Capítulo 4 - Problemas

111 6 4
                                    

O motorista era simpático. Nos abriu a porta para que entrassémos no carro e antes de entrarmos, Hanna disse:

- Tchau Sr.Opan! Sei que ainda tem um coração mole ai dentro!

Sr.Opan ficou gelada, virou as costas e preferiu não responder. Quando estávamos no caminho perguntei a ela:

- Porque disse aquilo?

- Aquilo o que? Com a senhora Opan?O que teve de demais nessa frase? Só disse o que eu penso!

- Acha mesmo que ela tem um coração mole, naquela mulher?

- Todo mundo tem, só precisa ser libertado, Laura.

Eu desviei o olhar para a janela. Primeiro chegamos na minha casa, sai da carro sem dizer nada, quase na porta, foi quando eu olhei pra trás e disse:

- Adeus, Hanna! - com uma voz triste.

Ela olhou pra mim e disse:

- Adeus, Laura... - já chorando.

Eu entrei com o olhar baixo, e me deparei com meu pai a minha frente. Ele levantou meu rosto e disse:

- Filha...? Você está bem?

Eu tirei a mão dele do meu rosto brutalmente. E corri para meu quarto. Minha madrasta olhou para o meu pai e disse:

- Viu Robert? Porque você tirou essa garota da escola preparatória?! Ela agora vai virar uma menina rebelde e vandalista, você vai ver só!

- Será que pode deixar de pensar UMA vez em você? Pelo amor de Deus! Deixe - a em paz! Ela é só uma criança!

- Ahh... Agora eu estou entendendo, você vai defender a sua filhinha querida, não é? Se mimá-la desse jeito, ela vai vai virar um menina muito mimadinha! E vai sofrer e morrer igualzinho a sua ex-mulher!

- Cale-se, sua vadia infiel, mimada e convencida! Arrume suas malas, nunca mais volte a essa casa! Você só trás amargura pra mim!

- Não, Robert! Nós ainda vamos conversar!

Ela saiu, e foi pra a piscina. Eu ouvi tudo e fiquei com meu coração apertado. Desci e vi meu pai sentado no sofá chorando discretamente. Eu caminhei até ele e levantei seu rosto:

- Pai, desculpa, tá...? Eu não queria que vocês brigassem, eu sei que ela é importante pra o senhor.

- Você não teve culpa de nada, minha linda. - disse acariciando meu rosto.

Eu sorri pra ele. Ele devolveu o sorriso. Ele caminhou até o quarto. Eu subi e pensei... O que está acontecendo? Será que os meus sonhos acabaram com a vida do meu pai? Será que tudo isso é culpa dos meus sonhos? Sonhar... É tão errado assim? Fiquei pensando nisso até 20:00 da noite, até que a aruumadeira me chamou para eu tomar banho e escovar os dentes. Às 21:00 eu me deitei. Não conseguia dormir. Era muita coisa na minha cabeça pra eu poder dormir. De madrugada levantei. E fui até a janela da sala, onde encontrei meu pai, olhando pela janela, com uma expressão pensativa.

Sonhar... é errado?Onde histórias criam vida. Descubra agora