Desci do carro e vi a escola iluminada, ela fica estranha a noite
Um grupo de alunos reunidos sobre os carros me chamou a atenção, principalmente um menino específico, o mesmo que me salvou de cair no grande degrau o dia do jogo. Como se ele soubesse que eu o olhava, seu rosto virou na minha direção e nossos olhos se encontraram e foi como se tudo a nossa volta tivesse parado
- Ella - Nancy balançou a mão na frente dos meus olhos - estamos atrasados - me puxou para dentro do colégio
Me surpreendi quando vi Arthur conversando com alguns meninos do time no corredor dos armários
- qual o seu problema? - me aproximei deles
- Ella, o que faz aqui? - ele olhou para os amigos e então me puxou pelo pulso para longe deles
- eu mudei meu horário - avisei. Parei bruscamente - porque me deixou sozinha naquela caverna escura? - cruzei os braços e lhe encarei seriamente
- se eu contasse, não acreditaria em mim - voltou e ficou na minha frente
- experimenta - levantei a cabeça para poder olha-lo
- sua avó me mataria se eu falasse - negou rapidamente, desviando o olhar
- eu já sei que sou de uma linhagem de feiticeiros e que quase ninguém é normal nessa cidade - avisei. Arthur virou seu olhar rapidamente assustado para mim
- digamos que eu apenas sei que isso existe mas não sou nenhum disso - deu de ombros, voltando a expressão normal
- agora da pra me explicar o porquê de me abandonar naquela caverna? - gritei com ele
Arthur levou sua mão na minha boca pedindo silêncio. Continuei murmurando furiosa pelo que ele fez
- Ella! - ele me segurou e me arrastou para uma área isolada do colégio
- me solta! - tentei gritar mas ele impedia o tempo todo
Quando finalmente ele me soltou, dei um sequência de socos e tapas em seu ombro
- que merda tá fazendo?! - gritava enquanto o batia
- já pode parar - Arthur não sentiu nada. Ou ele é muito forte ou eu sou muito fraca
- eu não sei o que aconteceu, beleza? Eu apenas apareci no meu carro e já estava na frente da minha casa. Eu voltei lá para te procurar mas não te encontrei - tentou se defender
- então explica porque vi suas pegadas na terra? - Arthur franziu a testa, parecendo confuso
- eu estou falando a verdade, Antonella - pôs sua mão sobre o peito
Não havia mentiras em suas palavras, eram totalmente verdadeiras. Bufei frustrada por causa disso
De quem eram as pegadas então? Nada mais estava fazendo sentido
...
Finalmente a aula acabou, faltando apenas uma hora para a meia noite
- tá afim de ir pra algum lugar? - Arthur parou ao meu lado
Olhei para Nancy que seguia com seus amigos para o carro
- tô - fomos escondidos para o carro do Arthur
Ele me levou para a cascata no meio da floresta. Era um lugar mágico, a água brilhava como uma luz de led colorida
- esse lugar é lindo - revelei descendo do carro
- gosto de passar um tempo aqui - comentou, me seguindo para perto do lago
- você... já viu algum ser místico? - virei meu rosto para olha-lo
- eu já olhei pra você, então meio que já - bati de leve em seu ombro, o fazendo rir
- eu não estou me referindo a alguém da minha família - me virei para o lago novamente
- já vi um lobo e um vampiro - sua voz se tornou séria, mas não fria, apenas uma voz normal
- um lobo já falou comigo - revelei. Sinto que posso contar tudo para Arthur
- estranho isso - franziu a testa
- eu também sou noturna, vivo durante a noite e durmo durante o dia - mais um segredo meu revelado para ele
- já se apaixonou a primeira vista? - virei meu rosto na sua direção imediatamente, encontrando-o me analisando
- você já? - mantive meus olhos nos seus
Meu colar começou a brilhar junto com um colar no pescoço de Arthur
- já - olhou o colar brilhando - quando te conheci - sua revelação me deixou surpresa. Arthur se inclinou na minha direção, fechei os olhos
Fui jogada para longe enquanto seus lábios se aproximavam dos meus. Bati com as costas em uma árvore próxima e caí no chão, sentindo uma dor aguda nas costas
- Antonella - Arthur correu na minha direção, me levantando com cuidado
Eu não sentia nada abaixo da minha cintura, e nem meus olhos conseguiam ficar abertos por muito tempo. Arthur me colocou em seu carro e nos tirou dali o mais rápido possível. Vi as árvores passando rapidamente como vultos, meus olhos mal ficavam abertos
Quando chegamos na frente da minha casa, escutei barulho de coisas se quebrando lá dentro
- vamos embora - pedi a Arthur
- você não consegue caminhar - Arthur ligou o carro novamente
- Akuma está aqui atrás de mim - com apenas essas palavras, Arthur acelerou o carro para longe da minha casa
Fomos parar na sua casa. Gritei quando como se alguma coisa estivesse passando por minhas costelas, quebrando todos os ossos de uma só vez. Era uma dor realemnte insuportável
Não aguentei e acabei desmaiando
...
Acordei em uma cama rodeada por pessoas com capaz pretas que bloquearam a minha visão para seus rostos. Minha visão já estava embaçada e girando, foi quando desmaiei de novo
...
Acordei novamente no mesmo quarto, só que agora sem nenhuma pessoa com capuz, apenas Arthur e seu pai, discutindo alguma coisa que não consegui entender muito bem. Eles perceberam que estavam acordada e vieram imediatamente na minha direção
- Ella, você está bem? - senhor Tobias ajeitou os travesseiros e me colocou sentada
- eu... acho que tô - passei a mão pelas minhas pernas, conseguindo movimenta-las. A dor tinha parado por completo
- eu peguei seu celular e liguei para Nancy, ela está chegando - Arthur levantou o aparelho para mim ver
- me ajude a levantar, por favor - estiquei meus braços para ele
Eu caminhava, com dificuldades mais caminhava
Eu não sei o que aconteceu, eu estava prestes a beijar Arthur e nossos colares brilharam, eu fui jogada para longe e senti uma dor insuportável nas costas. Tive um sonho talvez, com várias pessoas encapuzados ao meu redor. Essa noite está longe de ser normal
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Lua Da Meia Noite
Paranormalem pleno século 21, uma garota chama Antonella recebe uma ligação que seus pais foram mortos, e com isso ela parte para uma cidade próxima na qual irá morar com sua avó materna Sarah, uma mulher idosa e misteriosa, acolhe a neta de bom grado em sua...