Dr. Elordi

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-Hidalgo, fale para Heyoon que pegue um residente da pediatria, precisarei da Loukamaa na neuro, estão vindo muitos traumatismos.

-Sim, senhor.- Sabina logo se cala e continua preparando o corpo para o parto forçado.

-Loukamaa, você vem comigo.- Ele sai sem dizer mais nada e olho para Sabina com cara de desespero.

-Forças e cuidado.- É só o que escuto da latina quando atravesso a porta e vou para o estacionamento de ambulâncias esperar uma que chega em pouco tempo de acordo com o monitor de ocorrências que muda a cada minuto na recepção do setor de urgência e emergência.

Me xingo mentalmente ao tentar ser eficiente indo para o estacionamento ao invés de ficar quieta esperando, encontro Bailey escorado na parede.

-Você é arrogante e mesquinha.- Ele então dispara.- Igual sua mãe.

Mas que merda ele tem contra a minha mãe? Por que me infernizar descontando em mim essa raiva?

-Primeiro, você é o arrogante e mesquinho que não consegue ser profissional e tenta acabar com os outros por causa de situações que nem são culpados.

-Vocês têm o mesmo sangue, podem fazer isso quando bem quiserem.

-Que droga, cala a boca.- Me exalto um pouco mas agradeço por estarmos só nós ali.- O que a minha mãe fez? Por que eu tenho que sofrer por isso?

-Sua mãe matou meu avô.

-Do que você está falando?

-Há três meses atrás, meu avô foi diagnosticado com câncer no pâncreas, porém, poderia ser tirada toda a extensão da massa. Nós não imaginaríamos que isso teria que ser feito pela melhor. Sua mãe se recusou a ajudar um paciente, descumpriu o juramento que ela fez na faculdade.

E então tudo cai como rochas na minha cabeça. E esse peso todo era a minha consciência, entretanto, me senti na obrigação de contar para ele a verdade, ele também sofreu como ela e como eu.

-Minha mãe não operou seu avô porque não pôde, e não porque não quis.

-E foi exatamente isso que ela disse.- Esse sorri de maneira irônica e balança a cabeça em negação.

-Já faz mais de dois anos que ela sofreu um acidente de carro em uma rodovia do México.- Fala tudo olhando para a frente encarando algo que não interessa agora já que é como se eu estivesse vendo toda a cena.- Ela ficou presa entre as ferragens do carro dela já que o outro cara bateu a carreta no seu lado, no lado do motorista.

-Isso é sério?- Ele pergunta agora com a feição sem reação nenhuma, com os braços cruzados e o maxilar travado.

-Há exatos 2 anos minha mãe pediu demissão do hospital em que trabalhava, não deu entrevista e apenas escondeu do mundo que ela perdeu parcialmente o sentido motor das mãos.- Ainda encarando o nada, sinto os meus olhos arderem mas logo trato de me proibir chorar.

Quando Bailey iria abrir a boca para falar algo duas ambulâncias chegaram em disparada

-Paciente foi encontrada nos destroços de um carro ainda com sinais vitais mas com sangramento intenso no ouvido e as pupilas não respondem cem por cento.- A paramédica dispara assim que uma das portas da ambulância é aberta.

-E o que temos na outra?- Bailey pergunta.

-Uma criança, fratura exposta na cabeça mas o sangramento foi contido, sinais vitais estão em oscilação.- Um paramédico aparece atrás de mim.

-Fique com a criança e chame a Heyoon, encontro vocês em dez minutos.- Bailey entra no hospital correndo levando a maca consigo.

-Vamos.- Levei a criança junto com o paramédico para uma das salas e logo puxei do meu bolso o celular para que eu pudesse chamar a Dra. Jeong e assim faço.

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