Medical Center

War Zone

Ensino infantil, fundamental, ensino médio, ensino superior e especialização, todos também conhecidos como a vida inteira do ser humano.

No ensino infantil e fundamental você aprende a como escrever, ler e até mesmo ética ou algumas regras da matemática. No ensino médio você desfruta a adolescência e pode vivê-la da pior maneira possível ou da melhor maneira possível, você namora, estuda, briga, arranja inimigos, chora e na maioria das vezes você adquire transtornos mentais como ansiedade, crise de pânico ou até mesmo a depressão.

Já o ensino superior te recebe de portas abertas, mas só as portas mesmo, você se vira completamente sozinho e luta para se manter assim até o final do semestre e então você descobre o verdadeiro significado da palavra "independência".

Imaginem uma floresta, ou melhor, uma selva. Na selva você encontra de tudo um pouco e com isso temos a lei da vida e a cadeia alimentar. Na faculdade não é diferente, só os melhores têm melhor reconhecimento e recomendações e com isso eu posso dizer que durante o meu período na universidade e especialização eu fui uma leoa ou uma pantera.

Sempre lutei para estar no topo e posso falar para você o quão desgastante foi. Porém, eu estou ocupada conhecendo a última sala de cirurgia onde eu irei realizar a minha residência com um bando de pessoas com diferentes caras e pelo o que eu entendi, diferentes nacionalidades.

Meu nome é Joalin Loukamaa, tenho 29 anos e sou uma dos novos residentes do St Vincent's Public Hospital, o melhor e mais completo hospital escola da Austrália.

-E assim encerramos a nossa tour pelo hospital, lembrem-se, nem todo mundo chega no objetivo desejado então se esforcem e sejam os melhores. Aqui nessa sala só temos os melhores de diversas faculdades do mundo, o nosso hospital pode ser público mas é o melhor e o 1º em referências em toda a Austrália.- Simon, um velho amigo da minha mãe e também diretor do setor das cirurgias do hospital finaliza a fala encarando cada um ali naquela sala.- Os sete anos que passarão aqui como cirurgiões residentes serão os melhores e os piores de suas vidas. Vocês serão pressionados até a beira de um colapso. Oito passarão para uma especialidade mais fácil. Cinco terão um colapso nervoso. Dois serão convidados a se retirar.-

O grande homem ali na sala faz
uma pausa e todos o apreciam com curiosidade, medo e entusiasmo nos olhos.- Esta é a linha de partida. Esta é a sua arena. Se você se sair bem ou mal, cabe a você fazer essa escolha.- Ele sabia como prender a atenção de todos apenas com palavras.- Vão até o vestiário e esperem o nosso chefe dos residentes chegar para que ele passe para cada um o grupo de vocês e com qual médico atendente vocês irão trabalhar.

Saímos todos da sala e fomos em direção ao 14º andar que era onde ficava o vestiário que para a infelicidade de algumas mulheres e felicidade de alguns homens, era misto.

E para você que ainda não entendeu, eu sou recém formada em medicina cirúrgica no meu país, Finlândia e estou morando na Austrália porque fui recomendada para esse hospital escola que é renomado aqui no país. Simon, o cara que nos acompanhou na tour pelo ambiente é um velho amigo da minha mãe que é cirurgiã geral, os dois fizeram residência em Londres mas ela decidiu continuar a carreira no México que é onde ela mora agora.

Dois dias atrás houve uma festa para que nós residentes pudéssemos nos conhecer melhor porém eu não compareci, estava revendo fitas com vídeos de cirurgias feitas pela minha mãe. E para quem pergunta, ainda não escolhi a minha área, ainda não sei qual ramo cirúrgico seguir, porém, sempre gostei de ver o quão calma e profissional minha mãe transparece fazendo o que mais gosta. Operar.

Já à caminho do elevador alguns caras conversam animadamente e falam sobre o que sabem falar.

Peitos.

Me perdoe você que é homem e está lendo isso mas é a mais pura verdade, quando vocês não estão falando de bundas, coxas, futebol ou o quanto a sua parceira foi boa na cama no dia de ontem, vocês estão falando sobre peitos.

E isso me retoma a um assunto que eu vi na faculdade sobre a histerectomia e como os homens ficam frustados e perdem o libido ao se sentirem "vazios". Sorrio ao imaginar um homem já com seus 37 anos ajoelhado no chão chorando por estar incompleto e então recebo um olhar de reprovação de duas mulheres, uma morena com os cabelos pretos e longos e a outra era negra com cachos definidos e bem alinhados.

-Não acredito que você está gostando do que esses trogloditas estão falando.- A pertencente dos cabelos longos e lisos praticamente cospe as palavras e eu rio ainda mais.

-Não, na verdade eu estou imaginando cada um adquirindo uma depressão ao saberem que fizeram uma histerectomia e o quão abalados eles ficariam por perderem o libido sexual. Não me leve a mal, mas isso seria engraçado.- Olho divertida para as duas e as mesmas gargalham com a minha resposta.

-Seria mesmo.- A cacheada se posiciona após a crise de riso das duas.- Aliás, eu sou Any, muitos vão me chamar de Dra. Soares mas para vocês é Any mesmo.

-Ok Any mesmo, eu sou Sabina.- Agora foi a minha vez que gargalhar junto com Any.

-Meu nome é Joalin.

-Não vi você na festa, por onde esteve?- Sabina me olha enquanto esperamos o elevador e dou graças aos deuses por estamos na frente da porta, assim entraríamos e os toscos que estavam atrás não iriam conosco.

-Eu não fui, para falar a verdade eu nunca fui de ter amigos, sempre fui focada no futuro e dispensava qualquer amizade.

-Eu também, mas não dispenso uma tequila de graça.- A morena que tinha um belo corpo por sinal não perde a oportunidade de fazer uma piada e assim eu e Any rimos.- O que? É verdade, o meu foco é e sempre será a cirurgia cardiovascular. Nada de homens, mulheres, família ou besteiras inúteis, só a cardio. Esse sempre foi meu lema.

-Nenhum espaço para sexo sem compromisso gatinha?- Um dos bocós se aproxima de nós três e obviamente recebe um olhar de nojo.

-Minha relação com homem é só para tirar a gordura acumulado nos vasos sanguíneos que ligam ao coração, igual ao seu caso, mas você receberia tratamento especial.

-É mesmo? Qual?- O rapaz insiste e posso dizer que ele não é feio e poderia sim ser alguém com que eu possa ter relações sexuais, seus olhos azuis e seu cabelo loiro dão um ar sexy e juvenil ao mesmo tempo.

-No meio da cirurgia eu ligo os seus vasos no seu reto e distribuo cortes com a lâmina do bisturi no seu coração.- O sorriso sínico que ela tinha no rosto é épico e a cara de poucos amigos do cafajeste é o auge de toda aquela cena.

-Essa doeu hein Beauchamp.- Outro cara fala lá de trás.

E então finalmente o elevador chegou ao nosso andar e para a minha surpresa estava vazio, o que resultou em todos os residentes dentro do mesmo.

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE

OLHA EU AQUI DE NOVOOOOO, amores, essa é a minha segunda fic (também joaley), espero que vocês gostem.

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