Pov Magnus
Tentei parecer calmo diante daquele shadowhunter, uma parte de mim estava me dizendo para ficar e perguntar-lhe por que havia me seguido. Mas a outra parte dizia para eu fugir o mais rápido que conseguiria e não olhar para trás, e foi o que fiz. Desprendi-me daqueles olhos castanhos e abri um portal. Passei por ele sem deixar explicações e nem olhar para trás. Chegando em casa, preparei-me uma taça com uma martini e fui à sacada de minha cobertura. Refleti um pouco sobre minha vida, meus séculos de vida. Sobre meus erros, e tudo o que tenho a acertar. E também, sobre esse encontro...
— Como você deixa a Pandemonium sozinha? -Carolina chega através de um portal causando-me um susto.
— Não estava muito no clima. -saio da sacada em direção ao barzinho.
— Magnus Bane estava sem clima para festas?! -perguntei sorrindo, mas quando reparou que não estava devolvendo-lhe tal ato, seu sorriso morreu
— Okay, o que está acontecendo?
Chegando ao barzinho, peguei mais um copo e, logo em seguida, o Gim para preparar nossa bebida.
— Não me ignore, Magnus!! -Carolina sentou-se no balcão e cruzou os braços.
— Pronto, depois não diga que não faço nada por você. -disse, levantando sua bebida em sua direção para que a pegasse.
Carolina pegou-a, revirou os olhos, saltou do balcão e deu-me as costas, andando até a sala. Foi aí que percebi seu look maravilhoso.
— Você está maravilhosa. -peguei em sua mão desocupada da bebida e a fiz dar uma rodadinha para analisá-la melhor.
— Eu sei, querido, e isso tudo foi por água abaixo. -ela revirou seu olhos e sentou-se em meu sofá. Sentei-me ao seu lado e tomei um gole de meu Martini.
Depois de vários assuntos postos em dia e alguns drinks preparados por mim, é claro, Carolina me lançou-me a pergunta da qual tentei fujir a noite toda.
— O que te fez sair tão cedo da sua própria festa?
— Já disse que está maravilhosa nesse vestido? -perguntei, tentando mudar de assunto mais uma vez.
É claro que eu estava fugindo desse assunto. Nem eu sei ao certo o porquê de eu ter saído. Eu só queria fugir daqueles olhos, que naquele beco escuro e vazio, tive a certeza de que eram verdes, e eles eram lindos, assim como o...
— Magnus! -assustei-me com o grito de Carolina.
— Já te disse, não estava muito no clima. -disse, desviando meu olhar para qualquer canto da sala. Não consegui olhar em seus olhos, não enquanto mentia, e ela sabia que eu estava fazendo isso.
— Me conte a verdade. -Carolina pegou em meu queixo e me fez olhá-la, e seus olhos estavam determinados a saber a minha resposta. -Nós dois sabemos que nesse um século que nos conhecemos, você foge do meu olhar quando mente.
"Não avisei?! Tente conviver com uma pessoa por um século e veja que ela sabe mais de você do que você mesmo."
— Touché, Carolina ! -disse levantando as mãos em forma de rendição. — É que eu estava na Pandemonium, e eu e um shadowhunter trocamos olhares. Depois, o vi de novo, e ele me chamou, mas por alguma forma eu, Magnus Bane, o alto feiticeiro do Brooklyn, fiquei sem reação, e... -disse-lhe, com bastante ênfase no "eu", e exitei por um momento. Carolina olhou-me e perguntou-me:
— E o que, Magnus?
— Eu fugi. -disse, desviando-lhe o olhar.
— Por que, Magnus? Ele poderia estar precisando de algo... De ajuda...
— Não sei. Mas chega! Já passou... Agora mudemos de assunto, por favor. -levanto nervoso do sofá e encarando-a, agora de pé.
— Okay, mas seja lá o que for, se permita... -ela disse, tirando seus lindos saltos Gucci e preparando-se para deitar no sofá. Antes que encostasse todo seu corpo nele, seu vestido foi trocado para um short e uma blusa, ambos confortáveis.
Conversamos por mais algum tempo, e ela decidiu dormir em minha casa. O que era raro, já que nós, feiticeiros, sempre prezamos pelo nosso espaço, mas quando o assunto é Carolina, eu abro uma exceçãozinha. Levei-a para meu quarto, escovamos os dentes e deitamos. Carolina não demorou a dormir, como sempre, porém, eu não estava tendo o mesmo sucesso. Fechei os meus olhos e logo vieram aqueles olhos esverdeados em minha mente, e o jeito que eu fugi deles. Vireo-me para o relógio em minha mesa de cabeceira e vi que eram 3 horas da manhã. Virei-me de barriga para cima e acabei pegando no sono.
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Perfectly Wrong (em revisão)
Fanfiction"Já ouvi falar que os opostos se atraem, sim somos o oposto, eu a calma, você o furacão, eu o equilíbrio, você o desequilíbrio, eu o plano, você o improviso, eu a organização, você a bagunça. Mas era incrível que mesmo com a bagunça, mesmo com o imp...