Após o fim de semana terminar eu infelizmente tive que voltar para a escola. Meu irmão me encheu o saco por todo o sábado e apenas fiquei livre no domingo, onde pude aproveitar a tarde com minhas amigas mais próximas.
Voltei para a escola com a maior vontade de estudar (sarcasticamente falando). A sala de aula estava cheia como sempre, com todos os alunos sentados em seus respectivos lugares, somente se destacando entre eles estava a minha melhor amiga, Marina.
— Lolo!
— Marina, meu bem!
— Terminou o trabalho? — Ela me olha com apreensão. Amo que a Marina consegue me conhecer melhor do que eu mesma.
Sou bem esquecida com certas coisas e odeio isso com todas as minhas forças! Eu não gosto disso, me faz parecer uma idiota quando procuro lembrar algo que estava entranhado em minha mente. Sofro com as repreensões de Leo sobre qualquer situação que tenha a ver com eu esquecer de fazer algo importante. Não aguento mais o ouvir reclamar de que eu não apago a luz do meu quarto quando saio dele.
— Já chega assim? Na base do interrogatório? Vou pedir "pro" meu irmão te indicar para a área de detetives da polícia.
— Me respeita, minha filha. Só quero saber se está com o seu trabalho! — Ela me olha com um rosto retorcido.
— Está aqui na bolsa. Eu não esqueci desta vez. — Sorrio com a preocupação. — Trabalho não é atividade.
— Mesmo assim! Trabalhos são importantes, Heloíse Ropperman.
— Tá, tá. — fiz uma careta. — Não precisa chamar o nome inteiro. Parece que estou fazendo algo errado.
E assim ela me entrega um sorriso engraçado que retribuo com outro sorriso.
Nos separamos para nos sentarmos em nossos lugares, e assim que eu me estabeleci e arrumei a minha mesa, vejo que há um garoto, vestido de preto, estando de pé bem na minha frente. Seus traços faciais eram muito belos, assim como seus olhos profundos e hipnotizantes que não piscavam em momento nenhum enquanto me olhavam. Ele aparentava ser bem alto e muito magro, com um cabelo liso cheio e de certa forma longo. Se não me engano ele é coreano, e um coreano que parecia ser nativo da Coréia.
Normalmente, a cidade de Kinépolis também é conhecida por abrigar um número considerável de imigrantes coreanos, tanto no passado como no presente, o que diversificava a sala com alguns rostos diferentes que hoje em dia é considerado comum.
— Er... Oi? Precisa de ajuda? — Respondo hesitando no contato visual.
"Será que ele fala a minha língua? Ele parece ter chegado há pouco tempo no país..."
— Preciso. Sabe onde posso me sentar o mais próximo de você? — Sua voz era profunda mas ainda tinha um tom suave que a destacava de forma peculiar.
— O que?
— Deixa pra lá... Eu me sento em qualquer lugar...
— Do meu lado esquerdo não tem ninguém. — Respondi rápido.
Ele abre um sorriso encantador e sinto minhas bochechas queimarem. Eu não resisto a um rapaz bonito. Pena que minha aparência e peso não me ajudam a conseguir situações que me favorecem romanticamente. Não quero me apressar no quesito relacionamentos, mas tenho inveja de casais felizes e bonitos esbanjando o quanto estão bem juntos e deixando os solteiros indesejados no chinelo. Ah, eu preciso parar de criar expectativas impossíveis para a minha vida.
— Legal. Muito obrigado.
Assim que apontei o lugar, ele se senta em um relaxo sem igual. Ao largar-se na cadeira, vejo que logo volta a me encarar.
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♦️Killer Bunny♦️ [REESCREVENDO]
RomanceSurge uma lenda há muito tempo atrás de um assassino que vestia a máscara de um coelho.