— O cambada vamos pra praia. —Christopher apareceu de bermuda, chinelo, óculos escuros com duas cadeiras de praia embaixo do braço.
— Bora.
— Bora.
Cada um levou alguma coisa. Richard estava com a caixa térmica lotada de gelo e bebidas. Erick com uns 5 espaguetes na mão. Joel com uma cesta cheia de coisa pra comer. Zabdiel com os guardas chuvas e as garotas com suas bolsas.
Seguiram em direção à praia na maior falação.
— Tem certeza que o caminho é esse Christopher? — Lívia repreendeu Chris.
— Lógico que sei, tá escrito praia aqui. —ele apontou para a placa logo à frente que dizia "praia". — Fica tranquilo, tá comigo tá com Deus. Tá chegando já.
— Tá chegando, tá chegando nada. — Letícia resmungou logo atrás de Christopher.
— Será que ele sabe pra onde a gente tá indo? — Júlia perguntou em um tom baixo para Zabdiel.
— Relaxa, o Christopher não tem erro. — Zab respondeu mas Júlia não estava certa sobre isso.
— Só seguir esse caminho de areia que já a gente chega lá. — Christopher gritou lá da frente, chamando atenção de todos.
— Que barulho foi esse? —Thaisa parou no meio do caminho, fazendo com que os outros trombassem com ela.
— Que barulho?
— Acho que é uma cobra. —Richard disse pensativo.
— COBRA? — todos gritaram ao mesmo tempo. Erick se jogou no colo do Zabdiel, Joel no de Richard e o restante se escondeu atrás dele.
— Vamos logo gente, já estamos chegando, só mais um pouco. — A animação de Christopher fez com que o restante o batesse por pensamento.
Minutos se passaram e nada da praia chegar. O sol já estava queimando e fritando os neurônios de todos ali.
— Porque meu pai, porquê? —Erick se jogou na areia de joelhos e implorando para que chegasse a praia chegue logo. — Eu não aguento mais.
— Eu estou quase o Erick. — Zoe disse quase se jogando no chão também .
— Eu também. — Lívia indagou.
— Eu já disse que estamos chegando. — o equatoriano olhou com uma cara animada para os colegas, o que rendeu varios resmungos.
— Chegando o caramba Christopher, você disse isso já tem uma hora. — Letícia quase pulou em cima de Christopher.
— Mas amor, a gente tá chegando. — ele tentou puxa-lá para um abraço mas a loira se afastou na mesma hora.
— Não vem com amor pro meu lado não. — O deixou falando sozinho andando na frente.
— Você ta ferrado. — Lívia deu dois tapinhas do ombro de Velez indo atrás de Letícia.
— Tá mesmo. — Thaisa comentou ao passar para ir atrás das meninas.
[...]
— Eu disse que a gente tava chegando. Olha a praia ali. —o sorriso vitorioso de Velez apareceu.
— Graças a deus, o Erick já tá desidratado aqui, e se bobear já tá com insolação. — Joel retrucou.
— Eu falei que tava perto, a gente precisa só atravessar essas plantinhas aqui. — o grupo direcionou o olhar a tal plantinhas que o equatoriano falou.
— Plantinha? Isso é um monte de cacto Christopher. — Lívia acabou explodindo de raiva, já não estava aguento mais essa viagem, e ainda era o primeiro dia.
— Só vai fazer uma cosquinha na gente.
— Cosquinha Christopher? — Thaisa quase gritou. — Cosquinha o caramba, vai fazer cosquinha no seu... —Thaisa parou de falar assim que a mão de Zoe tapou sua boca.
— Vamos acalmar né galera. — Zoe tentou resolver essa bagunça, mas foi em vão.
— Vamos atravessar logo antes que eu mate um. — Pimentel sai andando na frente e começou a atravessar os cactos.
— Eu tô cheio de espinho. — Richard tentou ao máximo não relar nos cactos mas isso acabou o atrapalhando, fazendo com que caísse em cima deles.
— Aí meu Deus. — Zoe saiu desesperada em direção ao dominicano. — Você tá bem Richard?
— Acho que tô. Acho. — Ele se levantou com a ajuda da garota e seguiu em direção a praia.
— A praia vai ser toda nossa, vocês vão ver. Ela é deserta. — Assim que Christopher terminou de falar a praia surge na visão de todos.
— Deserta Christopher? É sério? — Zabdiel olhou para a multidão em sua frente inacreditável. Se essa era a praia deserta que Christopher estava falando, imagine a cheia.
[...]
— Vocês já passaram protetor? —Júlia olhou para todos esperando uma resposta.
— Meu Deus não, esqueci. — Letícia começou a procurar algum protetor em sua bolsa.
— Aqui gente, eu comprei varios. — Velez entregou um tubo para cada um, estava se sentindo o responsável.
— A gente podia tocar né. — Erick soltou a ideia no ar.
— Podia mesmo.
— Toda vez que eu chego em casa, a barata da vizinha tá na minha cama... — Christopher começou a cantar e a tocar arrancando gargalhadas de todos, aquele dia seria longo.