Argentina estava com as mãos trêmulas, segurava em suas mãos uma carta de envelope azulado, com estrelas atrás, aquilo tinha sido algo escrito por si, pretendia entregar a Brasil em anonimato, mas, não poderia simplesmente pôr no correio, o brasileiro seria alvo de mais chineladas, e não era isso que queria
Respirou cansado, e guardou a carta na gaveta, quem sabe algum dia, ela seja-lhe útil, além de acumular sujeira e pouquíssimo espaço
Como era feriado, não tinha nada para fazer, seus amigos tinham saído de casa, Brasil não apareceu o dia todo, de certo modo estava preocupado, se jogou na cama e pôs o travesseiro no rosto, para abafar seu grito de frustração
— Posso entrar? – Questionou México, que segurava seu lenço de pescoço o ajeitando, estava com algumas lágrimas em seu rosto, e antes mesmo que pudesse responder, o mexicano correu subindo na cama do argentino e retirando o travesseiro de seu rosto, o olhou com raiva já que não recebeu a devida atenção
— O que você quer?
— Cuba me bateu!
— O que eu tenho haver com isso?
— Você é um dos mais velhos, deveria me ajudar!
— Claro claro – Pegou o mexicano no colo, o pôs para fora do quarto, e fechou a porta a trancando logo em seguida e voltando a deitar na cama
— Solzinho! – Chamou Brasil do outro lado, Argentina sorrindo foi até a janela, logo se assustando quando viu o brasileiro com parte do rosto enfaixado — Desculpa a demora, acabei fazendo uma besteira
— E como foi que–
— Nem pergunte – Respondeu, olhando para o argentino, pôs a mão sob o olho enfaixado, estava extremamente roxo, e apenas enfaixou para não preocupar o outro, mas acabou não funcionando — Por onde você estava?
— Em casa mesmo, estava sem nada
— Tina, aconteceu alguma coisa?
— Não... Claro que não – Disse nervoso com as bochechas levemente avermelhadas — Obrigado Brasil
— Pelo que?
— Por se importar comigo, parte de meus irmãos não estão nem ai para minha existência – Sorriu, pela primeira vez, se sentiu extremamente tímido e estava feliz com aquilo, amava ouvir aquela voz todos os dias a conversar consigo, mesmo que as vezes seja sobre algo que nem o interesse
Mas, seu sonho acabou assim que ouviu a voz do irmão cubano, tendo assim que se despedir de Brasil, e ir em direção a porta, a destrancado
— Carta para você – Disse, apenas dando rapidamente a carta, e saindo da vista do maior, Argentina observou o envelope da carta, era da tonalidade azul-escuro e possuía cerca de vinte e seis estrelas, todas brancas, admirou um pouco o envelope, antes de abri-ló, e quando finalmente fez isso, não se conteve em rir um pouco
Aquela carta tinha uma escritura diferente do que lhe já foi mostrado, mesmo com grandes suspeitas pelo brasileiro, não tinha a menor chance de ser ele, já que não podia sair de casa, e se mandasse alguém levá-lo para si, o pai seria o primeiro a saber
— Dous ff – Riu pronunciando ambas as palavras do que parecia um poema de amor, quando notou a delicada escrita, e algumas palavras escritas, em possível, francês, surtou, apenas conhecia Mônaco, e a professora França que falavam a língua, e caso tivesse mais alguém, para si seria uma batalha sem fim
(...)
me baseei em um trabalho de literatura
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O mar me contempla - BrArg
FanfictionUma coisa lhe incomodava, e sempre, foi relacionado ao seu vizinho, de fato, sabia que existia uma grande quantidade de pessoas ali dentro, mas, apenas via uma a sair e entrar na casa • créditos da arte ao autor original