Chapter 18

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  Eu finalmente me solto de Rick.

— Melissa...

— Eu vou voltar para Los Angeles...

— Não. Você não vai. Não vai me deixar aqui de novo.

— Ah Rick... Não sou mais sua garotinha. Não pode mandar em mim.

— Claro que posso. Sabe por que? — Ele se aproxima de mim em passos firmes me deixando cada vez mais intimidada — porque eu sei que aí dentro ainda existe a Melzinha. A garotinha indefesa e delicada de sempre. Você nunca deixou de ser essa garota. Nunca deixou de me amar. Nunca deixou de ser minha babygirl. E eu nunca deixei de ser seu Daddy. Portanto, você vai continuar me obedecendo como uma boa garota faria — Eu abro minha boca para protestar mas ele me interrompe — e não diga que você não é mais aquela garotinha, eu posso ver nos seus olhos o quanto você está assustada. Eu permiti que você saísse daqui. Mas não vou permitir que saia da minha vida novamente. Então pare de bancar a mulher sem coração e volte a ser a minha Melissa. Aquela que tem medo de escuro e que acha que unicórnios existem.

— Eu não posso voltar a ser a sua Melissa Daddy. — limpo as lágrimas de meu rosto.

— Por que não?

— Porque a sua Melissa não era a segunda opção. A sua Melissa não precisava competir com outra mulher por atenção. Você me apagou da sua vida.

— Nós podemos começar de novo princesa — ele coloca as mãos em meu rosto — reescrever nossa história.

— Não estamos em um filme, Daddy.

— Porra Melissa! Eu sei que eu errei! Mas você também errou! Duas vezes! Eu te perdoei.

— Mas eu não te bati e te expulsei da sua casa. Você não sabe o quanto eu me senti horrível Daddy. Não sabe o quanto me senti humilhada!

  Daddy se ajoelha e abraça minha cintura colocando a cabeça em minha barriga.

— Me perdoa princesa. Por favor me perdoa. Eu faço tudo o que você quiser. Mas me perdoa. — Eu tento segurar minhas lágrimas e afundo meus dedos em seu cabelo — por favor baby. — ele sussurra.

  Eu o seguro o fazendo levantar. Seus olhos fitam os meus , consigo ver o brilho em seus olhos formado pelas lágrimas.

  Agarro a gola de sua blusa e o puxo para mim. Colo meus lábios nos dele. Rick abraça minha cintura e eu levanta meus braços logo agarrando sua nuca.

  Paramos pela falta do ar.

— Daddy. Eu quero que você seja feliz. Com ela. Ela vai te dar um filho, amor.  Você vai ser pai, isso é maravilhoso, eu nunca posso te dar a felicidade que ela pode.

— Claro que pode amor. Claro que você pode. — Eu abaixo a cabeça negando enquanto escuto suas palavras.

— Vai buscar — pedi olhando para Kelly que estava chorando no início da escada, mas logo ela vai até seu quarto.

— O que? O que ela vai buscar Melissa? — Rick pergunta, eu me afasto dele um pouco  quando Kelly volta com o papel nas mãos.

— Vou te esperar lá fora — ela diz, eu aceno e ela sai me deixando só com Rick.

— O que é isso amor? — a cada vez que ele me chama de amor sinto um aperto maior em meu peito.

  Eu entrego o papel para ele, ele o olha.

— O exame que comprova que, ao menos eu, nunca poderei te dar a felicidade de ser pai. — falo.

  Ele continua olhando o papel e depois me olha, não ouso me mexer  até que Rick avança e me abraça, eu choro em seus braços.

— Está tudo bem amor — ele me afasta um pouco e segura meu rosto logo depois deixando um beijo em minha testa — Não importa princesa. Eu quero você, só você. Nós podemos adotar uma criança ou... Sei lá. Mas eu te amo, eu quero ser seu.

— Rick não torne isso mais difícil. Megan está grávida, é a vida de uma criança em jogo. Você vai casar com ela. Eu também te amo. Mas vai ser melhor assim.

— Amor, por favor não volta para Los Angeles. Não vou suportar ficar de novo longe de você.

— Não. Não vou voltar. Mas não vou me intrometer na sua vida.— entrelaço nossos dedos. Ele leva minha mão até sua boca e a beija — Não espere que eu vá no seu casamento.

— Eu te amo — ele me dá mais um selinho.

  Ouvir aquelas três palavras saindo de sua boca era como uma faca cravada em meu coração.

  Saí de seu aperto e caminhei vagando lentamente pela casa até a porta da frente.

  Vejo Kelly vindo em minha direção.

— Você está bem? — ela pergunta vendo meu rosto.

  Eu aceno e forço um sorriso - Nada que uma boa tequila não resolva.

  Ela sorri sem ânimo e nós vamos até um bar.

  Bebemos.

  Bebemos.

  Bebemos mais.

  E bebemos até esquecermos nossos nomes.

  Fomos de táxi para o hotel e quando finalmente achamos meu quarto,  caímos na cama e dormimos.

  Só quero esquecer este dia horrível.

  Só quero esquecer este dia horrível

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