Cap. 5

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Os dois assistiam o pôr do sol em cima da árvore mais alta do jardim de Killua, que agora também era de Gon.                                                                               
  - Ei killua... Você era feliz? - perguntou Gon ao seu lado ainda iluminado pelo pôr do sol.                                              
                                                                
  Então uma mistura de flashbacks rodearam a cabeça de killua

Uma sala de aula com crianças.

  - Ei killua você poderia fazer o favor de morrer? - a menina riu seguida de todas as crianças.                                                       
  Não era diferente do paraíso, ainda era odiado.

  Uma foto de família, aquilo era falso, em seguida a mãe puxa um cigarro o pai pega uma garrafa e as crianças vão para o quarto.

   O ambiente e a falsa imagem que tinham criado, tudo era falso, um enorme castelo construído com tijolos de mentira, que mais cedo ou mais tarde iria desmoronar.

  O irmão mais velho era o primogênito da família, todas as atenções rodeavam ele.

  Uma formatura com o garoto mais velho.

  A mãe estava feliz, muito feliz.

  E como invejava o irmão mais velho, queria que a mãe sorrise desse jeito por ele também, queria ter a garantia de que aquele era seu lar, e que se não tivesse partido teria alguém que sorrise para ele daquele modo.

  O garoto mais velho está saindo para uma festa com amigos, todos no mesmo carro, a mãe dormia, Killua via a cena da janela de seu quarto e se perguntava se realmente deveria avisar a mãe sobre isso.

  Depois toda família está em frente a um caixão, a mãe era a que mais chorava.

  E quanto mais terra era jogada sobre o caixão, cada tijolo era destruído.

  O castelo agora era apenas ruínas.

  A dor e a culpa pesavam em si, e as sombras escuras o rodeavam fazendo sua visão ficar cada vez mais escura.

  Para viver em um mundo onde não viviam cores.

  E para morrer em um mundo onde cores viviam.

Uma menina com um hematoma no rosto chorando e uma mão vindo em direção ao seu rosto.           

  - Deveria ter sido você ao envés do seu irmão! Você me privou da coisa mais perfeita que eu tinha, não tem o direito de viver, e muito menos de morrer.

  As palavras da mãe o atingiram em cheio.

  E depois caía a ficha, Killua não era bem vindo, nem no paraíso, nem na terra e muito menos em sua própria "casa" que agora só existia em seu passado doloroso.

 

  Agora só via uma espécie de lago onde pulou, e deixou de respirar, abandonou aquele mundo cruel por outro mais cruel ainda. 

  Gon finalmente conseguiu derrubar a fruta que focava com seu estilingue,  tirando Killua de seu transe de flashbacks.                                                                         
- Gostaria de dizer que sim... - disse Killua.

  Os dois dividiram a fruta que tinha caído.

  Killua preferiu pensar que aquela fruta era a vida de Gon, e que ele a diviria consigo até o final do para sempre.

In Paradise [KilluGon]Onde histórias criam vida. Descubra agora