→ Prólogo (Nova Versão)

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As ruas de Manhattan, localizada na cidade que nunca dorme, estavam por incrível que pareça, quietas e calmas. Enquanto a cidade descansava — e recebia uma fina camada de chuva, com nuvens tão escuras quanto o céu daquela noite deprimente e assombrosa. — Indo de encontro a rua 33°, dois jovens gritavam furiosamente, dentro de um Audi branco. Ao lado de dentro, um moça ruiva encolhia-se no estofado sentindo faíscas de raiva riscando sua pele branca, enquanto escutava o rapaz ao seu lado que encontrava-se da mesma forma que ela.

Com o rosto tão vermelho quanto seus cabelos, ela sentia uma pontada grande de fúria invadindo seu peito e de repente, explodindo.

— Porque você nunca me dá atenção? – Gritou ríspida e impaciente, sentindo lágrimas quentes escorrerem por suas madeixas rosadas e doerem como se fossem beliscões. — Você sempre chega tarde ou está viajando à trabalho, nem ao menos me cumprimenta quando chega ou direciona alguma palavra à mim. Me ignora e me deixa falando sozinha. Enquanto eu lhe espero preocupadamente durante todas as noites. — A furiosa moça cerrou os punhos, dando uma pausa e enxugando suas grossas lágrimas com as costas da mão. — Quando eu preciso de você, a primeira coisa que você faz, é dizer que está ocupado no trabalho. Fazendo o quê? Transando no seu consultório com sua chefe rica e padrãozinha, pra ganhar a confiança dela e logo ter a clínica em suas mãos? – O homem apertou o volante com força querendo arrancar-lo do lugar e sentindo toda a raiva tomar conta do seu corpo, ele pressionou os freios com força e com uma manobra rápida e eficaz, estacionou na beirada de um meio fio em frente à uma confeitaria, fazendo a mulher ir violentamente para a frente, já que a mesma não havia colocado o cinto. As luzes natalinas piscavam rapidamente, mostrando infinitas cores, fazendo com que a visão da mulher atordoada — e um pouco alcoolizada — embaçar de acordo as luzes trocavam repetidamente de cor.

— Eu nunca faria isso, Anne! – O homem aumentou o seu tom, impaciente e furioso, portanto, sua voz permanecia arrastada e falha. — E você sabe muito bem que eu necessito e me desempenho muito naquele trabalho para ser o melhor e dar à você, uma vida que preste. Estou farto das suas bebedeiras, dos seus pitis de garotinha mimada, do seu ego, da sua interminável teimosia. Cresça, Anne! Eu procuro sempre melhorar como profissional pra lhe agradar, já que você, a princesinha mimada, não levanta a bunda do sofá nem para ir caçar um emprego. – A mulher enfurecida escutava toda aquela frieza entrar por seus tímpanos, enquanto apertava os punhos com uma força extraordinária, deixando marca de suas unhas na palma de sua mão e encolhendo-se cada vez mais no estofado do banco. Ela pressionou os olhos deliberadamente, sentindo-se tremula e frágil. Explodindo internamente e com seus pensamentos e argumentos violentamente feridos. Seu psicológico estava à mil, sem freio e completamente machucado.

Anne Shirley estava completamente frágil e pequena ao lado dele, — e de certa forma, aquilo era algo surpreendente. Pois ninguém que direcionasse uma palavra à ela, faria a mesma esquivar-se e calar-se de qualquer situação em que ela achasse intimidadora. — Um milagre havia acontecido, pois a mulher mais falante de todo estado de Nova York estava, por incrível que pareça, calada e quieta como a escura e fria noite daquele dia. Seus olhos, antes azuis como o oceanos, que obtinham uma magia aflorosa e alguma energia positiva que muitos não compreendiam, agora encontrava-se assombrosos e indecifrável.

— Porque na minha casa, você tem tudo que precisa. Mas não! Nunca é o bastante pra você. Pois a menininha mimada, é egocêntrica demais pra dá ao menos valor nas coisas que tem. – Aquelas palavras feriram violentamente a moça, que continuou a choramingar irritadiça, olhando vaga para o enorme edifício ao lado de fora da janela. Ela desejava afundar naquele estofado e simplesmente evaporar como um coelho em uma cartola, como nos truques de mágica.
E na pequena pausa para o silêncio, ela foi capaz de ouvir o suspiro profundo do rapaz que passou a língua sob os lábios, aflito e impaciente. E na tentativa falha de se desculpar, pousou sua mão na da sua mulher, que recuou e afastou sua mão do toque do homem o mais rápido possível.

— N-não toca em mim! – Ordenou com a voz falha e trêmula.

— Anne, me desculpe, eu não q...

— Queria dizer isso? Pois bem, você disse e eu ouvi. – A moça da cabeleira ruiva mordeu os lábios, engolindo o seco e logo após, prosseguindo: — Eu só queria ter sua companhia novamente. Eu só queria ter novamente, o Gilbert que namorou e casou comigo. O Gilbert que prometeu está sempre do meu lado. O Gilbert que não era obssecado pelo trabalho ou em sempre ser o número um. O Gilbert que queria formar uma família comigo. O Gilbert que me amava, ou pelo menos dizia. – Nesse momento o rapaz quis abraça-la e dizer à ela que estava tudo bem. Mas não era esse homem que estava no comando. Seus sentimentos aguçados e sua fúria, ainda continuava formigando como comichões. As palavras dela haviam machucado também. E muito. — Isso nunca foi sobre mim, sobre me agradar ou me dar uma vida de luxo! Sempre foi pra alimentar seu ego, Gilbert. Mas advinhe, eu acabei sendo deixada de lado, para agradar as suas vontades, esquecendo das minhas. Eu nem me reconheço mais, Gilbert. – Ela finalizou baixando os seus expressivos olhos e fungando palavras quase inaudíveis.

— Podemos resolver isso sem gritar, sem ter discussão, Anne. Mas você é tão... – Ele apertou os punhos na tentativa falha de se acalmar.

— Tão o que? – Anne levantou seus olhos vermelhos e inchados ao rapaz que apertava suas orbes negras e os punhos com uma certa força. Ela levantou o queixo, tentando não mostrar o quão frágil e machucada estava, mas falhou miseravelmente.

— Esqueça isso. – Respondeu ele, levando suas mãos até seus cabelos e deixando-as escorregar pela extensão de seu rosto.

— Complete a frase! – Gritou e pigarreou a mulher, socando o estofado do banco dando mais espaço para a fúria do rapaz, que novamente se manifestou:

— Tão insuportável e arrogante! – Explodiu o homem. — Ao menos uma vez na sua vida, deixe de ser irritante, mimada e egocêntrica. O mundo não gira ao seu redor, Anne! – Ele gritou alto, assustando a ruiva irritadiça, que trêmula, limpou suas lágrimas com as costas da mão e destravou a porta do carro, saindo do mesmo e fechando-o com muita brutalidade.

Com as vistas embaçada por conta da vermelhidão de seus olhos, ela cambaleou para frente e ao conseguir se manter em pé, atravessou a enorme rua, sem relutância, ignorando todos os gritos furiosos do homem chamando-a ou com a brisa fria que vinha de encontro com sua fisionomia jovem, junto à algumas gotas grossas de chuva.

Ela apenas correu sem olhar ou se preocupar para onde iria. Escutava apenas um eco das palavras doloridas que haviam saído dos lábios de seu marido e logo após, um grito quase inaudível, já que uma buzina, uma forte luz e um grande impacto roubaram sua completa atenção.

Mal sabia ela, que ao acordar, isso tudo não passaria de um grão de poeira que foi levado com o vento, para bem longe de sua mente.

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Enfim, essa é a nova versão de The freckle woman. Eu realmente espero que vocês gostem muito, pois eu realmente estou ansiosa para mostrar o resultado à vocês.

Eu fiz algumas mudanças (que eram necessárias na antiga versão), exemplo:

• Eles são adultos e já tem suas vidas feitas.
• Anne sofrerá de uma perda de suas memórias de 5 anos atrás (ou seja, ela esquecerá todo o tempo em que viveu e morou com Gilbert)

Enfim, ao longo da fanfic eu irei explicando à vocês e espero do fundo do meu coração que vocês gostem MUITO.

—Xx

𝐓𝐡𝐞 𝐅𝐫𝐞𝐜𝐤𝐥𝐞𝐬 𝐖𝐨𝐦𝐚𝐧 | 𝐒𝐡𝐢𝐫𝐛𝐞𝐫𝐭 [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora