Prólogo

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Julho de 1995....

Começamos em uma tarde longa no Largo Grimmauld.

Com o fim da audiência de Harry e o alívio e asseguramento de que voltará para Hogwarts, o rapaz retornou para à sede da Ordem da Fênix mais calmo, amigável e menos zangado. Exceto, talvez, com Dumbledore, que largara o rapaz na cadeira dos réus do Ministério da Magia sem mesmo olhá-lo. Ele não sabia qual era o problema do diretor, mas certamente o estava deixando com raiva. Depois de tudo que ele passara nesse verão, ele merecia uma explicação!

Pelo visto, ele teria que esperar o regresso na escola de Hogwarts para encarar o diretor, o que ainda levaria mais uma semana.

Ele se encontrava no quarto da sede, dobrando as inúmeras roupas que a Sra. Weasley retirou do sótão da casa, muito antigas e elegantes para estar mofando ali. Ela o entregou a enorme pilha com o rosto mais bondoso possível e pediu a ajuda dele para dobrá-las.

Ele e toda a casa faziam a limpeza da sede há dias contra fadas mordentes, mofo e muitos utensílios não usados.

- Talvez até possamos doá-las em vez de simplesmente jogá-las fora. - diz a Sra. Weasley pensativa ao espanar o tecido já no colo de Harry. - Sinto tanta dó de desperdiçar panos assim!

- Uma fogueira seria mais apropriado. - resmungou Rony ao fundo, que espanava as cortinas e tapeçarias junto com Hermione. - Não aguento mais tirar o mofo desse lugar, estamos de férias ou não?

- A disposição de vocês para ajudar a Ordem era tanta, achei que estaria contente em conseguir! - ironizou a Sra. Weasley sem paciência, uma discussão se prolongando com o filho antes dela perder à vontade e sair para tarefar mais pessoas. - Quero isso finalizado antes do almoço!

A porta se fechou calmamente, Rony aproveitando sua saída para bufar alto. Descontou sua irritação ao pegar nas tapeçarias e sacudi-las com força.

- Isso não é justo, estamos dias limpando coisas que nem são nossas! - reclamou o ruivo para seus dois amigos quietos. - Me sinto um elfo doméstico!

- Bom, talvez assim você consiga saber como eles se sentem e o quanto eles fazem por nós! - Hermione aproveita para incentivá-lo há seu favor. - Quem sabe isso não te faça dar valor e me ajudar com a F.A.L.E?

- Estou irritado e não desesperado, Hermione! - retruca ele, mais jogando pó contra a amiga do que retirando do local. - Dobby é o único elfo que merece esse respeito. Já o Monstro, por mim, pode mofar junto com essa tapeçaria!

- Não fale assim do Monstro! - defendeu Hermione o elfo da casa que só sabia insultar todo mundo. - São pessoas como você que o faz ficar assim!

Harry dá um suspiro cansado, a briga deles iniciando pela quarta vez naquele dia. Às vezes, Harry não sabia como tinha aqueles dois sendo seus melhores amigos. Eles brigam tanto, a impressão que dá é que irão ficar assim para sempre, que nunca irão se entender! Ele se sentiu sozinho mais uma vez, como se ele e o mofo que caía das cortinas significassem a mesma coisa para os dois. Nada.

Levou quase quinze minutos para sacudir e dobrar aquelas roupas e Rony e Hermione continuavam emburrados, a maior parte do tempo jogando indiretas ofensivas. Harry não perdeu tempo de terminar e sair com as peças, a procura de tarefas com a Sra. Weasley sendo muito mais bem-vinda. Ele ama seus dois amigos, mas têm dias que com eles era só rezando à barba de Merlin!

Passando pelos cômodos ele notou o quanto a casa estava cheia. Ele conseguiu ver os gêmeos conversando com Gui no quarto ao lado_ ele nem sabia que Gui estava ali! Mais para frente ele viu Arthur e Remo, que acenaram ao vê-lo. Ambos pareciam sérios com alguma coisa.

Harry Potter : Uma Volta no TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora