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Boa Leitura! :)

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O corpo de Jaebeom no momento era tomado por uma mistura de nervosismo e excitação, era seu primeiro grande caso naquele departamento, era a primeira vez que estava em primeiro plano e além de tudo, seria a primeira vez que teria interação direta com seu novo colega. Pelo o que Jaebeom recebeu, a vítima em questão era uma mulher, é toda a situação ficou ainda pior quando a viatura parou em frente a um motel. 

A área estava isolada, haviam mais duas viaturas no local juntamente com um furgão branco, haviam responsáveis do lado de fora que buscavam por pistas mas o alvoroço era ainda pior no interior do edifício.

Entrando no quarto após a identificação, Jaebeom não queria falar por YoungJae mas se sentia desnorteado com a quantidade de gente dentro de um quarto tão pequeno e desejava autoridade o suficiente para expulsar pelo menos metade deles de lá.

Ao avistarem os galões brancos com "ácido" escrito em letras miúdas nos rótulos, os dois se entreolharam. 

- Espero que tenham sido apenas para ameaça. - YoungJae suplicou, se o ácido tivesse sido usado em grande quantidade de forma direta daria mais do que trabalho duro para eles, se o corpo estivesse submerso então, estavam literalmente fodidos.

- Eu não teria tanta certeza. - Respondeu visando a quantidade de galões vazios, olhando por cima poderia contar cerca de 40, apenas por cima. 

Parados próximos da porta do banheiro que era onde tinha curiosamente menor concentração de pessoas, se entreolharam novamente, como se dividissem força entre si para entrar no pequeno cômodo, que era provavelmente, onde o corpo estava. 

A visão era péssima, diga-se de passagem, àquele ponto já haviam retirado o cadáver, que para o azar deles de fato estava imerso na banheira até a borda de ácido, o que dificultou bastante o processo de retirada, visto que haviam pedaços notáveis de carne deteriorada espalhadas no chão. E olhando mais ao canto poderiam ver o único rastro de sangue da cena inteira, que não era muito e tentavam preservar ao máximo sem contaminação de terceiros

A expressão na face de YoungJae era de pena, mas não se sabia se era da moça que agora se parecia com qualquer coisa menos um ser humano, ou dos pobres serventes que a retiraram. Já a face de Jaebeom era despercebida, tentava analisar o corpo e por estar parcialmente atrás de YoungJae, a palavra só lhe foi direcionada quando entraram. 

- Se o  sangue não for suficiente acho que vamos ter de usar a arcada dentária. - YoungJae disse amplamente depois de se aproximar da linha limite da vítima. - Não é seguro usar nem mesmo o cabelo, a estrutura vai estar danificada a ver pelo corpo.

- Foi tortura. - Jaebeom se pronunciou pela primeira vez atraindo os olhares. - Falta um dedo da mão, e os pés estão com menos carne ainda do que o resto da perna, podem ter sido submersos antes do corpo ter sido jogado e até mesmo antes da morte. - E assim Jaebeom deixou o banheiro. 

- Algum sinal do dedo? - Pôde ouvir YoungJae perguntar e receber negações como resposta e logo dando ordens discretas para que procurassem o membro. 

Jaebeom não estava tentando provar nada para ninguém mas era que o fato de YoungJae se posicionar como se estivesse sempre a sua frente, o irritava.

Ainda assim tentou se focar na situação. Era um quarto de motel, sabia o porquê de pessoas irem a motéis e as peças de roupa que agora eram fotografadas apenas confirmavam seus pensamentos.

- Parecem colocadas de propósito. Não acha? - YoungJae apareceu ao lado de Jaebeom.

- Deveria estar quebrado. - Como resposta apontou para a garrafa de vidro inteira no chão revestido á madeira, ao lado do mini frigobar de cerca de 1 metro e meio de altura. 

YoungJae não sabia se deveria continuar o diálogo com Jaebeom vendo a seriedade com que lhe respondeu e foi em busca de informações com o resto das pessoas no local enquanto Jaebeom tentava entender a cena em que aquela mulher há pouco se encontrara.

Nisso então Jaebeom fechou seus olhos e respirou fundo. Desde que entrou no quarto aquele cheiro não lhe era estranho, acreditou estar confuso pelo cheiro da outra substância corrosiva mas agora com calma e até mesmo assustado com o trabalho que teria se estivesse certo, se aproximou do frigobar passando um dos dedos enluvados na superfície. Nada. 

Caminhou até a cômoda disposta perto da porta e repetiu o processo. Nem um único grão de poeira. E chegando perto da cama, ainda na cabeceira, o cheiro era um pouco mais forte. Inconfundível. Antisséptico para UTIs, combate infecçoes e como consequência destrói todo material de DNA. 

Ótimo, agora tudo tocado pelo assassino estava, ou esterilizado ou enfiado em uma banheira de ácido.  

- Encontramos uma bateria. -  Disse alguém em voz alta próximo a porta chamando atenção das grandes cabeças do local. 

Logo alguém reconheceu a peça como uma bateria reserva para uma filmadora digital, e então começaram as especulações e o caso nem mesmo tinha chegado à mídia, disseram coisas como "homicídio assistido", "acerto de contas", "serial killer" e vários outros até que mais um perito chamou a atenção de todos em outro canto da sala. 

- Achei algo também. Se parece com um cartão de presente. - Explicou se levantando do pé da cama onde estava com o cartão em mãos. - "Agradecemos a sua presença! Não esqueça de comparecer à nossas lojas, preço especial para parceiros da marca. Atenciosamente, Kunpimook Bhuwakul." - Leu em voz alta. - Mais abaixo tem data e um endereço. Estava caído, pode ser a única peça que tenha digitais. 

- Anotem o endereço e depois levem o cartão para perícia. - Jaebeom elevou o tom de voz pela primeira vez. - Oficial Choi, você vem também?


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bom dia rs

capítulo curtinho porque eu sinto que o próximo vai ser enorme skjdhkjs a

então, preciso de ajuda. Novas pessoas vão aparecer, porem não sei quais pessoas reais usar, logo, preciso de sugestoes. 


Room 13. - 2JaeOnde histórias criam vida. Descubra agora