prometeu que não me trairia.

— Chifre trocado não dói.

— Porra Melissa! Não fode!

— Olha o palavrão Daddy! Não é isso que você quer ensinar para sua baby, não é?

— Pensei que não fosse mais minha baby.

— E não sou. Mas gosto de te chamar assim, Daddy. — corro meus olhos por todo o quarto, vendo tudo o que era meu coberto por tinta — Lembra de quando Hailey estava aqui? Ela me fez me sentir um lixo por ser aquela garotinha indefesa — Que eu ainda sou, porém, gosto da minha versão mulher independente —, e então você veio. Me acalmou. E depois deixou aquela vaca te beijar. Meu Deus! Como eu era boba! — falo rindo para tentar não chorar — Você sempre me traiu! Sempre. Mesmo que involuntariamente. Hailey, Megan, e as outras garotas daquela maldita boate, me surpreenderia você nunca ter beijado a Kelly!

— Melissa! — ele tenta me repreender

  Eu me viro para ele, meus olhos estavam embaçados pelas lágrimas.

— O quê, Rick? — Ele apenas me olha,  analisando cada parte de meu rosto. Eu sentia que ele queria me tocar, mas seu orgulho não o permitiria — Espero que seja feliz com a Megan — falo e quando passo por ele para ir até a porta, ele agarra meu braço.

  Ele me puxa e meu corpo se choca contra o dele.

  Eu olho para cima para encontrar seus olhos, então ele me beija. Um beijo violento e cheio de saudade.