"Quando você sai eu estou implorando para você não ir chamo seu nome duas ou três vezes"
As palavras de Beyoncé rondam minha cabeça
"Você está me deixando louca"
"Seu amor está me deixando louca"
"Seu toque está me deixando louca"Céus! Essa música é antiga, mas ainda sim é ótima amo essa batida.
Adoro ir pro meu trabalho com música assim evito pensamentos indesejados e pessoas indesejáveis também.
Eu chego na porta do trabalho e abaixo o volume da música apesar que ela ainda fica tocando no meu ouvido
—Oi Jessie, bom dia!— a menina da recepção que não me dei ao trabalho de saber o nome dela fala no tom mais falso possível e dá um sorriso forçado só não entendo porque ela me cumprimentou já que ela não gosta muito de mim, percebo que ela está olhando atrás de mim, eu viro seguindo seu olhar.
Agora está explicado a minha chefe tirana está aqui e acompanhada de três pessoas que parecem importante pois ela não os olha com desgosto, eu me aproximo da recepção e pergunto para a menina da recepção.
—quem são aquelas pessoas?—pergunto baixinho.
—Você não sabe?!—a cara de espanto que se forma em seu rosto me faz ficar desconfortável, e ela me mostra um sorriso genuíno de satisfação, e se inclina em minha direção indicando apenas uma coisa que une todos os povos do mundo: fofoca. —A quele ruivo alto é filho mais novo do chefão, o dono da empresa quem fundou tudo, a mulher representa o irmão mais velho dele que atualmente comanda a empresa, e o homem baixo com cara de assustado e um tablet é representante de RH e assistente do ruivo — ela cochicha — dizem que os filhos do fundador assumiram a empresa então deve vir mudanças por ai.
—bom, uau... não sabia...obrigado por esclarecer—eu digo sincera e impressionada, pois só são oito da manhã e ela conseguiu captar esse monte de informações — você é muito boa nisso já pensou em fazer jornalismo? —ela só acena com a cabeça, abrindo um sorriso tímido e me entrega minha autorização de entrada.
Noto que ela está muito tensa, e então me dou conta, as pessoas mais importantes não iriam visitar uma filial qualquer para nada, isso só indica corte de pessoal.
Eu tiro os fones discretamente e guardo na bolsa e tento ir ao elevador sem ser notada porem minhas tentativas são frustradas.
—senhorita Benson?—a tirana da minha chefe me chama, em um tom muito simpático que por alguma razão me da arrepios na espinha.
—sim—eu respondo me virando e caminho devagar até eles como se fossem algum animal silvestre e eu não quero fazer movimento bruscos e dou um sorriso forçado igual ao que recebi mais cedo.
—Esse é o filho do Senhor Miller e sua equipe e ele está aqui para conhecer a empresa —ela diz educadamente coisa que não é normal, pois geralmente quando ela se dirige a mim, sempre vem carregado com algum insulto a minha capacidade intelectual.
—Prazer Sr. Miller —eu digo e ele franze um pouco o nariz, mas por alguma razão me encara muito e me olha nos olhos.
—me chame de Aaron, por favor, srta. Benson— Ele diz sorrindo um pouco —não gosto muito dessas formalidades.
—me chame de Jessyca então, Aaron também odeio essas merdas— Eu disparo e logo arregalo os olhos, não é o momento de ser eu mesma, mas que diabos você tem na cabeça? eu me questiono internamente querendo me jogar em frente a um carro em movimento mais próximo, talvez ele não ligue para o palavrão e não me demita e ache que eu não sou profissional, meu Deus eu preciso controlar meus pensamentos e manter a calma, enfio as unhas na minha palma tentando manter o foco.
Mas ele só sorri um sorriso muito encantador e recebo uma risadinha da mulher e um olhar indignado da minha chefe.
—Tenha um bom dia Jessyca— ele diz e volta sua atenção para a minha chefe e eu saio praticamente correndo para o elevador, aperto o botão do 3° andar que é o andar onde trabalho e onde fica o setor financeiro da empresa, e o elevador sobe com a lerdeza habitual e rangendo as engrenagens que dão uma certa ansiedade em qualquer um que entre nele, as portas se abrem e vou direto para a cozinha preciso de um café urgentemente, eu abro a porta e deixo minha bolsa em uma mesa qualquer e pego o maior copo que encontro e vou até a cafeteira.
Café é tão bom e estimulante, adoro o café daqui, já cogitei muito roubar a cafeteira, enquanto eu namoro o café e encaro o copo encher e eu pego o saquinho de açúcar que fica do lado da cafeteira, e despejo no copo, olhando o açúcar se dissolver no liquido quente, e inspiro o cheiro do liquido, esses namoros matinais deveriam parar, eu demoro alguns minutos preciosos do meu trabalho horrível e a minha chefe diz que comer durante o expediente rouba tempo da empresa e eu reviro os olhos lembrando dela me chamando a atenção mas meu dia não começa sem meu café, e só de pensar que vou beber esse copão minha boca enche d'água. eu pego o copo e a minha bolsa e alguns biscoitos que raramente tem, eu luto para abrir a porta já que minhas mãos estão ocupadas e quando finalmente saio, sinto meu corpo se chocando com alguém e derrama todo o conteúdo do copo, eu quase choro literalmente sobre o liquido derramado, sinto já a ardência nos meus olhos e quando levanto o olhar para ver em quem esbarrei e xingar um pouco, eu quase caio para trás de susto.
Puta que pariu. É o Aaron.
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Quando ele apareceu (Em revisão)
FanfictionUma jovem que perdeu os pais e ficou sozinha no mundo com o irmão. Que teve que ser obrigada a trabalhar muito pois ela se recusa a receber ajuda da família. Uma pessoa orgulhosa, teimosa e batalhadora será que ela vai dar chance ao amor? será que...