Estação 5 - Prímula

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15/09/2017 - 06:00 AM.

Sexta-feira.

O som do apito foi escutado claramente naquela manhã, fazendo a cabeça de Hyungwon doer um pouco mais.

O balançar do trem havia se tornado mais intenso, ou talvez era apenas sua mente pregando peças. O rapaz não conseguiu focar a própria visão já que sentia tudo ao seu redor girar incansavelmente.

Ao tentar levantar, seu estômago inteiro se revirou, fazendo-o automaticamente se abaixar e vomitar.

" - Estamos chegando a estação Prímula. Por favor, não se esqueçam de seus objetos no guarda-volume."

- Garoto, sou eu que limpo isso aqui! - o assistente chamou a atenção de Hyungwon, após dar seu anúncio sobre a estação daquele dia.

- Me desculpe, eu não me sinto muito bem. - falou enquanto dava pequenos passos em direção a saída.

Quando saiu e chegou às ruas, procurou algum lugar para se sentar. Sua visão ainda não estava boa, mas foi o suficiente para encontrar um assento próximo.

Suspirou fundo e fechou os próprios olhos, pensar sobre a própria situação era a única coisa que poderia fazer naquele dia.

Sabia que estava piorando, mas não fazia ideia de como parar tudo aquilo. Já previa que um dia não renasceria novamente e pensar naquilo o deixava apavorado.

Em um mês não obteve nenhuma informação útil. Mesmo conseguindo decorar as ruas por onde caminhava, não adiantava escapar de um acidente na esquina e morrer duas quadras depois ao tropeçar em uma pedra. Hyungwon precisava agir. Como focar apenas em endereços não o levava para lugar algum, buscaria outra maneira. Seu tempo poderia ser comparado a um líquido escorrendo pelos dedos, estava esgotando cada vez mais.

Ao olhar ao seu redor, começou a pensar no que fazer. Já havia percorrido várias partes da cidade, o mais perto que chegou de uma informação concreta foi com Kihyun, na estação Jacinto, onde o rapaz claramente o conhecia.

Aquela cidade era grande, sendo impossível encontrar pessoas que lembrasse dele. E como não tinha nenhuma pista, tudo piorava.

Hyungwon levantou devagar, decidido a buscar informações do local onde estava. Quem sabe assim pudesse encontrar uma saída que o permitisse viver verdadeiramente.

15/09/2017 - 01:17 PM.

Sexta-feira.

O horário do almoço já havia passado, Hyungwon se esforçou para entrar em um restaurante e comer. O trauma de morrer novamente o sufocava em cada ação feita, mas se continuasse com aquele medo, poderia perder várias oportunidades.

Após comer, de uma maneira consideravelmente lente, voltou a andar. Sua cabeça não doía mais como antes, estava feliz porém preferiu não comemorar.

Entrou em uma rua desconhecida, olhando com atenção para tudo. Havia várias lojas e até mesmo barracas na calçada. Muitas pessoas compravam comidas e objetos aleatórios.

Quando passou em frente a uma barraca, algo brilhante chamou sua atenção. Olhou curioso para uma senhora, aparentemente vendedora de colares.

- Boa tarde, querido - disse ao perceber a aproximação do rapaz - Fique a vontade.

Hyungwon agradeceu e começou a olhar. Cada colar era diferente, porém as cores eram igualmente vibrantes e chamativas.

Após continuar olhando, notou que também havia diversos tipos de pedras. Mas uma em especial chamou sua atenção.

A conexão quebrada (2Won)Onde histórias criam vida. Descubra agora