Amor perdido e ação

91 6 0
                                    

Meses Depois 

Pov Catherine

A guerra não tinha mais fim, elas nos trouxeram tantas perdas, Albert, nosso povo, o sequestro de Freya, enfim , tudo foi tao dolorido.

Fazia meses que meu amado James não nos víamos mais, correspondências eram trocadas, mas nosso contato físico, desde mamãe soube não nos permitiu mais, eu acredito que ela iria acabar cedendo, mas hoje eu recebi uma carta dele, eu lhe expliquei o motivo da guerra, e ele decidiu ir lutar voluntariamente, como ele disse, para proteger o reinado da sua amada, eu implorei para ele desistir da ideia, que meus pais iriam ceder e ainda iriamos nos casar, mas ele não me deu ouvidos, e decidiu ir para a guerra, hoje, recebi a notícia que ele esta desaparecido, e a essa altura do campeonato, dado como morto, meu coração está despedaçado, a dor em meu peito faz ele quase explodir, nunca senti tamanha dor como essa, e agora, eu entendo o que minha irmã tinha passado com Albert meses atras, a guerra nos trás a angustia, a dor, a solidão de uma alma marcada por vazio e incerteza do amanhã.

-Catherine, posso entrar? – minha irmã me pergunta na porta do meu quarto

-Pode – falo com uma voz tremula

-Mamãe me contou – ela diz sentando-se ao meu lado na cama – saiu a lista dos mortos, e eu vi o nome dele, eu sei como você o amava, e do amor proibido de vocês dois, eu sinto muito minha irmã – ela me abraça – eu vou cuidar de você assim como você cuidou de mim

-Como você conseguiu viver com essa do durante todos esses meses

-E quem disse que essa dor some Cath? Ela nunca vai sumir, e sabe o porquê? Ele fazia parte de você, ele fazia parte do seu coração e pensamentos, então eu te falo, essa dor nunca vai sumir, mas você vai ter que aprender a conviver com ela

Eu não digo mais nada, e a abraço, como nunca antes, a dor me fazia ficar vulnerável, então eu teria que aprender como conviver com essa dor, e fazer minha titia pagar caro por tirar um pedaço de mim, da Freya e do meu povo

Pov Alix

-Jonh, a gente não vai conseguir, essa guerra está tirando muito do nosso país, está insustentável já

-Mas você tem alguma ideia?

-Eu tenho, eu vou para a corte da minha irmã, e vou mata-la

-Você está louca? – ele se altera um pouco – acha mesmo que eu vou deixar a minha esposa, mãe dos meus filhos, a mulher que eu amo, eu não vou te levar para um local, e basicamente te sentenciar a morte, nunca

-E você tem ideias melhores?

-Não, mas vamos achar uma que não te leve para a morte

-E seus ministros?

-Eles falam que a sua irmã não está medindo os estragos que está fazendo no país dela

-Ah Jonh, isso começou comigo, tem que terminar comigo, todos sabem que isso é insustentável, os próprios países não nos acusariam se matássemos, afinal, todos sabemos que ela está no poder ilegitimamente

-Não me interessa se a comunidade vai nos culpar ou não de mata-la, eu me interesso é na sua segurança Alix

Por um momento, eu esqueço de tudo e acho até fofo a maneira que ele estava me tratando

-Eu te amo Jonh – sorrio e o beijo – eu vou ir ver nossas meninas

-Ok meu amor, eu te amo tanto – ele sorri para mim

-Até mais Jonh

-Até mais Alix

Eu saio e vou para o nosso quarto, pego minhas malas e saio escondida, vou até o porto, converso com o nosso almirante, e ele me leva, depois de uns minutos, escuto um barulho vindo do guarda roupas e vejo quem é

-CATHERINE – grito – Porque está aqui, não deverias

-Eu escutei atrás da porta, e vi você fazendo as malas, eu quero ajudar a mata-la

-Você está louca, nunca

-Se eu voltar, conto para o papai, e alias, posso ser útil

Penso um pouco a respeito, eu nunca conseguiria fazer nada se Jonh soubesse

-Certo, mas Catherine, se você der um passo que eu não estiver sabendo, ou tentar fazer algo sem meu consentimento, a gente vai morrer

-Entendido mãe

O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora