Cap. XIII

225 6 3
                                        

Após a longa conversa com aquele senhor, me retirei, raramente sinto medo, mas quando falei com ele senti este sentimento me consumir. Tristan me leva a um local onde corriam lobisomens, senti um arrepio na espinha, senti que Tristan estava teso como se tivesse com medo, e falou "-Esse e nosso campo de treinamento dos ômegas, que encontramos sozinhos!" Suspirei estava me sentindo cansada com tudo, até que um garoto loiro foi até nos os olhos dourados brilhantes, era um beta.
"-Eai Tristan?" Eles se cumprimentaram e ele ficou me olhando como se fosse um projeto científico, Tristan falou
"-E uma das nossas agora" e ele revirou os olhos e perguntou.  "-Beta ou omega?"                           Eu falei "-Não sou lobisomem!"  ele franziu o cenho e olhou para Tristan, e Tristan fala "-Venha comigo irei lhe explicar...", e eles saem andando, começo a andar pela floresta e ver as árvores e respirar o ar dos eucaliptos, me sento na grama e começo a pensar na São Vladimir e minha melhor amiga, Lissa onde está você? Depois que nosso laço foi quebrado nunca mais vi seus pensamentos, onde estava ou com quem estava. Estou preocupada com Dimitri ele deve estar desamparado, acho que estraguei sua vida, nunca vou lhe dar um filho, começo a chorar incessantemente, e caio na grama apertando meus cabelos, e deixando as lágrimas rolarem. Estava com raiva, estava cansada, queria morrer, saio correndo para dentro da floresta 

[...] 

Depois de muito correr, lembro-me dos ensinamentos de Dimitri, ouso sua voz na minha cabeça, estamos ligados, quero parar de ouvir sua voz, quando me dou por conta estou na beira de um penhasco, e logo abaixo esta o mar, fico na beirada, na pontinha, a milímetros de cair, quando uma voz ecoa "-Não faça isso!", Tristan, estraga prazeres eu começo a chorar, eu quero liberdade pelo menos uma vez, quero fazer isso, fico de frente para Tristan e de costas para o penhasco e falo "-Tenta me impedir" chorando, lentamente eu caio me jogando do penhasco.

Sinto o vento cortante e frio, meus cabelos voando, e aos poucos vou caindo desejando cada momento não viver mais, ao meu corpo bater na água é como uma pancada nas costas duro feito cimento de um asfalto, logo me sinto imergir na água salgada daquele mar, minha visão fica escurecida, e nada mais eu vejo só a morte aos poucos me levando. 

[...]

Sinto meu corpo doer, mas como? Eu não morri? Minha cabeça dói muito, e eu lentamente abro os olhos mas com muita dificuldade e dor, então vejo Tristan com as mãos na cabeça, finjo estar desacordada ainda para vê-lo, ele está sentado numa poltrona a meu lado, ele parece pálido e chorando?...

Ouso a porta ranger e aquele velho senhor entrar, "-Tristan? Está bem meu filho? Você não come desde o dia que a trouxe sem vida!" ele limpa as lágrimas e suspira e fala "-Eu estou bem! Deixe-me!" ele fala "-Ela não vai acordar, Tristan o choque foi muito forte ela teve vários traumas na cabeça!" ele soluça e grita "-Sai daqui!" e o velho senhor sai sem falar, Tristan fala sozinho               "-A primeira vez que amo alguém ela morre, e eu vejo ela morrendo e não posso salva-la nem isso", vejo ele ir em direção a janela e pegar uma corda, e um banquinho o que ele vai fazer? Meu Deus ele vai se enforcar,  eu salto da cama e pego seu braço e falo "-Tristan não!" ele se vira com lágrimas escorrendo e me da um dos sorrisos mais lindos do mundo, suas covinhas são lindas, ele me pega de surpresa me dando o beijo mais feroz de todos, arrebatador, quente, sinto minhas bochechas queimarem, e ele se afasta.

"-Como? Como está viva?", eu simplesmente ignoro sua pergunta e falo "-Você é louco?" ele ri e limpa o resto das lágrimas, e ele me beija novamente e me leva para cama, tira minha blusa, e arranca sua blusa num puxão, eu passo minhas mãos naquele corpo escúlpido em mármore, ele ri desajeitado, ele tira as calças ficando de cueca e eu de calcinha e sutiã, sinto suas mãos pelo meu corpo e logo nos unimos num amor bem feito. 

Eu adormeço no seu peito, suspirando de amor? afeto? amizade? Não sei, eu realmente não sei. Pela primeira vez alguém me tratou como uma pessoa não um objeto. Quando acordo ele não está mais lá, me levanto e coloco uma calça jeans e um moleton e tenis, saio do quarto e ando por dentre as cabanas e avisto ele sem camisa na clareira treinando os omegas que eles resgataram, eu vibro quando o vejo, e minha boca estremece, meu corpo se esquenta, e em questão de segundos quero seu corpo no meu e sua boca na minha. Saio correndo e me sinto ofegante e desesperada por ele, quando ele se vira e me vê faz uma careta e fala "-Você ta acabada ein?" eu dou um tapa nele, que sorri, aparecendo suas covinhas, passo meus dedos sobre elas, e ele pega minha mão e a beija. Eu dou um pulo, senti um choque, e parece que ele também sentiu, nesse momento ouvimos uma sirene e logo vejo seu semblante mudar de calmo para medo e assustado ele me pega pelo braço e me leva até a cabana dele, abre um alçapão e me enfia lá dentro e fala "-Fique ai, eu vou trancar você se eu não voltar, saiba eu te amo demais Rose Hathaway, e você foi a menina que mais amei!" e fecha o alçapão comigo gritando para ele não ir e ouço a chave trancando-me lá dentro. 

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 12, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Lua de Sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora