Frutos da Guerra

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Dias mais tarde

Pov Alix

Procuro por Catherine em todos os lugares, até que a encontro em seu próprio quarto

-Filha, precisamos conversar — falo entrando em seu quarto e me sentando na cama

-Faz meses que eu não o vejo mãe, faz meses que estou encarcerada nesse Palácio aguentando as provocações de Freya, não aguento mais

-Você pensou no que fez?

-Sim, e sei que estou certa, entreguei-me ao verdadeiro amor

-Ah Catherine — fico nervosa — será que não entendes as consequências de seus atos?

-Ah, eu entendo sim, só não entendo o porque que depois da maioridade, meu irmão pode ficar andando com essas ladys para cima e para baixo, ambas sabemos que ele faz até pior que eu

-Ah filha, infelizmente vivemos em uma sociedade que as mulheres têm deveres bem diferentes do que os homens, eu não queria que fosse assim, mas infelizmente é, e isso é uma coisa que a sociedade ainda tem que evoluir, agora, preciso lhe perguntar, você está em dia?

-Sim mamãe, se queres saber, não estou grávida

Respiro aliviada

-Bom, eu e seu pai decidimos que precisamos lhe colocar mais no assunto de governo, afinal, serás rainha

-Não acha melhor a Freya ser, afinal, ela vai conseguir aquele príncipe mesmo

-Não Catherine, você é a minha primogênita, você é a futura rainha, enfim, a guerra, estamos vencendo afinal, destruímos um pedaço do país de sua tia, ela ficou bem furiosa, contudo, assim que ela viu que estava perdendo, de alguma maneira que desconheço, ela arrumou um herdeiro ao trono dela, acredito que ela estava com medo de morrer, e agora deixou alguém, o que torna mais difícil nossa tarefa

-Mamãe, temos que provar nossas suspeitas, que ela pegou esse trono de forma ilegítima, afinal, acredito que a senhora não matara ela, e não quero que ela lhe mate, esse é o caminho, ela seria morta por traição, mas o sangue não estaria em suas mãos, e sim nas dela, ela procurou o problema, e terá que arcar com as consequências

-Bom, isso eu e seu pai estamos fazendo, porém é difícil, temos que ter os exames do corpo, precisamos de provas filha, e com a guerra, as coisas ficam mais difíceis

-Eu sei mãe, mas conseguiremos

-Vamos sim, filha, hoje nós vamos fazer atos de caridade, nosso povo chora pela guerra, passa fome, perdem amigos, parentes, filhos, a guerra é horrível, e desejo que não tenhas que enfrentar alguma em seu próprio reinado, sendo assim, hoje eu, você, sua irmã, o príncipe e seu irmão iremos distribuir comida no hospital, conversar com os soldados, ajudar no que pudermos, e ao final, iremos fazer um discurso em praça pública

-Certo mãe

Pov Freya

Ando até o jardim no encontro de Albert

-O que fazes aqui?

-Gosto de observar esta vista

-Entendo, é a minha favorita também

-Eu tenho que lhe contar uma coisa tão importante Freya, talvez nunca me perdões

-Freya, venha, já vamos — minha mãe grita da varanda

-Vamos, depois você me conta — falo me levantando e indo em direção a porta

-Claro — ele diz e me segue

Depois de tudo feito com sucesso, decido ir dar uma volta com Albert, afinal, queria saber o que o mesmo teria para me contar

-E então príncipe, o que quer tanto me contar

-Eu... eu havia dito a sua mãe, ao seu pai, uma coisa que eu acho que não condiz com a verdade pura

-E eu poderia saber o que?

-Eu sou príncipe de um ducado, e não propriamente da Dinamarca, estou amplamente arrependido da confusão que causei

-Ei calma, não faz mal, ela vai aceitar , afinal, és um príncipe — rio

-Gostaria de passar a vida com esse seu humor — ele sorri

-Ei, há milhares de princesas que fazem isso também

-Não como você, aliás, peço sua permissão para corteja-la

-Terás com certeza minha permissão — sorrio

-Assim que voltarmos, pedirei aos seus pais

-Combinado príncipe — dou um sorriso para o mesmo

Enquanto andávamos pelo bosque, já longe de casa, somos surpreendidos por um grupo de homens com facas e mascarados

-É a princesa, é a princesa — um deles diz enquanto o outro pega com força meus pulsos — quem é esse outro? — falam em desespero

Apavorada eu apenas digo — É o meu segurança, por favor, deixe-no ir — Imploro

Enquanto Albert tentava tirar-me das mãos daqueles homens, um deles pega um tronco de árvore e lhe dá na cabeça deixando o pobre Albert inconsciente

-Albert não — falo chorando e tentando me soltar enquanto os homens me carregam para longe — Quem são vocês — falo aos prantos

-Somos antimonarquista princesa, e vamos fazer seus papais pagarem pela guerra, e por fazer o povo sofrer — o homem diz, e logo desmaio

O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora