🔴Capítulo 1 : Traumas de Infância

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Capítulos fora de ordem... Então observem os números ^•^

Para alguns era só mais um dia ensolarado qualquer em Riverdale, mas não para Cheryl Blossom...

Cheryl Marjorie Blossom aparenta ser só mais uma comum adolescente de dezesseis anos, contudo, seu trauma de infância a impediu de crescer como as outras garotas: Fazendo compras, indo a festas, tendo namorados...

Pelo contrário, Cheryl nunca fizera nada disso. Depois da morte de sua mãe ela não foi mais a mesma, não foi mais a pequena garotinha de cabelos ruivos simpática, alegre e muito inteligente. Esse seu lado contente desapareceu, ou pelo menos está guardado a sete chaves dentro de si mesma.

Logo após a morte de sua mãe, Cheryl passou a se sentir completamente sozinha, sentiu que não podia confiar em ninguém.

Ketty Sullivan, sua psicóloga que a acompanha desde o acontecido, identificou sem tardar o quão insegura Cheryl se tornou, ela não compartilhava seus sentimentos com ninguém, nem ao menos com seu pai e irmão. Isso se tornou-se evidente a todos, a doutora prontamente deu a subentender que possivelmente seu caso poderia se agravar com o passar do tempo, e até levá-la a uma depressão.

Em uma das consultas de Cheryl com a doutora Sullivan, a mais velha a presenteou com um diário, como Cheryl ainda era uma frágil criança de dez anos, foi fortuitamente fácil fazer a cabeça dela.

- Cher, isso é para você - entrega-lhe um livro de capa rosa e felpuda a Cheryl.

- Um livro? - perguntou a pequena garota, fios de seus cabelos ruivos escorrem sobre seu ombro ao movimentar sua cabeça.

- É um diário, sabe oque é um diário? - a doutora questiona, formando em seus lábios a seguir um sorriso gracioso.

- Sei... Eu acho - respondeu, incerta.

- Bom, vou te explicar melhor - a moça alta reprimiu suas longas e belas pernas cobertas por uma calça preta boa de sino, abaixando-se na altura de Cheryl, que a encara confusa - é simples, você deve apenas escrever nele todos os dias!

- Escrever o quê? - indagou com os olhos semicerrados.

- Sobre tudo oque você quiser! - informa-a entusiasmada - Ele serve para guardar seus segredos.

- Guardar segredos? - sua curiosidade fora transmitida por seu olhar.

- Sim, por exemplo... Se você pensa em algo aí dentro - encaminha seu dedo indicador até a lateral da cabeça de Cheryl, que o seguiu com o olhar, seus olhos se concentraram em ficar vesgos, na tentativa de visualizar o local atingido pelo dedo da doutora - e não quiser contar a ninguém, conte ao diário, ele vai adorar saber, e... Eu prometo que ele é completa,mente fiel, e não contará nada a ninguém! - o final da frase soou como um sussurro.

- A ninguém mesmo? - sua pergunta sem maldade fora previsível, Cheryl era, e ainda é incrivelmente inocente.

Sullivan levanta-se após conceder o diário a jovem garota, que sem delongas envolveu suas pequenas mãos no mesmo e permitiu-se tatear a capa macia, seus olhos percorreram pelo mesmo, a mesma ao menos notara que seu pai aparecera atrás dela na porta da sala, em um momento um sorriso amável buscou pela doutora, e ao escutar um pigarro virou-se já tendo em mente de que sairia dali mais feliz com seu pai.

E mal sabia ela, que um simples diário que ganhou na infância durante um tratamento, significaria tanto, a ponto de tornar-se tão viciante, que hoje, aos dezesseis anos, não fora capaz de interromper seu pretérito hábito.

Poderia ser somente mais um dia normal para a jovem, se não fosse justamente o dia em que ela retorna ao colégio depois de um ano afastada por apresentar transtornos durante as consultas com Sullivan, que a tem como cliente até hoje.

My Stupid Diary || Versão Choni Onde histórias criam vida. Descubra agora