capítulo 9

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- Ella, para trás - ele se colocou na minha frente com uma varinha apontada para ele

Com um gesto de Akuma, ele voou para longe atravessando o corredor e batendo em um pilar. Olhei para Akuma e minha primeira intensão foi correr de volta a sala, onde agora estava acontecendo uma guerra entre os feiticeiros e os aliados de Akuma

- Ella! - vovó gritou - o colar, use o colar - levei a mão no pescoço, me lembrando que tirei o colar e deixei na penteadeira

Me virei e vi Akuma andando na minha direção. Segui pelo outro corredor correndo até meu quarto e pegando o colar e pondo-o em meu pescoço

No momento em que o coloquei, fui transportada para o meio da floresta. Escutei o barulho vindo de uma direção e concluí que era da casa, devo seguir a direção contrária. Corri como nunca antes entre as árvores, parando bruscamente ao chegar no centro da cidade a tempo de ver um grande lobo preto de olhos vermelhos atacando todos que visse pelo caminho. Infelizmente ele me viu

- merda! - voltei a correr na outra direção de volta para dentro da floresta. Comecei a ver os primeiros raios de sol nascer dentre as árvores e me senti salva

Foi então que escutei algo atrás de mim, me virei encontrando os olhos vermelhos do lobo preto que atacava a cidade

- não te falei mal, Antonella. Por mais que eu seja um monstro eu consigo me controlar. Daqui a pouco você descobre quem eu sou, mas lhe aviso que ninguém além de mim mesmo sabe quem eu sou para você - dito isso ele sumiu entre as árvores quando o sol começou a nos alcançar

- Antonella - era a voz de James

- James! - corri na sua direção - James! - continuei o chamando

- Antonella - quando o vi, foi um alívio para mim

O abracei com medo e quando me afastei, já estávamos na sala da nossa casa

- Akuma, voltou - vovó falou ofegante. A casa estava revirada e com muito sangue. Por sorte ninguém da família se feriu

- onde ele está? - olhei ao redor preocupada que ele voltasse

- já passou - ela me abraçou - mas temos que te proteger. Você é a única que pode mata-lo e acabar de uma vez com isso - me afastei rapidamente assustada com suas palavras

- vocês ainda tem que me responder muitas perguntas - afirmei rapidamente

...

- porque o Akuma veio aqui? - me sentei sobre a cama

- lembra que seus pais são o casal mais famoso da cidade, pois eles eram os feiticeiros supremos e passaram a magia para você. Akuma matou seus pais para tentar te matar e assim, Akuma continua seu legado de maldade - contou vovó

- eu não tenho poderes como vocês - cruzei as pernas sobre a cama. Balancei meu colar de um lado ao outro

- tem, mas ainda não sabe usar - puxou uma cadeira e sentou a minha frente

- mas o colar, qual o poder dele? - levantei ele para que ela o visse

- ele é como um rastreador, eu posso te ver a qualquer lugar onde você estiver e lançar um feitiço sobre você, por isso os cortes, eu via pelo colar - apontou para a lua que eu segurava

- mas os pinjentes tem alguma coisa a ver com meu modo noturna - continuei o balançando de um lado ao outro

- deve ter, pois nunca, ninguém teve um modo noturna. É seu poder adicional por ser a feiticeira suprema - suspirei sentindo o cansaço bater, mas não vou dormir antes de ter minhas respostas

- quem me deu ele? - o soltei, repousando as mãos sobre o colchão

- sua mãe - tomara que ela continue dando respostas curtas

- mas e quando acontecia os cortes na memória, como eu chegava em casa? - ajeitei o travesseiro

- você era meio que hipnotizada e teletrasportada para cá no mesmo instante - escutei ela se levantar e ir até a janela, fechando-a e deixando o quarto totalmente escuro

- porque meia noite? - cobri-me com a coberta, ainda podendo ver sua silhueta na porta

- é quando os lobos saiem para caçar, os vampiros também e Akuma está mais forte - agora tudo começou a fazer sentido

- em quem posso confiar? - perguntei

- em quem não for lobo nem vampiro - respondeu, voltando a se sentar na beira da minha cama

- como vou saber quem é quem? - me virei para poder vê-la

- você vai sentir um modo perigo quando algum estiver por perto - vovó fechou a mão, e quando a abriu, uma pedra branca sentilante flutuou sobre sua palma

- o que é isso? - me sentei, curiosa para saber o que aquilo era, além de uma pedra brilhante

- uma estrela - sorriu a olhando - era da sua mãe - esticou na minha direção - agora é sua - fez sinal para mim pegar

Quando encostei na pedra, uma forte luz tomou o lugar, me fazendo virar o rosto e comprimir os olhos e lábios

- agora, seus poderes estão ativos - com um simples sorriso, vovó deixou o quarto

Continuei olhando a estrela em minha mão, a fechei e ela sumiu por completo. Minha lua começou a brilhar também. Fechei a mão novamente e abri, fazendo a estrelar voltar a flutuar sobre a palma da minha mão. O colar voou de encontro a estrela, causando uma outra forte onda de luz

- uau! - murmurei quando a luz foi embora

Isso que aconteceu deve ser normal

Os dois se apagaram e a estrela sumiu novamente. Com um simples sorriso eu me deitei para tentar dormir um pouco, já que daqui algumas horas tenho aula

...

Acordei com alguém batendo desesperadamente na minha porta

- que foi?! - a abri reclamando

- tá atrasada pra aula - Nancy invadiu meu quarto

- o que faz aqui? - segui ela, paramos em frente ao ropeiro

- eu e meus amigos mudamos o horário para a noite também - revirei o olhos quando Nancy começou a escolher minha roupa

- vão ser minhas babás agora? - sentei-me sobre a cama

- com Akuma atrás de você, sim, vamos ser suas babás - jogou uma roupa na minha direção

Coloquei a roupa sem discutir o estilo estranho que não combina nada comigo. Nancy tem um gosto as vezes parecido com o meu, mas as vezes não tem nada a ver

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