capítulo 14

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Chegamos no galpão em poucos minutos, saímos do carro, os soldados bateram continência em sinal de respeito a mim.
- o que viemos fazer aqui Katherina?
Olhei incrédula para ele
-voce não sabe o que se faz aqui?
-claro que eu sei, sei desde que eu me entendo por gente, mas a questão é o que você veio fazer aqui?
Eu Revirei os olhos
-tem uma pessoa aqui que me deve respostas, pegaram ela fuçando os arquivos dos japoneses, e eu vim atrás de respostas, e já que você quer me conhecer bem, precisa ver esse lado meu, esse lado pode te fazer mudar de idéia
Entrei na sala e a garota estava sentada na cadeira acorrentada e desacordada, eu gritei um soldado
-acorde essa vagabunda!
Pegaram um balde de água fria e jogaram nela, que acordou o elegante e assustada, me olhou de cima a baixo, e arregalou os olhos
-oi amiguinha, parece que você deve falar o porque de estar mexendo nos meus arquivos
Ela gritou
-SOCORROOOOOO, ALGUEM ME TIRA DAQUI!
Eu Gargalhei, foi uma bela risada macabra, e disse
-amore, ninguém vai te ouvir, e se ouvir não vão fazer nada, sabe por que? Eu mando em tudo, eu mando em todos nesse país
Puxei uma cadeira e me sentei
-voce é mulher como eu, então vou te dar uma chance por odiar matar as minhas, e você é linda, vai ser um desperdício, me diga, por que você estava mexendo nos meus arquivos e quem te mandou mexer ali?
Ela ficou me olhando com a carinha de peixe morto o que me irritou
Me levantei
-perdeu sua chance e sua cara me irritou, não quis falar por bem, vai falar por mal
Puxei minha bandeija de rodinhas, subi as mangas da blusa, fiz um coque pra cima e me sentei de novo
-voce vai descobrir porque me chamam de orquídea negra
Dei um tapa em seu rosto
-hein vagabunda, por que mexeu nos meus arquivos?
Ele continuou calada, peguei uma adaga e aproximei de seu rosto
-acho que vou deixar uma marquinha nesse rostinho
Passei a lâmina lentamente, no rosto e senti a pele sendo cortada, ela fez uma cara de agonia mas continuou calada, a danada é forte, o sangue desceu pelo seu rosto até o pescoço e começou a ensopar a camiseta, gravei a adaga em sua perna esquerda e ela gritou
-fala vagabunda!
Ela começou a chorar e pedir perdão, só pedia perdão
-perdão pelo que coleguinha?
Eu disse com uma voz debochada
-foi um Turco que me obrigou a fazer isso, ele matou minha mãe e disse que faria o mesmo comigo, ele andava com um homem russo, não sei seus nomes, mas o russo falava muito mal da Sra. , me perdoe, por favor senhora
Ela ajoelhou aos meus pés e beijou meus tornozelos, parecia ser sincera
A coloquei sentada
-voce sabe mais alguma coisa?
-eles queriam informações sobre a parceria de vocês, creio eu que querem te atingir por eles Sra.
Eu coloquei minha mão em seu ombro e disse
-voce está perdoada
Ela me olhou agradecida
-mas não posso te deixar viva, é a lei, você traiu a organização, e não deve continuar viva, mas saiba que não tem dívida alguma comigo
Peguei minha pistola e atirei em sua testa, odeio mortes rápidas, mas ela me ajudou e não merece sofrer mais, sua cabeça pesou pra frente e ela ficou ali sem vida, lavei as mãos antes de sair, e abaixei as mangas.
Abri a porta e Igor estava sentado numa cadeira com o rosto entre as mãos, ele não vai me querer mais, mas isso não é motivo para tristeza para mim.
-Renato, investigue o que ela disse, preciso saber quem é esse turco, já tenho até uma ideia de quem seja e você conhece bem, e se esse russo for quem eu penso, minhas suspeitas se tornam certeza a cada dia
Igor me olhou pela primeira vez desde que sai da sala, e me puxou pelo braço até os fundos do galpão
-voce matou aquela mulher mesmo ela falando a verdade...
Me sentei
-Igor, eu sou a chefe, muitas vezes tenho que fazer coisas que não concordo, mas devo fazer, não tenho escolha, e eu vou fazer para garantir minha posição, se você não concorda, não posso fazer nada, mas você será nomeado vice chefe daqui dois dias, e acredite você ficará na mesma posição que eu, vá com Dimas, Renato vai me levar
Sai de perto dele é voltei para o carro
- Vamos Renato, preciso de uma bebida
Ele entrou no carro e acelerou
-voce sabe que não precisava mostrar isso pra ele agora, não é?
Olhei pra janela
-Eu sei, mas ele precisava ver esse meu lado, ele não conhece esse meu lado, até hoje não conhecia no caso, se ele quer ficar comigo, tem que me conhecer de verdade
-ele ainda não viu sua pior face Kat, você sabe que ainda vem coisa pela frente
-eu sei, mas estou preparando ele com o começo...
Ele não disse mais nada, só fomos pra casa. Assim que eu cheguei, só subi pro meu quarto, e me tranquei ali.
Eu não tinha esse lado quando era mais nova, ou seja Igor nunca tinha se separado com a minha imagem com mãos ensanguentadas, olhos psicopatas, entre algumas outras características que moldam esse meu lado.
Tirei toda a roupa, e fiquei só de roupão, enchi minha banheira de água quente e bolhas coloridas, coloquei uma música

A Orquidêa Negra - Série Flores Da Máfia 1 (Reescrevendo) Onde histórias criam vida. Descubra agora