Guerra

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Nove meses se passaram

-Jonh, a bolsa estourou – falo e me contorço de dor até que o mesmo corre até a janela que eu me encontrava, pegando-me no colo e carregando-me até nosso quarto

-Rápido, chamem a parteira imediatamente – ele diz para os serviçais, e logo volta a olhar para mim – Calma meu amor – ele segura minha mão e senta ao meu lado na cama – nossos bebês estão vindo – ele diz olhando no fundo de meus olhos enquanto sorri

-Estão – ele logo beija-me depois de minhas palavras ditas

Minutos depois a parteira chega e sem delongas começa o procedimento

-Ah Jonh, eu não vou aguentar, dói meu amor, doí muito – digo já com lágrimas nos olhos

-Meu amor, pensa na Catherine, pense nos irmãozinhos que você irá dar para ela

-Nem sabemos se são dois meu amor – falo em uma tonalidade mais alta devido a dor

-Irá ser

Horas se passaram e finalmente o parto chegou ao fim

-Parece que você tinha razão meu amor, são gêmeos, uma menininha e um menininho

-Que tal Henry para ele?

-Acho muito lindo, e para ela... hum, que tal Freya, o nome da deusa do amor na mitologia nórdica? Freya of Whinzallic e Henry of Whinzallic?

-Perfeito, nossa Freya e nosso Henry – ele diz sorrindo

Dezesseis anos depois

-Catherine, venha aqui filha

-Mãe, eu quero sair, logo farei dezoito anos quero um pouco de liberdade, não podes me controlar assim

-Não me importo se terás cinquenta, não seja rebelde Catherine

-O que foi, porque não posso sair? E porque você e papai falam tanto de uma mulher chamada Charlotte? Quer dizer, ela não é a Rainha? Isso tem alguma coisa haver?

-Filha... – respiro fundo – Sente-se – falo, e logo sentamo-nos no sofá

-O que ela fez para você?

-Ela é a minha irmã, ela me odeia, tentou te matar, tentou me matar, eu sofri um aborto filha, ela tentou me tirar tudo, e ao passar dos anos, ela ainda tenta, mas depois do aborto, nenhuma tentativa dela nos atingiu mais, seu pai me prometeu que ela não ia me machucar mais, então depois disso, só foram tentativas bobas – abaixo minha cabeça – quando você tinha 10 anos, seu tio Willian morreu, e ela tinha direito ao trono, aquela louca saiu do mundo dos mortos para deixar meu dever de matá-la mais difícil. Seu pai e eu vamos entrar em guerra com o país que hoje ela governa, era um país falido, e hoje é quase uma potência, ela nos ameaçou durante anos, e hoje é rainha

-Mãe, eu não sabia nada disso – ela me abraça

-Eu sei filha, eu sei, eu não entendo o motivo dela ter parado durante um pequeno período de tempo, mas agradeço pela paz

-Será que ela matou o tio Willian?, e esperou esse tempo de uns sete anos para recuperar o país, se industrializar, para depois atacar, quer dizer, como você disse, as ameaças e tentativas dela não davam mais certo, talvez ela quisesse tentar com algo maior

Fico olhando para ela

-Nunca me passou isso pela cabeça

-Quer dizer, se ela parou com a perseguição contra a nossa família, e sabia que era a próxima a herdar o trono, faria muito sentido

-Filha, você é genial – lhe abraço

-Eu sei – ela sorri

-Eu queria encontrá-la, descobrir o motivo de tanto ódio, eu não queria ter que matar minha irmã, mas, se for a única maneira de proteger minha família, farei

-Vai dar tudo certo mamãe – ela me abraça forte

-Eu te amo minha pequena Catherine

A porta se abre, e vejo Jonh na porta observando

-Entramos amor, sua irmã jogou uma bomba em uma aldeia distante em nosso país, já mandei cartas aos nossos embaixadores em outros países, teremos que ver quem ficará ao nosso lado, mas ela não irá descontar a raiva em nosso povo.

-Certo, infelizmente eu já esperava que ela logo atacaria, e depois de ser rainha, entraria em guerra – falo me levantando – ao que parece, teremos que anunciar que entramos em guerra para o nosso povo. Freya, Henry – grito e os dois logo aparecem – quero que todos vocês, Catherine, Freya, Henry, se arrumem, pronunciaremos ao povo que entramos em guerra.

O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora