Fuga e tragédia

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Pov Albert

A carroça estava andando a muito tempo, graças a Deus eu consegui, por uma fresta ver o caminho que ela estava fazendo

Depois de um tempo, a carroça parou era uma espécie de cabana, eu nem sei se aquilo poderia ser considerada uma, era estranho, no meio do nada, muito estranho, mas isso não me intimidaria, eu iria salva-la, afinal, eu não a protegi quando deveria.

Quando o homem que havia falado com vossa majestade entrou, eu aproveitei para sondar a cabana, havia 3 janelas e duas portas, uma principal, e outra que havia uma espécie de porta que levaria a uma cozinha, o plano era simples, eu esperaria os dois se distraírem, ou dormirem, e eu entraria lá, mas eu precisava me armar, sendo assim eu voltei na carroça, não tinha quase nada de interessante, a não ser uma adaga, isso já me ajudaria muito. Me escondo atrás de arbustos e espero eles se distraírem

Horas se passaram, mas para mim pareciam dias, até que eles saíram para fumar pela porta dos fundos, o que me restaria entrar pela porta da frente ou pela janela, tento pela janela antes, já que faria menos barulho

Tentei a janela primeiro, e para a minha sorte, estava apenas encostada, abro-a e entro. Vejo Freya em uma situação deplorável, ela estava pálida, com seus cabelos cheios de nó, suas roupas estavam um pouco rasgadas, e ela parecia tão frágil e fraca, fui ate ela e a primeira coisa que fiz foi forçar os cadeados que lhe amarravam com a adaga, era meu dia de sorte, tinha dado certo,

-Freya, acorda, por favor

Ela desperta aos poucos, um pouco tonta ainda,

-Albert? É você?

-Sou eu sim, e vamos dar o fora daqui agora – a ajudo a levantar

Eu faço ela sair primeiro pela janela, até que escutamos a porta abrir

-Corre Freya, corre, eu distraio ele, vá para a sua família, corre

-Eu não posso, não sem você – ela diz com os olhos cheios de lágrimas

-Vá

Ela fica tentando me puxar para sair de lá, porém eu vou na outra direção, eu sei que eu já era um homem morto, minhas probabilidades eram minúsculas, mas eu ia tentar, eu apenas fui até eles com a adaga e tentei lutar, mas foi em vão, senti um cote em meu pescoço, sabia que já não adiantava mais, me virei para a janela para ver ela pela última vez, vi-a chorando arrasada, e em minhas últimas palavras foi corre

Pov Freya

Foi horrível, eu estava devastada, eu corro, corri o máximo que eu conseguia, o esforço dele não seria em vão. As plantas cortavam meu rosto, mas eu consegui que aqueles caras me perdessem, eu não parava de correr, até chegar em um vilarejo, era tão, não me recordava de ter ido lá nenhuma vez, eu nem sabia ao certo onde eu estava, eu vejo uma família, era a minha chance, minha chance de voltar para casa

-Por favor, eu preciso de ajuda

-Claro querida – a senhora de aproximadamente uns 40 anos diz

-Eu preciso voltar para o palácio, eu fui sequestrada, eu preciso voltar, minha família lhe dará recompensa, eu juro, mas eu preciso ir para casa

-E quem é a sua família?

-O Imperador e a Imperatriz

-Mas como? A senhora, a senhora é a princesa Freya, eu ouvi boatos, minha nossa – eles fazem reverências

As pressas eles me colocam na carroça e me levam para o palácio, quando chegamos, peço para os mesmos entrares

-Mamãe, papai – falo chorando ao ver eles nervosos e reunidos na sala – recompensem esses senhores por favor, antes de tudo – olho para eles – muito obrigada por me trazerem aqui – rapidamente meu pai leva-os para o escritório e os recompensam, enquanto minha mãe me coloca no seu abraço tentando me trazer conforto

-O que, o que aconteceu meu amor? – ela me pergunta

-O Albert, o Albert... – começo a chorar – ele morreu para me salvar – escondo meu rosto no pescoço de minha mãe e desabo em lágrimas  

O ReinadoOnde histórias criam vida. Descubra agora